Calendário Histórico
1950: Aliados dissolvem poderoso conglomerado químico alemão
"A indústria alemã nos deve algo pela forma como nos obrigou a trabalhar durante o nazismo", conta um sobrevivente. "Éramos tratados pior que escravos, usados e jogados fora, queimados com o lixo", relata outro.
"Os trabalhadores forçados morriam trabalhando. Isso fazia parte do programa nazista de execução pelo trabalho." São palavras do promotor norte-americano Benjamin Ferencz diante do Tribunal de Nurembergue, que julgou crimes nazistas logo depois da guerra.
Muitas das grandes empresas da Alemanha se tornaram poderosas graças aos lucros que obtiveram durante o regime de Hitler: com os trabalhadores forçados e a fabricação de produtos para a máquina de guerra nazista. A indústria automobilística está entre as beneficiadas. Outro caso é a Siemens, que durante o nazismo ascendeu ao posto de mais poderosa empresa de eletroeletrônica da Alemanha.
União gerou maior empresa do mundo
Durante a Primeira Guerra Mundial, as oito principais indústrias químicas da Alemanha haviam se unido numa associação a fim de defender seus interesses. Até que, no dia 25 de dezembro de 1925, tornaram-se uma sociedade anônima, formando a maior empresa química do mundo.
Sem a ajuda destas indústrias, a máquina de guerra nazista não teria funcionado. Elas fabricavam desde aviões até granadas, respondiam por toda a produção de borracha e de quase a metade da gasolina sintética usada por Hitler. Também o gás letal usado nos campos de concentração era produzido por uma empresa na qual o conglomerado tinha grande participação.
Em 1944, foi construído um parque industrial do IG Farben nas proximidades do campo de concentração de Auschwitz, que explorou o trabalho de cerca de 20 mil prisioneiros. A temida SS de Hitler recebia quatro reichsmark por dia pelo trabalho de cada prisioneiro. Os poucos sobreviventes carregam sequelas até hoje, principalmente os que foram usados como cobaias pela indústria.
Executivos condenados
Alguns dos dirigentes destas empresas foram julgados no Tribunal de Nurembergue. Nenhum dos poucos condenados continuava preso em 1951. Depois da guerra, em 1945, o controle do conglomerado foi dividido entre as quatro potências vencedoras, que visavam ao desmonte da maquinaria de guerra.
No dia 17 de agosto de 1950, o antigo conglomerado foi dividido em três grandes empresas: Bayer, Basf e Hoechst. Seus lucros nos anos seguintes passaram a ser tão altos, que, no final da década de 50, entidades judaicas as obrigaram a pagar 30 milhões de marcos de indenização aos trabalhadores forçados judeus. Não-judeus vítimas do trabalho forçado não receberam nada.
"Os trabalhadores forçados morriam trabalhando. Isso fazia parte do programa nazista de execução pelo trabalho." São palavras do promotor norte-americano Benjamin Ferencz diante do Tribunal de Nurembergue, que julgou crimes nazistas logo depois da guerra.
Muitas das grandes empresas da Alemanha se tornaram poderosas graças aos lucros que obtiveram durante o regime de Hitler: com os trabalhadores forçados e a fabricação de produtos para a máquina de guerra nazista. A indústria automobilística está entre as beneficiadas. Outro caso é a Siemens, que durante o nazismo ascendeu ao posto de mais poderosa empresa de eletroeletrônica da Alemanha.
União gerou maior empresa do mundo
Durante a Primeira Guerra Mundial, as oito principais indústrias químicas da Alemanha haviam se unido numa associação a fim de defender seus interesses. Até que, no dia 25 de dezembro de 1925, tornaram-se uma sociedade anônima, formando a maior empresa química do mundo.
Sem a ajuda destas indústrias, a máquina de guerra nazista não teria funcionado. Elas fabricavam desde aviões até granadas, respondiam por toda a produção de borracha e de quase a metade da gasolina sintética usada por Hitler. Também o gás letal usado nos campos de concentração era produzido por uma empresa na qual o conglomerado tinha grande participação.
Em 1944, foi construído um parque industrial do IG Farben nas proximidades do campo de concentração de Auschwitz, que explorou o trabalho de cerca de 20 mil prisioneiros. A temida SS de Hitler recebia quatro reichsmark por dia pelo trabalho de cada prisioneiro. Os poucos sobreviventes carregam sequelas até hoje, principalmente os que foram usados como cobaias pela indústria.
Executivos condenados
Alguns dos dirigentes destas empresas foram julgados no Tribunal de Nurembergue. Nenhum dos poucos condenados continuava preso em 1951. Depois da guerra, em 1945, o controle do conglomerado foi dividido entre as quatro potências vencedoras, que visavam ao desmonte da maquinaria de guerra.
No dia 17 de agosto de 1950, o antigo conglomerado foi dividido em três grandes empresas: Bayer, Basf e Hoechst. Seus lucros nos anos seguintes passaram a ser tão altos, que, no final da década de 50, entidades judaicas as obrigaram a pagar 30 milhões de marcos de indenização aos trabalhadores forçados judeus. Não-judeus vítimas do trabalho forçado não receberam nada.
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