'Eu não saí da rua, o PM atirou', diz jovem atingida por tiro de borracha na Cracolândia
Desde que começou a viver na Cracolândia, no centro de São Paulo, há quatro meses, é a primeira vez que B., de 17 anos, fica sem usar crack. Ela não parou porque quis, mas por causa do ferimento na boca, que torna quase impossível a tarefa de fumar o cachimbo.
O machucado, segundo ela, foi causado por um tiro de borracha dado propositalmente por um policial militar.
A jovem conta que na sexta-feira (6) estava sentada na calçada na rua
Dino Bueno, quando policiais militares mandaram que ela levantasse.
- Eu não saí da rua, o PM atirou.
Antes do disparo, o policial teria mandado ainda que ela abrisse a boca. Na tarde desta segunda-feira (9), a jovem tinha bastante dificuldade para falar. Apesar de ter sido atendida em um posto de saúde e receber assistência do grupo religioso Cristolândia, a jovem reclama da dor causada pelo ferimento. A situação era agravada ainda pelos sintomas de abstinência.
- Não estamos mais conseguindo achar drogas.
B. diz morar em Diadema, na Grande São Paulo, mas há muito tempo não tem contato com a família.
- Minha mãe não sabe onde estou.
- Eu não saí da rua, o PM atirou.
Antes do disparo, o policial teria mandado ainda que ela abrisse a boca. Na tarde desta segunda-feira (9), a jovem tinha bastante dificuldade para falar. Apesar de ter sido atendida em um posto de saúde e receber assistência do grupo religioso Cristolândia, a jovem reclama da dor causada pelo ferimento. A situação era agravada ainda pelos sintomas de abstinência.
- Não estamos mais conseguindo achar drogas.
B. diz morar em Diadema, na Grande São Paulo, mas há muito tempo não tem contato com a família.
- Minha mãe não sabe onde estou.
O caso foi registrado no 1º DP (Sé). Em nota, a PM informou que foi usada munição porque usuários de entorpecentes estavam bloqueando o trânsito. "Houve a necessidade da utilização da munição de elastômero", diz o comunicado. A PM também convidou a adolescente a comparecer ao Comando de Policiamento 1, na Liberdade, para registrar a ocorrência.
Fonte: PRAGMATISMO POLÍTICO
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