Marco Túlio Simonini, de 51 anos, precisou de proteção policial para não ser linchado
Evandro Fadel, correspondente - Agência Estado
CURITIBA - O padre Marco Túlio Simonini, de 51 anos, foi preso na noite deste domingo, 6, em Londrina, no norte do Paraná, sob acusação de molestar sexualmente uma menina de sete anos na piscina de um clube da cidade. A polícia precisou intervir para que o padre não fosse linchado por pessoas que frequentavam o local.
A arquidiocese de Londrina informou que Simonini, ordenado em setembro de 2001, estava afastado do ministério sacerdotal desde o início do ano passado.
"Ele fez o pedido para se afastar de livre e espontânea vontade e há um processo canônico para isso", disse o reitor do Seminário Paulo VI, padre Rafael Solano, onde Simonini está morando temporariamente. Ele teria problemas de saúde e apresentado quadro de depressão.
Solano afirmou que Simonini nunca foi acusado de qualquer fato semelhante ao que ocasionou sua prisão. "Ele não tem nenhum antecedente", afirmou. "Nós sentimos o que aconteceu e esperamos as providências da Justiça." Solano visitou Simonini, mas disse que não perguntou sobre o ocorrido.
O porta-voz da Polícia Militar de Londrina, capitão Ricardo Eguedis, disse que a corporação foi acionada às 18h50. Quando os policiais chegaram ao clube, a pessoa acusada já tinha sido detida por seguranças, mas a revolta era grande. "Havia várias pessoas reunidas e tentavam uma agressão física", afirmou.
De acordo com as informações, o padre estava na piscina brincando com crianças, quando um segurança observou que ele estaria passando as mãos pelo corpo da menina.
Ele teria avisado os familiares da criança e o tumulto formou-se no local. Somente quando foi levado para a delegacia o padre teve a identidade revelada. O caso será acompanhado pela Delegacia da Mulher, mas a informação neste domingo era de que a delegada estava de folga e somente ela poderia falar sobre o inquérito que apura estupro de vulnerável, crime caracterizado por qualquer ato libidinoso contra menor de 14 anos, e que tem pena prevista de reclusão de oito a 15 anos. O advogado do padre não foi encontrado.
Fonte: ESTADO DE SP
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