Perfil

Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

Mensagem aos leitores

Benvindo ao universo dos leitores do Izidoro.
Você está convidado a tecer comentários sobre as matérias postadas, os quais serão publicados automaticamente e mantidos neste blog, mesmo que contenham opinião contrária à emitida pelo mantenedor, salvo opiniões extremamente ofensivas, que serão expurgadas, ao critério exclusivo do blogueiro.
Não serão aceitas mensagens destinadas a propaganda comercial ou de serviços, sem que previamente consultado o responsável pelo blog.



quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O milho trangênico está longe de ser inócuo


Estudo coloca em causa a não nocividade do milho transgénico

PresseuropLe Nouvel Observateur

Le Nouvel Observateur , 20 setembro 2012


“Sim, os OGM são venenos!”: esta condenação é revelada na primeira página de Le Nouvel Observateur, que publica em exclusivo os resultados de um estudo realizado ao longo de dois anos por investigadores franceses, em 200 ratos alimentados com milho transgénico, nomeadamente o NK 603 de Monsanto. As conclusões expostas numa obra – que também vê o seu nome atribuído a um filme baseado neste estudo, Todos cobaias! – redigida por Gilles-Eric Séralini, professor de biologia molecular na universidade de Caen, que dirigiu a experiência, e que Le Nouvel Observateur qualifica de “bomba de fragmentação”:

De facto, esta destrói uma verdade oficial: a inocuidade do milho geneticamente modificado. Mesmo em pequenas doses, o OGM estudado revela-se extremamente tóxico e muitas vezes mortal para os ratos. De tal forma que, caso se tratasse de um medicamento, este deveria ser suspenso imediatamente até serem realizadas novas investigações. Porque este é o mesmo OGM que encontramos nos nossos pratos, através da carne, dos ovos ou do leite.

Os resultados são categóricos:


No 13º mês da experiência […] os ratos alimentados com milho transgénico têm duas a três vezes mais tumores do que os ratos alimentados sem OGM, em ambos os sexos. No início do 24º mês, período que assinala o fim de vida destes, entre 50% a 80% das fêmeas alimentadas com OGM ficaram afetadas contra apenas 30% dos que não foram submetidos a OGM.

O EurActiv.com realça que a publicação desses resultados “criou ondas até Bruxelas”:

EurActiv.com souligne que la publication de ces résultats “fait des vagues jusqu’à Bruxelles” :


De facto, as decisões são tomadas pelos Vinte e Sete. O Governo francês pediu à Agência nacional [francesa] de segurança sanitária que verificasse o estudo. A Comissão Europeia fez o mesmo pedido à Agência Europeia de Segurança Alimentar (EFSA).

Uma agência muitas vezes contestada, como recorda o EurActiv, pelaGreenpeace, que acusa a EFSA de se distinguir “há já vários anos pela proximidade escandalosa dos seus membros com as indústrias e a sua falta de independência”.

No entanto, o estudo da universidade de Caen foi recebido com ceticismo por uma parte do mundo científico, uma vez que diversos biólogos interrogados pela agência Reuters levantaram dúvidas quanto ao protocolo e o método utilizados na realização dos testes.

Nenhum comentário: