Reunindo gente de 22 países (segundo o Jornal Nacional/Rede Globo), o município catarinense cria oportunidades de intercâmbio entre os profissionais da arte musical, possibilita troca de experiências e aperfeiçoamento.
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Jaraguá do Sul se prepara para a 7ª edição do Femusc
Festival de Música de Santa Catarina acontece de 22 de janeiro a 4 de fevereiro e deve reunir mais de 600 musicistas
O violinista alemão Leon Spierer está entre as atrações especiais desta edição
Foto:
assessoria femusc / Divulgação
Para receber os mais de 600 participantes do 7º Festival de Música de
Santa Catarina (Femusc), em Jaraguá do Sul, a organização do evento não
parou nem mesmo na semana entre Natal e Ano-novo. Os dias que
antecederam 2012 foram de intensa movimentação de bastidores.
— Na semana do Natal, finalizamos a logística de transporte dos alunos e a hospedagem dos professores —, afirma Fenísio Pires Júnior, diretor executivo do Instituto Femusc.
Entre 22 de janeiro a 4 de fevereiro, Jaraguá do Sul é invadida por virtuoses da música erudita, que tanto vêm para se aprimorar em oficinas super disputadas, como para se apresentar nos palcos da cidade. E embora a expectativa seja grande, a movimentação maior da organização vai começar mesmo duas semanas antes da programação ter início, com a instalação da secretaria do evento na Scar e montagem dos equipamentos necessários aos instrumentistas.
Nesta edição, a principal mudança será a transferência das atividades das oficinas para o campus da Católica de Santa Catarina, concentrando no Centro Cultural da Scar somente ensaios e concertos principais. Segundo o diretor executivo do instituto, a mudança aumenta a qualidade das apresentações.
— Apesar de dar um ar cosmopolita ao Femusc, manter todas as atividades na Scar prejudicava os ensaios por conta dos vários ruídos —, declara Fenísio.
Programação segmentada
O site do Femusc oferece facilidades para quem não quer perder nenhuma das apresentações que tenha interesse. No menu “Programação oficial 2012”, as atrações estão divididas por datas, mas, abaixo da lista, há a opção “Programação por interesse”.
— Na semana do Natal, finalizamos a logística de transporte dos alunos e a hospedagem dos professores —, afirma Fenísio Pires Júnior, diretor executivo do Instituto Femusc.
Entre 22 de janeiro a 4 de fevereiro, Jaraguá do Sul é invadida por virtuoses da música erudita, que tanto vêm para se aprimorar em oficinas super disputadas, como para se apresentar nos palcos da cidade. E embora a expectativa seja grande, a movimentação maior da organização vai começar mesmo duas semanas antes da programação ter início, com a instalação da secretaria do evento na Scar e montagem dos equipamentos necessários aos instrumentistas.
Nesta edição, a principal mudança será a transferência das atividades das oficinas para o campus da Católica de Santa Catarina, concentrando no Centro Cultural da Scar somente ensaios e concertos principais. Segundo o diretor executivo do instituto, a mudança aumenta a qualidade das apresentações.
— Apesar de dar um ar cosmopolita ao Femusc, manter todas as atividades na Scar prejudicava os ensaios por conta dos vários ruídos —, declara Fenísio.
Programação segmentada
O site do Femusc oferece facilidades para quem não quer perder nenhuma das apresentações que tenha interesse. No menu “Programação oficial 2012”, as atrações estão divididas por datas, mas, abaixo da lista, há a opção “Programação por interesse”.
O link reúne as categorias barroco e clássico, compositoras,
estudantes, grupos sinfônicos, harpas, modernismo, música brasileira,
música latina, piano, professores, profissionais, quartetos,
romanticismo, século 21 e violão. Dentro de cada item, aparecem as
apresentações disponíveis, com data, hora e local.
Ingressos gratuitos
A programação do Femusc reserva grandes encontros para as noites no Centro Cultural da Scar. As atrações especiais ficarão por conta do maestro João Carlos Martins, do violinista alemão Leon Spierer, do violonista costarriquenho Mário Ulloa, do violinista Daniel Guedes, do pianista Alexandre Dossin, do violinista-maestro cubano Andrés Cárdenes e do maestro-compositor Marlos Nobre.
Para assistir às 200 apresentações previstas em 18 séries musicais, que percorrem pontos diversos de Jaraguá, o público só precisa ter disposição. Os ingressos serão gratuitos e podem ser retirados na Scar, a partir de 17 de janeiro, com até dois dias de antecedência para os espetáculos especiais (limite de dois ingressos por pessoa).
A abertura do festival será com noite de autógrafos e lançamento do CD com o violonista Mario Ulloa e o violinista Daniel Gudes, com obras de Chico Buarque, Edu Lobo, João Bosco, Dorival Caymmi, Cartola, Ary Barroso, Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Dudu Falcão.
Ingressos gratuitos
A programação do Femusc reserva grandes encontros para as noites no Centro Cultural da Scar. As atrações especiais ficarão por conta do maestro João Carlos Martins, do violinista alemão Leon Spierer, do violonista costarriquenho Mário Ulloa, do violinista Daniel Guedes, do pianista Alexandre Dossin, do violinista-maestro cubano Andrés Cárdenes e do maestro-compositor Marlos Nobre.
Para assistir às 200 apresentações previstas em 18 séries musicais, que percorrem pontos diversos de Jaraguá, o público só precisa ter disposição. Os ingressos serão gratuitos e podem ser retirados na Scar, a partir de 17 de janeiro, com até dois dias de antecedência para os espetáculos especiais (limite de dois ingressos por pessoa).
A abertura do festival será com noite de autógrafos e lançamento do CD com o violonista Mario Ulloa e o violinista Daniel Gudes, com obras de Chico Buarque, Edu Lobo, João Bosco, Dorival Caymmi, Cartola, Ary Barroso, Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Dudu Falcão.
Fonte: DIÁRIO CATARINENSE
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7º Femusc: eles vieram da terra do tango para Jaraguá do Sul
Violonistas Javier Bután e Walter Moisello, de Buenos Aires, enaltecem Festival e intercâmbio
Publicado 31/01/2012 às 08:32:34
- Atualizado em 31/01/2012 às 09:05:47
O sotaque confirma a informação recebida na portaria do alojamento
montado na Escola de Ensino Médio Abdon Batista. “Você fala espanhol?”.
Sim, os dois violonistas clássicos são argentinos, mais precisamente de
Buenos Aires, terra do tango e da inflamada torcida do Bocca Juniors.
Bastante à vontade, eles estavam se preparando para iniciar o ensaio em
dupla. Logo mais, às 18h, eles se apresentariam na “Série Violão Plus”,
no Museu Weg, que acontece de segunda a sexta-feira. Ao todo, 16
violonistas estão participando do evento em 2012.
Com um “portunhol de fronteira”, desses que são bastante usados no
Rio Grande do Sul, começa a entrevista com Javier Alejandro Buján, 29
anos, participante do Femusc (Festival de Música de Santa Catarina) pelo
quarto ano consecutivo. “O Femusc é a minha segunda casa. É muito
importante vir aqui”, resume. Ele conta que quando tinha 16 anos, o
primeiro instrumento de corda que tocou foi a da guitarra, com rock e
música popular argentina. A mudança radical para o violão clássico
aconteceu há dez anos, após assistir um concerto que o impressionou.
Aí foi estudar no Conservatório di Morón, na cidade que leva o mesmo
nome. “Hoje vivo da docência musical e faço apresentações”. Ele também
organiza ciclos mensais de concertos de violão clássico e se entusiasma
quando fala da participação no Femusc. “É uma aprendizagem a cada
encontro com outros músicos, além das aulas com grandes mestres, se
possível, melhores que eu”.
O colega Walter Moisello, 34, começou a se familiarizar com o
instrumento aos 12 anos, em sua cidade natal, Arrecifes, a 180
quilômetros de Buenos Aires. É a segunda vez que integra o evento, e
apesar de também morar e trabalhar na capital argentina, conheceu Javier
apenas no Femusc. Ele também vive da música, lecionando em escolas e
conservatórios. Walter soube do evento já na primeira edição, em 2006,
mas se decidiu por influência do professor argentino Eduardo Isaac, uma
das estrelas do Festival. “Muito interessante essa proposta. Se conhece
pessoas de todas as partes do mundo, outras culturas”, destaca.
Em
seguida, os dois amigos passam a ensaiar o clássico “Il Nonino”, de
Astor Piazzolla, e a milonga “Milongueo Del ayer”, de Abel Fleury.
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Em uma das rampas da Scar, ela se destacava. Olhos atentos na
partitura apoiada na parede, instrumento a postos e muita concentração. O
som que saia de seu oboé ecoava pela Scar e dava o tom de como está o
Femusc 2012. A protagonista dessa cena musical é a chinesa radicada no
Canadá, Nattie Chan, 21 anos, que fazia o que centenas músicos vieram
fazer em Jaraguá do Sul: estudar.
Nascida em Hong Kong, desde criança Nattie começou a flertar com o Canadá, influenciada pelas visitas ao país e atraída pelo fato de ter parentes na América do Norte e seus pais serem canadenses. Aos 15 anos, depois de terminar parte dos estudos, chegou a hora da mudança e Nattie embarcou para o Canadá, que adotou de vez como nação. “Fui também porque eu não me sentia muito bem na China, não conseguia me habituar com a cultura de lá, eles são muito diferentes”, conta a oboísta. Atualmente, ela estuda música junto com Alex Klein no Oberlin College, em Ohio, Estados Unidos.
A música entrou na vida de Nattie Chan quando ela tinha 4 anos. Na China, uma das tradições é que os pais queiram que os filhos aprendam algum instrumento, geralmente violino e piano, com o qual ela começou. Mas, ao contrário do que se possa imaginar, no começo ela odiava o instrumento. A relação de Nattie com o Oboé iniciou com um incentivo da escola, que obrigava os alunos a escolher algum instrumento para te aulas. “Eu escolhi o oboé porque queria algo diferente e não fazer o que todo mundo já fazia, como flauta e outros instrumentos”, lembra. Mas a coisa começou a ficar séria quando Nattie estava com 16 anos, quando começou a se interessar e estudar.
Depois que passou a estudar e veio ao Brasil, a relação de Nattie com o instrumentou mudou completamente. “Eu não vejo mais o oboé apenas como trabalha e meio para ganhar dinheiro. Para mim, é uma forma de prazer e satisfação”, conta a chinesa. Ela ainda revela que essa mudança tem ligação com o contato com a América Latina. “Um exemplo é que lá no Canadá, o costume é de não aquecer junto para as apresentações. Já aqui (Brasil) todo mundo começa a interagir, é muito diferente”, conta. “Tocar o instrumento é muito mais que apenas tocar”, confessa.
Trabalho manual
Diferente de muitos outros instrumentos, o oboé é caracterizado pela particularidade da confecção de suas palhetas, objeto acoplado no instrumento essencial para tirar o som, que precisa ser confeccionando pelos próprios músicos. O maestro Alex Klein é considerado um dos principais oboístas modernos do mundo pelo site Wikipédia. Ao ver alguns músicos fabricando a palheta, ele explica que isso é algo extremamente comum porque cada oboísta precisa fabricar a sua. “É como se uma pessoa fosse comprar um tênis, tem que ser particular. Não pode ser feito por ninguém, porque cada um sabe o jeito que toca. Conforme eles vão fazendo, vão vendo como sai o som, depende do acabemento”, diz. Klein ainda ressalta a dificuldade que é fabricar a palheta, porque há um material específico é muito minucioso. “Eles precisam levar essas ferramentas o tempo todo por onde vão”.
A oboísta Nattie Chan afirma que um dos fatores que a ajudou a escolher pelo oboé foi a particularidade da confecção da palheta. “Tem vários de modos de tocar, desde que não corte a boa”, brinca a chinesa. “É bom tocar oboé porque é pessoal, podemos dar o nosso próprio tom”, completa.
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A programação do Femusc já está ritmada. Todas as séries do evento
começam a aparecer, dia após dia, na rotina de quem tem curtido os
concertos promovidos pelo Festival de Música de Santa Catarina. Mas, se
você ainda não conseguiu organizar a agenda ou ainda tem certa confusão
pairando na mente, hoje, o OCP traz um guia prático. É isso mesmo! Basta
consultar este manual e escolher quais espetáculos mais agradam e,
então, simplesmente, aproveitar.
Ao todo, são mais de 200 apresentações oficiais abertas ao público. Isso sem contar as cerca de 40 visitas que os instrumentistas fazem a espaços alternativos, como praças, shoppings, igrejas, empresas e presídios. Outra ação de destaque é a presença dos músicos nas cidades da região. Há concertos rotineiros acontecendo nos municípios de Corupá, Pomerode, Joinville, Blumenau e Timbó.
Femusc no Shopping
É a série gratuita que, de segunda-feira a sábado, leva os alunos do festival ao Shopping Breithaupt, em Jaraguá do Sul. As apresentações são de música de câmara e acontecem sempre a partir das 12h30.
Femusc na Praça
Também realizada de segunda-feira a sábado, a série movimenta o Espaço Cultural do Supercenter Angeloni, na Rua Bernardo Grubba. Os concertos começam às 12h30 e têm acesso livre ao público.
Violão Plus
Dedicada exclusivamente ao instrumento que dá nome à série, está é a oportunidade de o público amante do violão escutar uma grande variedade de peças compostas para ele. Os concertos estão sediados no Museu Weg, na Rua Getúlio Vargas. As apresentações acontecem de segunda a sexta-feira e iniciam sempre às 18h.
Piano Masters
Assim como o Violão Plus, esta série foi dedicada a um instrumento específico. Nela, o piano é a atração principal. Os concertos acontecem no Centro Cultural da Scar, em uma sala reservada para as apresentações, de segunda-feira a sábado, às 18h.
Concertos na igreja
O Femusc também leva música às igrejas da cidade. A série é itinerante e, por isso, quem tiver interesse em acompanhar os concertos deve entrar em contato com a Scar, no telefone (47) 3275-2477, para conferir os locais escolhidos às apresentações. A programação completa ainda não foi divulgada pela organização.
Momento Springmann
Já chamada de Jovens Solistas, a série homenageia os músicos jaraguaenses Yara e Fernando Springmann. As apresentações de música de câmara acontecem no Pequeno Teatro do Centro Cultural da Scar, sempre às 19h, e contam com a participação de alunos e professores do Femusc.
Musicalmente Falando
É um bate-papo entre músicos e plateia liderado pelo diretor-artístico do Femusc, Alex Klein. Com uma pauta diversa, o Musicalmente Falando recepciona o público que chega ao Grande Teatro da Scar um pouco antes das apresentações das 20h30. A conversa inicia às 20h e é seguida pelos Grandes Concertos.
Grandes Concertos
Espetáculos que encerram os dias de trabalho no Femusc, os Grandes Concertos geram alguns dos momentos mais especiais e aplaudidos do festival. As apresentações ocorrem diariamente, sempre a partir das 20h30, no Grande Teatro do Centro Cultural da Scar. É nesta série que as orquestras formadas por alunos e também professores tocam.
Concertos para as famílias
Realizados nos dois sábados abrangidos pela programação do Femusc, os ‘Concertos para as famílias’ têm repertório leve e divertido executado pela Sinfonietta do festival. Ela é regida pelo maestro Norberto Garcia. Antes das apresentações, as crianças são convidadas a descobrir os instrumentos durante o Zoológico Musical. Quem os demonstra aos pequenos espectadores são os alunos do evento. A série começa às 10h.
Concertos de Sábado
Como o nome já diz, esses concertos ocorrem apenas aos sábados. Eles iniciam às 16h e movimentam o Grande Teatro da Scar com apresentações de música de câmara oferecidas ao público por alunos e professores do Femusc.
Ingressos são gratuitos!
Alguma série ou concerto da programação do Festival de Música de Santa Catarina interessou? Não perca tempo, vá à apresentação e aproveite. Afinal, não há desculpa para quem deseja participar do Femusc, pois não existe qualquer cobrança e, além disso, na maioria das séries nem ao menos ingresso é necessário retirar.
A exceção fica por conta de três séries diárias, nas quais os espectadores devem garantir o bilhete de entrada com antecedência. É o caso do Piano Masters, realizado às 18h, do Momento Springmann, às 19h, e dos Grandes Concertos das 20h30. O mesmo ocorre com o ‘Concerto para as famílias’, marcado para sábado, às 10h.
Em todos eles, conforme a organização, os ingressos são disponibilizados nos dois dias que antecedem as apresentações. Cada pessoa pode retirar somente dois acessos. A distribuição é feita na secretaria do Centro Cultural da Scar, diariamente, das 7h às 22h. Por enquanto, apesar dos teatros estarem sempre cheios, não há corre-corre. Mas, a procura deve se intensificar quando forem oferecidas as entradas referentes à agenda do fim de semana. Outras informações são esclarecidas pelo telefone (47) 3275-2477.
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7º Femusc: oboísta Nattie Chan, do Canadá para Jaraguá do Sul
Oboísta Nattie Chan, 21 anos, saiu da China há seis anos e é um dos talentos que circula pelo Femusc
Publicado 30/01/2012 às 08:51:47
- Atualizado em 30/01/2012 às 14:07:18
Nascida em Hong Kong, desde criança Nattie começou a flertar com o Canadá, influenciada pelas visitas ao país e atraída pelo fato de ter parentes na América do Norte e seus pais serem canadenses. Aos 15 anos, depois de terminar parte dos estudos, chegou a hora da mudança e Nattie embarcou para o Canadá, que adotou de vez como nação. “Fui também porque eu não me sentia muito bem na China, não conseguia me habituar com a cultura de lá, eles são muito diferentes”, conta a oboísta. Atualmente, ela estuda música junto com Alex Klein no Oberlin College, em Ohio, Estados Unidos.
A música entrou na vida de Nattie Chan quando ela tinha 4 anos. Na China, uma das tradições é que os pais queiram que os filhos aprendam algum instrumento, geralmente violino e piano, com o qual ela começou. Mas, ao contrário do que se possa imaginar, no começo ela odiava o instrumento. A relação de Nattie com o Oboé iniciou com um incentivo da escola, que obrigava os alunos a escolher algum instrumento para te aulas. “Eu escolhi o oboé porque queria algo diferente e não fazer o que todo mundo já fazia, como flauta e outros instrumentos”, lembra. Mas a coisa começou a ficar séria quando Nattie estava com 16 anos, quando começou a se interessar e estudar.
Depois que passou a estudar e veio ao Brasil, a relação de Nattie com o instrumentou mudou completamente. “Eu não vejo mais o oboé apenas como trabalha e meio para ganhar dinheiro. Para mim, é uma forma de prazer e satisfação”, conta a chinesa. Ela ainda revela que essa mudança tem ligação com o contato com a América Latina. “Um exemplo é que lá no Canadá, o costume é de não aquecer junto para as apresentações. Já aqui (Brasil) todo mundo começa a interagir, é muito diferente”, conta. “Tocar o instrumento é muito mais que apenas tocar”, confessa.
Trabalho manual
Diferente de muitos outros instrumentos, o oboé é caracterizado pela particularidade da confecção de suas palhetas, objeto acoplado no instrumento essencial para tirar o som, que precisa ser confeccionando pelos próprios músicos. O maestro Alex Klein é considerado um dos principais oboístas modernos do mundo pelo site Wikipédia. Ao ver alguns músicos fabricando a palheta, ele explica que isso é algo extremamente comum porque cada oboísta precisa fabricar a sua. “É como se uma pessoa fosse comprar um tênis, tem que ser particular. Não pode ser feito por ninguém, porque cada um sabe o jeito que toca. Conforme eles vão fazendo, vão vendo como sai o som, depende do acabemento”, diz. Klein ainda ressalta a dificuldade que é fabricar a palheta, porque há um material específico é muito minucioso. “Eles precisam levar essas ferramentas o tempo todo por onde vão”.
A oboísta Nattie Chan afirma que um dos fatores que a ajudou a escolher pelo oboé foi a particularidade da confecção da palheta. “Tem vários de modos de tocar, desde que não corte a boa”, brinca a chinesa. “É bom tocar oboé porque é pessoal, podemos dar o nosso próprio tom”, completa.
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Femusc: um guia prático para não perder nenhum concerto
Conheça cada uma das séries que faz do Festival de Música de SC um evento imperdível
Publicado 25/01/2012 às 09:43:29
- Atualizado em 25/01/2012 às 10:15:15
Ao todo, são mais de 200 apresentações oficiais abertas ao público. Isso sem contar as cerca de 40 visitas que os instrumentistas fazem a espaços alternativos, como praças, shoppings, igrejas, empresas e presídios. Outra ação de destaque é a presença dos músicos nas cidades da região. Há concertos rotineiros acontecendo nos municípios de Corupá, Pomerode, Joinville, Blumenau e Timbó.
