25/06/2010 20h19 - Atualizado em 25/06/2010 20h28
Astecas e maias faziam bolas misturando látex a extrato de planta
Mesoamericanos sabiam dosar componentes para garantir elasticidade.
Dependendo da proporção, produziam sandálias, faixas ou bolas.
Os mesoamericanos eram grandes consumidores de borracha, segundo registros históricos e arqueológicos. Com ela, eles produziam sandálias, faixas de borracha e também bolas, que eram usadas para os jogos cerimoniais em pátios de paredes de pedra.
Mexicano vestido como azteca segura bola de jogo
ritual (Foto: Alfredo Strella / AFP 28-10-2008)
Cada um desses itens requer diferentes qualidades da borracha. Uma bola requer elasticidade para quicar, uma faixa de borracha requer força, e uma sandália precisa de durabilidade e resistência.
Um novo estudo relata que os mesoamericanos, que incluem os astecas e os maias, sabiam como produzir diferentes tipos de borracha, misturando o látex de seringueiras com um extrato da planta glória-da-manhã (Ipomoea purpurea), em diferentes proporções.
“É uma aposta bem segura a de que eles estavam desenvolvendo materiais para suprir suas necessidades”, diz Michael Tarkanian, principal autor do estudo e cientista de materiais do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts). “Não era apenas uma mistura aleatória.”
Tarkanian e a coautora da pesquisa, Dorothy Hosler, também do MIT, conduziram experimentos com amostras de látex e extrato da I. purpurea, obtendo três tipos de borracha com diferentes misturas.
O quique da bola é maximizado quando o extrato representa 50% da mistura, enquanto a durabilidade e longevidade são maximizadas com a mistura a 25%. Para assegurar força, necessária para uma tira, não se adiciona extrato nenhum.
Os registros mais antigos indicam que os mesoamericanos usavam a borracha por volta de 1.600 a.C. Milhares de anos depois, em 1839, Charles Goodyear descobriu a vulcanização, o processo usado para produzir borracha até hoje.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário