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terça-feira, 21 de setembro de 2010

O Brasil é mesmo uma República laica?

Penso que quando o entrevistado disse que "a iniciativa é simpática" quis sinalizar que os evangélicos não são os tolos que o apedeuta imagina e que identificam na demagogia do Lula a intenção de catar os votos para a Dilma.

Ocorre que nem todos os evangélicos possuem o preparo do entrevistado e acabam, diante da simpatia do presidente, esquecendo até de votar na Marina, que é do meio e o Lula sabe perfeitamente disto, porque é "puta velha" em matéria de política.

Quanto a ser o Brasil uma República leiga, isto é, teoricamente não confessional, separada dos cultos, isto está dito na Constituição federal, mas, na prática, nem o Poder Judiciário se submete à norma republicana, enveredando por interpretações que massageiam principalm3ente a igreja Católica, a qual ainda domina o "mercado da fé" e os votos dos seus fiéis são canalizados para aqueles que a beneficiam com concordatas, financiamentos públicos para reforma de igrejas, doação de imóveis e trambiques do gênero.
Em SC, por exemplo, o candidato ao senado que se diz na dianteira das pesquisas, o ex-governador Luiz Henrique, distribuiu (utilizando-se do Knaesel e do Galina como ordenadores primários das despesas) dinheiro à vontade para a restauração de templos católicos e eventos religiosos, no que, aliás, nada inovou, pois governadores anteriores sempre fizeram o mesmo, mostrando-se submissos aos interesses da velha "Prostituta de Roma". O vergonhoso conlúio está sendo por mim questionado em quase 40 ações populares, que a Justiça toca a passo de cágado.

Assim, uma coisa é a Constituição afirmar a laicidade do Estado (gênero), outra é colocar em prática a separação que a Constituição determina. Os próprios evangélicos, sempre que possível, beneficiam-se do enleio em que se enolvem entes públicos e religiosos, como no cado dos 7 congressos de Gideões de Camboriu, em que colocado dinheiro público, saindo beneficiária de tais irregularidades a igreja Assembléia de Deus.

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O presidente da ELB (Academia Evangélica de Letras do Brasil), reverendo Guilhermino Cunha (foto), criticou a sanção na quarta-feira (15) pelo presidente Lula da lei 12.328 que institui o dia 30 de novembro como Dia do Evangélico.

“A iniciativa é simpática, mas a República nasceu laica e assim precisa continuar”, disse.

A ELB foi criada em 1962 pela Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro, da qual Cunha também é presidente. Ele disse que a Constituição – que estabelece a laicidade do Estado – tem de ser respeitada. “O presidente Lula deveria estar atento para isso.”

O projeto de lei do Dia do Evangélico é de um deputado do Maranhão, Cléber Verde, filiado ao PRB, partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus.

O teólogo e pastor Alexandre Marques disse que a lei, além de inconstitucional, é discricionária, porque privilegia uma única religião. Ele falou que, por uma questão de isonomia, teria de ser criado um dia para cada uma das centenas de religiões que existem no país, incluindo as de tradições africanas e orientais, que foram perseguidas e demonizadas por um longo período.

Esse também é o ponto de vista do pastor Walmir Vieira, da Convenção Batista Carioca: “Se existe um Dia do Evangélico, deveria haver também um dia para os católicos, espíritas e assim por diante”.

A data não cria mais um feriado nacional nem estabelece ponto facultativo nas repartições públicas. Em Brasília já existia uma lei que introduziu a comemoração no calendário oficial do Distrito Federal. Lá, o dia é ponto facultativo.

Fonte: PAULOPES WEBLOG

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