Wuterich à saída do tribunal (Foto: Alex Gallardo/Reuters)
O sargento Frank Wuterich, do Exército americano, não irá cumprir pena de prisão pela sua conduta no caso que ficou conhecido como o ataque de Haditha, no Iraque, em 2005, no qual morreram 24 cidadãos iraquianos, incluindo mulheres, crianças e idosos.
O ataque de Haditha é considerado um momento marcante da guerra travada pelos americanos no Iraque, manchando ainda mais a reputação dos EUA, já de si abalada após o escândalo da prisão de Abu Ghraib.
O sargento Frank Wuterich enfrentava uma pena máxima de três meses de prisão mas acabou por não ser condenado ao cárcere, depois de se ter concluído um acordo com a acusação em que admitiu responsabilidade numa única acusação de negligência de dever.
O juiz militar responsável pelo veredicto – o tenente coronel David Jones – disse estar manietado pelo acordo mas recomendou que a patente do sargento seja reduzida para soldado.
Frank Wuterich e mais sete soldados estavam acusados de participação no ataque de Haditha mas, sete anos volvidos, não houve nem um único homem a cumprir pena de prisão por este ataque.
Em sua defesa, Frank Wuterich disse que a sua decisão foi um acto necessário para “manter o resto dos Marines vivos”. O soldado, de 31 anos, admitiu, porém, ter dito aos seus homens que “disparassem primeiro e fizessem perguntas depois”, depois de uma bomba colocada na berma da estrada ter matado um companheiro de unidade.
A acusação argumentou, durante o processo, que Wuterich terá precisamente perdido o controlo depois de ver um companheiro de unidade morrer no ataque bombista e que terá sido isso que motivou o ataque desenfreado.
Entre os 24 mortos contam-se mulheres, crianças e idosos, incluindo um homem numa cadeira de rodas. Todos desarmados.
“Este é o horrível resultado da ordem negligente ‘disparar primeiro, perguntar depois’”, disse o tenente-coronel Sean Sullivan, da Acusação.
Num comunicado lido aos familiares das vítimas iraquianas, o sargento Frank Wuterich disse nunca ter sido sua intenção magoar os seus entes queridos.
No Iraque a decisão agora tomada pelo juiz militar despertou a revolta. Awis Fahmi Hussein, um dos sobreviventes do ataque, disse à AP: “Eu estava à espera que o sistema judicial americano garantisse prisão perpétua a esta pessoa e que ele confessasse diante do mundo ter cometido este crime, de forma a que a América se revelasse como uma nação democrática e justa”.
Fonte: PUBLICO (Portugal)
O sargento Frank Wuterich enfrentava uma pena máxima de três meses de prisão mas acabou por não ser condenado ao cárcere, depois de se ter concluído um acordo com a acusação em que admitiu responsabilidade numa única acusação de negligência de dever.
O juiz militar responsável pelo veredicto – o tenente coronel David Jones – disse estar manietado pelo acordo mas recomendou que a patente do sargento seja reduzida para soldado.
Frank Wuterich e mais sete soldados estavam acusados de participação no ataque de Haditha mas, sete anos volvidos, não houve nem um único homem a cumprir pena de prisão por este ataque.
Em sua defesa, Frank Wuterich disse que a sua decisão foi um acto necessário para “manter o resto dos Marines vivos”. O soldado, de 31 anos, admitiu, porém, ter dito aos seus homens que “disparassem primeiro e fizessem perguntas depois”, depois de uma bomba colocada na berma da estrada ter matado um companheiro de unidade.
A acusação argumentou, durante o processo, que Wuterich terá precisamente perdido o controlo depois de ver um companheiro de unidade morrer no ataque bombista e que terá sido isso que motivou o ataque desenfreado.
Entre os 24 mortos contam-se mulheres, crianças e idosos, incluindo um homem numa cadeira de rodas. Todos desarmados.
“Este é o horrível resultado da ordem negligente ‘disparar primeiro, perguntar depois’”, disse o tenente-coronel Sean Sullivan, da Acusação.
Num comunicado lido aos familiares das vítimas iraquianas, o sargento Frank Wuterich disse nunca ter sido sua intenção magoar os seus entes queridos.
No Iraque a decisão agora tomada pelo juiz militar despertou a revolta. Awis Fahmi Hussein, um dos sobreviventes do ataque, disse à AP: “Eu estava à espera que o sistema judicial americano garantisse prisão perpétua a esta pessoa e que ele confessasse diante do mundo ter cometido este crime, de forma a que a América se revelasse como uma nação democrática e justa”.
Fonte: PUBLICO (Portugal)
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