O que disse o homem?
Ele simplesmente admitiu que a participação de tropas alemãs no Afeganistão é motivada por interesses econômicos do País.
Santa pureza, a do alemão.
E, por acaso, a participação de todos os demais países do bloco ocidental deriva de algum interesse diferente do que ele mencionou?
Os outros dirigentes é que são calhordas, pois ninguém, medianamente inteligente e informado, desconhece que a realidade é aquela admitida e declarada pelo dirigente alemão.
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Presidente alemão renuncia após comentário polêmico
O presidente alemão, Horst Köhler, anunciou sua renúncia com efeito imediato nesta segunda-feira após receber críticas por um comentário que fez sobre as operações militares alemãs em outros países.
Após uma breve visita ao Afeganistão no início do mês, Köhler deu uma entrevista a uma emissora de rádio em que ligou as missões militares alemãs no exterior à defesa de interesses econômicos do país.
Ele disse que, para um país essencialmente exportador como a Alemanha, por vezes seria necessário enviar tropas "para proteger nossos interesses (...), rotas de livre comércio, por exemplo".
Ao anunciar sua renúncia, Köhler, aliado da chanceler Angela Merkel, disse lamentar que suas declarações levassem a mal-entendidos.
Popularidade
O ex-diretor-gerente do FMI, de 67 anos de idade, foi eleito no ano passado para um segundo mandato de cinco anos como presidente.
O cargo tem importância sobretudo cerimonial – o presidente alemão deve, por exemplo, assinar todas as leis antes que elas passem a vigorar.
De acordo com a Constituição alemã, o presidente da Bundesrat, a Câmara Alta do Parlamento, Jens Böhrnsen, assume o cargo interinamente, e um substituto para Köhler deve ser escolhido em 30 dias.
O presidente é eleito por um conselho especial formado por membros do Parlamento e representantes da sociedade civil.
A correspondente da BBC em Berlin Oana Lungescu disse que as declarações de Köhler ocorrem em um momento em que cresce a pressão popular contra o envolvimento alemão no Afeganistão.
Pesquisas de opinião sugerem que a popularidade do governo de Angela Merkel é a mais baixa em quatro anos, principalmente por causa da forma como a administração lidou com a crise financeira na zona do euro.
Fonte: BBC Brasil
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Existirá algum ingênuo no mundo que acredite mesmo que a presença dos Estados Unidos e dos seus aliados na região, assim como no Iraque de Sadan Hussein, tinha(tem) mesmo a intenção de "defender a democracia"?
Só um cínico poderia defender tal tese e o alemão, com certeza, num lampejo de dignidade, resolveu confessar o que efetivamente pensa e que é, como diriam alguns, "verdade sabida".
Claro que não "renunciou", "foi renunciado", isto é, defenestrado do governo pelas forças sabidamente dominantes das finanças e da economia mundial.
Afinal, a política não é a arte da verdade, mas da hipocrisia.
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