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quarta-feira, 30 de março de 2011

Morre um guerreiro?

A grande mídia apregoa que o empresário José de Alencar, recentemente falecido, era um guerreiro, porque lutava há cerca de 14 anos contra o câncer.
Sem questionar a coragem do idoso político, não posso me furtar de dizer o que muitos brasileiros gostariam de proclamar, ou seja, que guerreiros mesmo são os cidadãos e cidadãs deste País que não contam com assistência médica mínima, sendo tratados como indigentes nas filas dos Hospitais conveniados com o SUS, recebidos, para começar, em emergência superlotadas, onde são "acomodados" em cima de macas infectas e tratados sem o menor respeito.

O doente famoso e rico que faleceu e é tão elogiado por todos, causando lágrimas no Lula e na Dilma, em verdade, sempre foi muito bem atendido, por médicos que, inclusive, alongaram sua vida, possivelmente sabendo da ineficácia dos tratamentos a que o submeteram.
Mas, possivelmente era o Estado brasileiro (isto é, nós os contribuintes) quem custeava o dito tratamento, pelo menos no período em que José de Alencar, membro do Executivo Federal, esteve internado.
É de se presumir, também, que, enquanto hospitalizado, usufruiu dos melhores aposentos, das melhores comidas, de assistência médica e paramédica da melhor qualidade disponível no Brasil.

E os pobres portadores de cancros (nome que se dá ao câncer em Portugal) e outras doenças igualmente fatais que não possuem a influência do Alencar? Recebem as mesmas "mordomias"?

Portanto, deixemos de hipocriosia, porque heróis mesmo, guerreiros prá valer são os pobres, que também não possuem influência política. Estes penam de verdade, porque além dos sintomas das doenças de que são acometidos ainda padecem as agruras decorrentes da ineficiência e do descaso do Sistema de Saúde.

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