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quarta-feira, 21 de julho de 2010

D. PEDRO I

- ISABEL LUSTOSA - D. Pedro I/Um herói sem caráter – Companhia das Letras – SP-SP/2006, p. 58 e seguintes, descreve a habilidade do príncipe português responsábvel pela Proclamação da Independência do Brasil com os cavalos e carruagens: Ao contrário dos brasileiros de seu tempo, que consideravam os trabalhos manuais coisa de escravo, d. Pedro nunca sentiu vergonha de trabalhar com as mãos. Na verdade, diz Macaulay, sentia orgulho de suas habilidades como cavaleiro, ferreiro e marceneiro, e gostaria de ter sido marinheiro . (...) A ocupação em que mais se deleitava, além da música (sabia tocar vários instrumentos) eram os cavalos. Possuía muitos e gostava não só de montar, mas de cuidar deles, arreando, dando banho, ferrando. Conta Tobias Monteiro que, vendo um vaiajante à beira da estrada ferrando um animal, d. Pedro apeou-se e realizou ele mesmo a operação. De outra vez, nos arredores do Rio de Janeiro, o cavalo que montava perdeu uma das ferraduras. Achando que o ferrador trabalhava mal, tomou-lhe os instrumentos, dizendo: “Sai daí, porcalhão”, e concluiu o serviço. Montava com garbo e gostava de domar potros xucros.

Durante todo o seu reinado, foi um grande comprador de cavalos, mandando busca-los na Europa, das melhores raças. Era excelente e incansável cavaleiro, e ficaram famosas algumas de suas jornadas: em menos de 72 horas percorreu cerca de 480 quilômetros, de Ouro Preto ao Rio de Janeiro, após ter viajado durante trinta dias na Província de Minas; de São Paulo ao Rio de Janeiro, consumiu apenas cinco dias para perfazer a distância de 576 quilômetros, em meio a aguaceiros inclementes: para ir de Santa Catarina ao Rio Grande do Sul venceu diariamente sessenta quilômetros a cavalo. Mas era igualmente temerário, e caiu do cavalo mais de três dúzias de vezes, duas delas de forma grave, fraturando costelas. Se orgulhava de ser o primeiro cocheiro do seu tempo e gostava de se exibir em pé, no alto de uma boléia, comandando duas ou três parelhas de animais (...). Dom Pedro também foi um jovem pândego, mulherengo, farrista, que gostava de música, de cantorias e de perpetrar molecagens contra gente respeitável. Quando criança, divertia-se dando piparotes no queixo dos meninos que vinham beijar-lhe a mão. Adolescente, gastava seu tempo conversando com os cavalariços, ouvindo com muito gosto histórias humorísticas ou obscenas. (...) – p. 60; D. Pedro e D. Miguel foram, na visão de Oliveira Lima, representantes genuínos e completos da nobreza caracteristicamente nacional, inculta, iletrada, toureira, fadista, dissipada, arruaceira. Preferiram sempre o povo das cocheiras, das cavalariças e do picadeiro à companhia dos sábios e ao ambiente dos salões (...). p. 62;


- era epilético – p. 71 e seguintes;


- gostava de acordar bem cedo e, a tiros de espingarda, disparados para o ar, exigia que toda a família também se levantasse – p. 71;


- conta outro autor que, certa feita, tendo se desentendido com um padre, entrou na Igreja a cavalo; era maçon, tendo adotado o nome simbólico de Guatimozin.

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