Islamofobia
23.03.2011
O cidadão da foto, com essa cara de mau, é o deputado republicano Peter King, uma das figuras em maior evidência hoje nos EUA. É dele a iniciativa de criar uma comissão que vai investigar as atividades de organizações muçulmunas no país, vista como uma atitude discriminatória e revanchista.
por Eliakim Araujo em Miami
O cidadão da foto, com essa cara de mau, é o deputado republicano Peter King, uma das figuras em maior evidência hoje nos EUA. É dele a iniciativa de criar uma comissão que vai investigar as atividades de organizações muçulmunas no país, vista como uma atitude discriminatória e revanchista. Desde já, King está sendo chamado de o McCarthy do século XXI, numa referência ao parlamentar dos anos 50 e 60 que perseguiu e destruiu famílias pela simples suspeita de que poderiam ser comunistas.
O novo mccarthysta considera que o inimigo está dentro de casa e que a crescente radicalização dos muçulmanos nascidos e criados nos Estados Unidos representa uma ameaça que deve ser avaliada antes que seja tarde demais. Como presidente do Comitê de Segurança Nacional da Câmara - cargo conquistado pelos republicanos depois da vitória nas eleições parlamentares de novembro passado - King argumenta que os americanos muçulmanos não cooperam com a lei e a ordem na hora de denunciar atividades suspeitas e que 80% dos líderes islâmicos são extremistas.
Mas King não é flor que se cheire. Além de acusado de falsas alegações e de estar querendo estigmatizar e demonizar a comunidade muçulmana de sete milhões de pessoas, seus adversários afirmam que ele defendeu nos anos oitenta a luta armada do IRA, a organização terrorista irlandesa.
Quem tem um deputado como esse, não precisa de terrorista. Ele é o próprio.
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