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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Dissidente chinês acusa Pequim de incentivar manifestações anti-Japão


O artista dissidente chinês Ai Weiwei considerou, esta quinta-feira, que a onda de manifestações antijaponesas na China foi incentivada pelas autoridades, depois de o Japão ter comprado três ilhas que a China reclama como suas.

foto ED JONES/AFP
O artista dissidente chinês Ai Weiwei



Ai Weiwei, um dos artistas chineses de maior fama internacional, filmou também os manifestantes que atacaram o carro do embaixador dos Estados Unidos em Pequim, infligindo danos menores, mas forçando o Departamento de Estado norte-americano a responder.

O artista, citado pela agência noticiosa France Presse, disse ter ficado "surpreso" ao ver 50 pessoas, que se manifestavam frente à embaixada do Japão, começar a correr atrás do carro do embaixador dos EUA, Gary Locke, que se preparava para voltar à embaixada, contígua à do Japão.

Os manifestantes danificaram o veículo antes de arremessar projéteis para baixo da viatura, tendo a polícia chinesa respondido de imediato para proteger o carro, que arrancou em alta velocidade antes de entrar na embaixada por outra porta.

O embaixador dos EUA disse à imprensa que "tudo terminou em poucos minutos" e disse nunca se ter sentido em perigo. No vídeo de Ai Weiwei, o incidente durou dois minutos.

"Fiquei realmente surpreso, porque toda a gente teve possibilidade de ver que todo o evento foi preparado pelas autoridades", disse Ai Weiwei, em declarações telefónicas à France Presse.

O artista passou 81 dias na prisão, em 2011, por ter expressado o desejo de uma nova "primavera chinesa", após a "primavera árabe", a onda de movimentos pró-democracia que varreu o Norte de África e o Médio Oriente.

Para Ai Weiwei, as autoridades chinesas têm sido ingénuas, ao tentar manipular a opinião pública chinesa.

"Recorrer a este tipo de esquemas em negociações internacionais como estas, parece algo realmente ingénuo", disse o dissidente.

As relações entre o Japão e a China vivem um dos períodos mais tensos desde há anos, uma vez que, na passada semana, Tóquio anunciou a compra de três das ilhas Senkakus, a que a Pequim chama de Diaoyu.

O Japão administra as ilhas, e a China, que reclama a soberania, respondeu ao anúncio da compra com o envio de barcos patrulhas para a zona, entre a costa chinesa e a costa da província japonesa de Okinawa e que se acredita ser rica em recursos marinhos e energéticos.

Os protestos antijaponeses têm vindo a generalizar-se por toda a China - levando mesmo ao encerramento de fábricas e lojas de capital japonês - com manifestantes a reclamar a soberania chinesa das ilhas

"As autoridades estão a tentar descrever as manifestações como um movimento espontâneo, mas vemos uma quantidade de detalhes que demonstram que foram cuidadosamente preparadas, com o encorajamento de responsáveis oficiais", acrescentou o artista.



Fonte: JORNAL DE NOTÍCIAS (Portugal)

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