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sexta-feira, 25 de março de 2011

Maior greve do Brasil tem julgamento adiado




Bruno Huberman


O destino da paralisação que mantém os 34 mil operários do Complexo de Suape de braços cruzados será definido semana que vem pelo Tribunal do Trabalho

Enquanto os olhos de todos estão voltados para Jirau, em Rondônia, onde na semana passada os mais de vinte mil trabalhadores da construção da hidrelétrica fizeram uma rebelião que chamou atenção pelos atos de vandalismo, outra obra do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), em Pernambuco, está parada há um mês pela greve dos funcionários.

Nesta quinta-feira 24 iria acontecer um julgamento no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Pernambuco para definir o futuro da paralisação dos 34 mil trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima e da Petroquímica de Suape. O Ministério Público do Trabalho (MPT) media a negociação entre patrões e funcionários. Até agora já foram atendidas 11 das 13 reivindicações dos operários, que ainda exigem pagamento de 100% das horas extras no sábado (atualmente recebem apenas 70%) e o aumento do vale-alimentação de 80 para 160 reais mensais. “O Ministério Público está fazendo de tudo para que as demandas dos trabalhadores sejam atendidas o mais rápido possível”, afirma a assessora de comunicação do MP, Mariana Banja.

O MPT apresentou novas propostas às duas partes e realizará uma audiência na segunda-feira 28 para tentar chegar a um acordo e evitar o dissídio. Caso ele não aconteça, está marcada para a terça-feira 29 nova sessão no TRT para julgar além da legalidade da greve, a sua natureza econômica. “Uma preocupação do ministério é caso as vontades dos trabalhadores não sejam atendidas as revoltas que podem acontecer, o que não é bom para a segurança dos operários e para obra, porque geraria prejuízo para as empresas e, consequentemente, para o governo”, diz Banja.

Assim como em Jirau, a greve em Suape revela as más condições de trabalho que os trabalhadores das mega-obras do PAC estão submetidos. “Nós vamos continuar acompanhando a situação dos trabalhadores nessas obras seja qual for a definição da greve”, compleata a assessora.

A Refinaria e a Petroquímica são os dois maiores investimentos do Plano no Estado, com um custo superior a 15 bilhões de reais. Esta é a maior greve nas três décadas de implementação do Complexo de Suape e mobiliza as 29 empresas do consórcio.

Fonte: CARTACAPITAL

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