Femusc no Shopping
É a série gratuita que, de segunda-feira a sábado, leva os alunos do festival ao Shopping Breithaupt, em Jaraguá do Sul. As apresentações são de música de câmara e acontecem sempre a partir das 12h30.
Femusc na Praça
Também realizada de segunda-feira a sábado, a série movimenta o Espaço Cultural do Supercenter Angeloni, na Rua Bernardo Grubba. Os concertos começam às 12h30 e têm acesso livre ao público.
Violão Plus
Dedicada exclusivamente ao instrumento que dá nome à série, está é a oportunidade de o público amante do violão escutar uma grande variedade de peças compostas para ele. Os concertos estão sediados no Museu Weg, na Rua Getúlio Vargas. As apresentações acontecem de segunda a sexta-feira e iniciam sempre às 18h.
Piano Masters
Assim como o Violão Plus, esta série foi dedicada a um instrumento específico. Nela, o piano é a atração principal. Os concertos acontecem no Centro Cultural da Scar, em uma sala reservada para as apresentações, de segunda-feira a sábado, às 18h.
Concertos na igreja
O Femusc também leva música às igrejas da cidade. A série é itinerante e, por isso, quem tiver interesse em acompanhar os concertos deve entrar em contato com a Scar, no telefone (47) 3275-2477, para conferir os locais escolhidos às apresentações. A programação completa ainda não foi divulgada pela organização.
Momento Springmann
Já chamada de Jovens Solistas, a série homenageia os músicos jaraguaenses Yara e Fernando Springmann. As apresentações de música de câmara acontecem no Pequeno Teatro do Centro Cultural da Scar, sempre às 19h, e contam com a participação de alunos e professores do Femusc.
Musicalmente Falando
É um bate-papo entre músicos e plateia liderado pelo diretor-artístico do Femusc, Alex Klein. Com uma pauta diversa, o Musicalmente Falando recepciona o público que chega ao Grande Teatro da Scar um pouco antes das apresentações das 20h30. A conversa inicia às 20h e é seguida pelos Grandes Concertos.
Grandes Concertos
Espetáculos que encerram os dias de trabalho no Femusc, os Grandes Concertos geram alguns dos momentos mais especiais e aplaudidos do festival. As apresentações ocorrem diariamente, sempre a partir das 20h30, no Grande Teatro do Centro Cultural da Scar. É nesta série que as orquestras formadas por alunos e também professores tocam.
Concertos para as famílias
Realizados nos dois sábados abrangidos pela programação do Femusc, os ‘Concertos para as famílias’ têm repertório leve e divertido executado pela Sinfonietta do festival. Ela é regida pelo maestro Norberto Garcia. Antes das apresentações, as crianças são convidadas a descobrir os instrumentos durante o Zoológico Musical. Quem os demonstra aos pequenos espectadores são os alunos do evento. A série começa às 10h.
Concertos de Sábado
Como o nome já diz, esses concertos ocorrem apenas aos sábados. Eles iniciam às 16h e movimentam o Grande Teatro da Scar com apresentações de música de câmara oferecidas ao público por alunos e professores do Femusc.
Alguma série ou concerto da programação do Festival de Música de Santa Catarina interessou? Não perca tempo, vá à apresentação e aproveite. Afinal, não há desculpa para quem deseja participar do Femusc, pois não existe qualquer cobrança e, além disso, na maioria das séries nem ao menos ingresso é necessário retirar.
A exceção fica por conta de três séries diárias, nas quais os espectadores devem garantir o bilhete de entrada com antecedência. É o caso do Piano Masters, realizado às 18h, do Momento Springmann, às 19h, e dos Grandes Concertos das 20h30. O mesmo ocorre com o ‘Concerto para as famílias’, marcado para sábado, às 10h.
Em todos eles, conforme a organização, os ingressos são disponibilizados nos dois dias que antecedem as apresentações. Cada pessoa pode retirar somente dois acessos. A distribuição é feita na secretaria do Centro Cultural da Scar, diariamente, das 7h às 22h. Por enquanto, apesar dos teatros estarem sempre cheios, não há corre-corre. Mas, a procura deve se intensificar quando forem oferecidas as entradas referentes à agenda do fim de semana. Outras informações são esclarecidas pelo telefone (47) 3275-2477.
Fonte: O CORREIO DO POVO (Jaraguá do Sul)
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