Por Isabel Gorjão Santos, com agências
A actuação policial e as detenções acabaram por fortalecer os protestos
dos que se manifestam junto ao coração financeiro dos Estados Unidos, em
Nova Iorque. Nesta segunda-feira um porta-voz do grupo Ocupem Wall
Street, Patrick Bruner, apelou aos manifestantes para que se vistam como
“zombies” e “comam” dinheiro a fingir, notas do jogo Monopólio, para
que os responsáveis do sector financeiro os vejam “a representar uma
metáfora das suas acções”, adiantou a Associated Press.
O protesto que começou a 17 de Setembro com poucas dezenas de pessoas a acampar alguns dias no Zuccotti Park, uma praça junto a Wall Street, cresceu depressa e já se alastrou a várias cidades. Nesta praça há agora um mapa dos EUA no qual foram assinalados 21 locais onde houve manifestações, e entre eles estão Los Angeles, Chicago ou Boston.
John Hildebrand, de 24 anos, é professor, está desempregado e veio de Norman, no estado de Oklahoma, para se juntar aos protestos em Nova Iorque. Chegou no sábado, o dia em que muitos manifestantes se deslocaram para a ponte de Brooklyn, numa marcha que levou à detenção de cerca de 700 pessoas que acabaram por ser libertadas horas depois. “A minha questão é a influência das empresas financeiras na política”, contou à Associated Press quando nesta segunda-feira se levantava do saco-cama. O seu objectivo, adiantou, é regressar a casa e organizar um protesto semelhante na sua cidade.
Um porta-voz da polícia de Nova Iorque, Paul Browne, adiantou à Associated Press que a polícia continuará a patrulhar a região e que “se os protestos decorrerem dentro da lei serão permitidos”, mas deixou um alerta: “Os que violarem a lei serão detidos”. Browne já tinha dito ao The New York Times, após as detenções que ocorreram no fim-de-semana, que os manifestantes que se mantiveram no espaço para os peões não foram detidos, sublinhando que houve avisos para que não fosse ocupada a estrada e a ponte de Brooklyn, o que levou à interrupção do trânsito durante cerca de duas horas.
Um dos manifestantes, William Stack, apelou às autoridades para que sejam retiradas todas as acusações contra os que foram detidos. “Não é um crime pedir que o nosso dinheiro seja gasto naquilo de que as pessoas precisam e não no resgate de empresas”, disse ao Washington Post. “Os verdadeiros criminosos são aqueles que estão nas salas de administração ou nos gabinetes de executivos de Wall Street, não as pessoas que pedem empregos ou cuidados de saúde.”
John Dennehy, um manifestante que regressou ao acampamento depois de ter sido detido, contou à Associated Press que vários polícias caminharam junto ao acampamento “com câmaras apontadas aos manifestantes”.
Inspirados no Ocupem Wall Street, já foram também criados o Ocupem Los Angeles, Chicago ou Boston, com manifestações em frente aos edifícios da Reserva Federal norte-americana nestas cidades. No “site” occupywallst.org têm sido colocadas imagens e a agenda dos protestos e também já começou a ser impresso o Occupied Wall Street Journal. O movimento tem procurado disponibilizar apoio jurídico aos que foram detidos. O grupo já contou com manifestações de apoio dos actores Alec Baldwin e Susan Sarandon e do realizador Michael Moore.
Começaram por ser algumas dezenas, há três semanas, mas os protestos contra a crise económica e a ganância empresarial intensificaram-se em redor de Wall Street após a detenção de cerca de 700 pessoas que já foram entretanto libertadas.
Protestos na ponte de Brooklyn resultaram na detenção de cerca de 700 pessoas (Jessica Rinaldi/Reuters)
O protesto que começou a 17 de Setembro com poucas dezenas de pessoas a acampar alguns dias no Zuccotti Park, uma praça junto a Wall Street, cresceu depressa e já se alastrou a várias cidades. Nesta praça há agora um mapa dos EUA no qual foram assinalados 21 locais onde houve manifestações, e entre eles estão Los Angeles, Chicago ou Boston.
John Hildebrand, de 24 anos, é professor, está desempregado e veio de Norman, no estado de Oklahoma, para se juntar aos protestos em Nova Iorque. Chegou no sábado, o dia em que muitos manifestantes se deslocaram para a ponte de Brooklyn, numa marcha que levou à detenção de cerca de 700 pessoas que acabaram por ser libertadas horas depois. “A minha questão é a influência das empresas financeiras na política”, contou à Associated Press quando nesta segunda-feira se levantava do saco-cama. O seu objectivo, adiantou, é regressar a casa e organizar um protesto semelhante na sua cidade.
Um porta-voz da polícia de Nova Iorque, Paul Browne, adiantou à Associated Press que a polícia continuará a patrulhar a região e que “se os protestos decorrerem dentro da lei serão permitidos”, mas deixou um alerta: “Os que violarem a lei serão detidos”. Browne já tinha dito ao The New York Times, após as detenções que ocorreram no fim-de-semana, que os manifestantes que se mantiveram no espaço para os peões não foram detidos, sublinhando que houve avisos para que não fosse ocupada a estrada e a ponte de Brooklyn, o que levou à interrupção do trânsito durante cerca de duas horas.
Um dos manifestantes, William Stack, apelou às autoridades para que sejam retiradas todas as acusações contra os que foram detidos. “Não é um crime pedir que o nosso dinheiro seja gasto naquilo de que as pessoas precisam e não no resgate de empresas”, disse ao Washington Post. “Os verdadeiros criminosos são aqueles que estão nas salas de administração ou nos gabinetes de executivos de Wall Street, não as pessoas que pedem empregos ou cuidados de saúde.”
John Dennehy, um manifestante que regressou ao acampamento depois de ter sido detido, contou à Associated Press que vários polícias caminharam junto ao acampamento “com câmaras apontadas aos manifestantes”.
Inspirados no Ocupem Wall Street, já foram também criados o Ocupem Los Angeles, Chicago ou Boston, com manifestações em frente aos edifícios da Reserva Federal norte-americana nestas cidades. No “site” occupywallst.org têm sido colocadas imagens e a agenda dos protestos e também já começou a ser impresso o Occupied Wall Street Journal. O movimento tem procurado disponibilizar apoio jurídico aos que foram detidos. O grupo já contou com manifestações de apoio dos actores Alec Baldwin e Susan Sarandon e do realizador Michael Moore.
Fonte: PUBLICO
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