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domingo, 31 de julho de 2011

Navio intacto mais antigo do mundo pode estar no fundo do Báltico

Pode ser embarcação de guerra de rei dinamarquês


31.07.2011 - 12:33 Por Lusa
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 Uma equipa de peritos suecos investiga no fundo do Mar Báltico um naufrágio que pode ser o navio ainda intacto mais antigo que se conhece no mundo.
As caracterísitcas das águas do Báltico ajudam a preservar os navios naufragadosAs caracterísitcas das águas do Báltico ajudam a preservar os navios naufragados (Christian Charisius/ Reuters (arquivo))
Tudo indica que a embarcação seja uma coca medieval, modelo comum na região entre os séculos XII e XIV. Jaz a 100 metros de profundidade, num local não revelado algures entre as ilhas de Gotland e Öland, ao largo da costa leste da Suécia.

Este poderá ser o mítico navio do rei dinamarquês Valdemar Atterdags (Valdemar IV) que naquelas águas naufragou em 1361, afirma a Ocean Recycling, empresa responsável pelo achado.

“As embarcações de Valdemar Atterdags tomaram a ilha de Gotland e alcançaram a capital Visby”, sublinha a Ocean Recycling. “Reza a lenda que Atterdag decidiu poupar a vida dos residentes de Visby em troca de três barris de cerveja cheios de ouro, prata e outros tesouros.”

Depois de ter detectado a embarcação naufragada com o recurso a um sonar, no início de Julho, a equipa da Ocean Recycling investiga agora o interior do navio com robôs subaquáticos munidos de câmaras.

Barco de um só mastro com 28 por sete metros

De acordo com a mitologia regional, Valdemar atacou Gotland em 1361 para travar os avanços da Liga Hanseática e, especula o folclore sueco, como resposta às canções de escárnio que os habitantes de Visby escreviam sobre si.

“Não temos a certeza de que se trate desse naufrágio, mas é um navio muito interessante”, comentou Richard Lundgren ao “Dagens Nyheter”. Para este perito em explorações submarinas que gere a operação, “este achado fará sensação fora das fronteiras da Suécia”.

A embarcação mede 28 metros de comprimento e sete de largura. Os mergulhadores acreditam ser medieval por ter só um mastro. A boa visibilidade submarina ajuda nas explorações em curso para identificar o navio.

O fundo plano, a ausência de vermes que corroem as madeiras e os baixos níveis de oxigénio das águas do Mar Báltico ajudam a preservar os restos dos navios ali naufragados.
Fonte: PUBLICO (Pt)

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