Jessica sofre hostilidades desde meados de 2011 |
Uma jovem mandou pelo Twitter uma mensagem para Jessica Ahlquist (foto): “Qual é a sensação de ser a pessoa mais odiada do Estado? Você é uma desgraça para a raça humana.”
Outra pessoa escreveu: “Espero que haja muitos banners [de oração] no inferno quando você lá estiver apodrecendo, ateia filha da puta!”
Jessica, 16, uma americana de Cranston, cidade de 80 mil habitantes de maioria católica do Estado de Rhode Island, tem recebido esse tipo de mensagem desde meados de 2011, quando recorreu à Justiça para que a escola pública onde estuda retirasse uma oração de um mural bem visível, por onde passam os alunos.
Ela é uma jovem ateia determinada e leva a sério a Constituição americana, que estabelece a separação entre o Estado e a religião.
Os ataques e ameaças a Jessica aumentaram de tom quando um juiz lhe deu ganho de causa e determinou a retirada da oração. Nos momentos mais tensos, ela teve de ir à escola sob a proteção da polícia.
Pais enfurecidos de alunos pressionaram a direção da escola para que recorresse da decisão judicial e se ofereceram para pagar os honorários advocatícios. A escola se recusou tirar a oração do mural até que saísse nova sentença e a cobriu com uma lona.
Na semana passada, uma Corte Distrital da Justiça recusou o recurso dos pais e escola, confirmando, assim, a decisão de primeira instância. Foi quando as duas mensagens acima, entre outras, apareceram no Twitter.
Outra pessoa escreveu: “Espero que haja muitos banners [de oração] no inferno quando você lá estiver apodrecendo, ateia filha da puta!”
Jessica, 16, uma americana de Cranston, cidade de 80 mil habitantes de maioria católica do Estado de Rhode Island, tem recebido esse tipo de mensagem desde meados de 2011, quando recorreu à Justiça para que a escola pública onde estuda retirasse uma oração de um mural bem visível, por onde passam os alunos.
Ela é uma jovem ateia determinada e leva a sério a Constituição americana, que estabelece a separação entre o Estado e a religião.
Os ataques e ameaças a Jessica aumentaram de tom quando um juiz lhe deu ganho de causa e determinou a retirada da oração. Nos momentos mais tensos, ela teve de ir à escola sob a proteção da polícia.
Pais enfurecidos de alunos pressionaram a direção da escola para que recorresse da decisão judicial e se ofereceram para pagar os honorários advocatícios. A escola se recusou tirar a oração do mural até que saísse nova sentença e a cobriu com uma lona.
Na semana passada, uma Corte Distrital da Justiça recusou o recurso dos pais e escola, confirmando, assim, a decisão de primeira instância. Foi quando as duas mensagens acima, entre outras, apareceram no Twitter.
Oração está na
escola desde 1963
|
O pai de Jessica é um encanador e a mãe, enfermeira. Desde o começo da
luta na Justiça a jovem conta com o apoio de entidades ateístas. Uma
campanha arrecadou cerca de US$ 30 mil (R$ 51,2 mil) para os gastos
judiciais. Houve venda de camisetas.
O caso tomou proporção nacional, tendo de um lado ateus e defensores do Estado laico e, do outro, quase uma cidade inteira que não se conforma com a retirada da oração da escola onde estava havia 49 anos. No final da semana passada, Jessica foi destaque no jornal mais influente dos Estados Unidos, o The New York Time.
Apesar da decisão da Corte, o caso parece estar longe do fim, com desdobramentos inesperados. Exemplo: a Freedom From Religion Foundation, constituída por céticos, mandou entregar flores para Jessica, e quatro floriculturas da cidade recusaram o pedido. A FFRE pretende processá-las por discriminação.
Alguém disseminou o boato de que Jessica solicitou transferência de escola. Ela negou e disse que lá ficará até a formatura, ao final de 2013.
Jessica até agora tem aguentado a forte pressão, o que, talvez, tem irritado ainda mais os fanáticos religiosos. Sobre a decisão da Justiça, ela disse: “Estou feliz e orgulhosa pelo fato de a Constituição estar sendo cumprida.”
O caso tomou proporção nacional, tendo de um lado ateus e defensores do Estado laico e, do outro, quase uma cidade inteira que não se conforma com a retirada da oração da escola onde estava havia 49 anos. No final da semana passada, Jessica foi destaque no jornal mais influente dos Estados Unidos, o The New York Time.
Apesar da decisão da Corte, o caso parece estar longe do fim, com desdobramentos inesperados. Exemplo: a Freedom From Religion Foundation, constituída por céticos, mandou entregar flores para Jessica, e quatro floriculturas da cidade recusaram o pedido. A FFRE pretende processá-las por discriminação.
Alguém disseminou o boato de que Jessica solicitou transferência de escola. Ela negou e disse que lá ficará até a formatura, ao final de 2013.
Jessica até agora tem aguentado a forte pressão, o que, talvez, tem irritado ainda mais os fanáticos religiosos. Sobre a decisão da Justiça, ela disse: “Estou feliz e orgulhosa pelo fato de a Constituição estar sendo cumprida.”
Com informação e foto do NYT, entre outras fontes.
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