A charge (tomada emprestada do Moacir Pereira) serve para o Jefferson e para o Barbosa. Ambos jogaram o conteúdo do penico no ventilador.
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O delator do suposto esquema de corrupção conhecido como mensalão do DEM, Durval Barbosa, disse nesta terça-feira (19), em audiência na 2ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal, que o vice-presidente da República, Michel Temer, era um dos quatro líderes do PMDB que dividia a mesada que o partido recebia em troca do apoio político ao ex-governador do DF José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM).
De acordo com Durval Barbosa, o ex-governador teria afirmado, em reunião com a cúpula do governo, com cerca de 100 participantes, que o apoio do PMDB lhe custara R$ 1 milhão ao mês. O delator disse ainda que Arruda confessou que o dinheiro era distribuído por Tadeu Filippelli, então deputado e atual vice-governador, e dividido com outros quatro líderes do PMDB. “Michel Temer, Aluísio Alves e um tal ‘Cunha’, que não recordo o prenome. Havia um quinto participante, mas já morreu”, afirmou. Segundo o delator, Arruda teria dito ainda que, se Filippelli tivesse pedido o dobro do dinheiro em troca de apoio, ele pagaria.
O delator do suposto esquema também afirmou que um dos réus do processo, o deputado distrital Roney Tanios Nemer (PMDB), passou a apoiar o governo Arruda depois que o então chefe de gabinete do governador, Fábio Simão, cooptou Filippelli a mando de Arruda. Conforme Durval, os dois políticos não se falavam e, quando Filippelli trouxe seu bloco para a base aliada, Arruda teria se vangloriado “aos quatro ventos”.
Durval Barbosa acusou Roney Nemer de receber R$ 30 mil e R$ 11,5 mil de “mesada”. O delator, no entanto, disse desconhecer de quem o deputado recebia o dinheiro. “Podia ser de qualquer um dos captadores já citados por mim”, afirmou. Durval também não soube informar o período correspondente à mesada.
Com informações do Terra, via SUL 21
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