O juiz Eduardo Crescenti Abdalla, do TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo, decretou a prisão preventiva de Anderson Batista e de sua mulher Conceição Eleotério sob a acusação de estarem chantageando o padre Júlio Lancelloti (foto), conhecido por sua militância social junto aos sem-teto.
Batista e Lancelotti se conheceram na antiga Febem, hoje Fundação Casa, instituição de menores infratores do Estado de São Paulo. Em 2007, na Justiça e imprensa, houve acusação de lado a lado. Lancelotti disse que estava sendo vítima de extorsão sob a ameaça de ser denunciado pelo que não cometera e Batista o acusou de ter abusado dele quando tinha 16 anos e estava na Febem.
O juiz Abdalla decidiu-se pela prisão após ver um vídeo de um encontro recente entre Lancelloti e Batista durante o qual o ex-interno afirmou que vai matar o padre. “Vou te dar um tiro na cabeça.”
Batista e sua mulher e outros dois suspeitos que fazem parte do grupo encontram-se foragidos.
Lancelloti foi ao encontro porque estava sendo pressionado por Abdalla a lhe dar dinheiro, disse Luiz Eduardo Greenhalg, advogado do padre. As ameaças teriam começado no dia 11 de janeiro.
Batista tinha afirmado em 2007 que, após ter sofrido abuso de Lancelotti, manteve com ele um caso de oito. Falou que durante esse período ganhou dinheiro e presentes do padre.
Na época, Nelson Bernardo da Costa, então advogado do ex-interno, afirmou que o padre, desde 2004, tinha dado espontaneamente a Batista cerca de R$ 600 mil. Como esse dinheiro, o rapaz tinha comprado uma casa e uma perua Pajero de R$ 30 mil.
O padre disse ter dado ao rapaz cerca R$ 80 mil e garantiu que o dinheiro tinha saído de suas economias, e não da igreja. A polícia chegou a informar que iria investigar a origem do dinheiro, mas aparentemente não foi adiante.
Batista e Conceição passaram uns tempos presos e foram inocentados. Ultimamente estariam envolvidos com o tráfico de drogas.
Fonte: PAULOPES WEBLOG
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