*por Jarbas Milititsky
A tragédia do Holocausto lembra que somos responsáveis uns pelos outros.
Há aqueles que não conhecem em profundidade os fatos históricos, porque são muito jovens. Estes precisam ser ensinados, para que possam aprender a cultivar o humanismo, o respeito à cultura e à diversidade, a recusa incondicional de regimes totalitários.
Há os que os desconhecem os fatos históricos porque supostamente não lhes dizem respeito. Estes também precisam ser ensinados que a omissão de hoje não é garantia de que não serão os perseguidos de amanhã. Quando o Estado fomenta a violência, seus agentes não precisam de argumentos lógicos para justificar o injustificável.
Existem também os que se recusam a reconhecer os fatos históricos, porque esta é uma posição que lhes convém, para justificar suas próprias posições políticas ou religiosas. A estes, talvez, não seja possível ensinar, mas devemos combater suas idéias, sua intolerância e seu obscurantismo.
Hoje, no Dia Mundial em Memória das Vítimas do Holocausto na Segunda Guerra Mundial, precisamos nos focar em três ações: a primeira é lembrar sobre a necessidade de ensinar às novas gerações sobre o que aconteceu e sobre as ameaças, ainda existentes, de ideologias que promovem a xenofobia étnica, cultural e religiosa.
A segunda é alertar a todos para o risco de discursos contemporâneos, que não apenas recusam a verdade histórica, mas fomentam o extermínio de povos ou grupos étnicos como política de Estado. A terceira é dirigida aos sobreviventes, aos seres humanos vítimas da barbárie. Eles merecem um pedido de perdão, em nome da humanidade por não ter impedido e manifestado o horror quando necessário e tratado de impedir os episódios mais degradantes da historia recente da humanidade. Desta forma devemos assumir o compromisso, como integrantes da sociedade civilizada, de manifestar nossa posição e repulsa, de forma veemente, em qualquer momento em que seja ameaçada a dignidade humana, seja como objeto de políticas de estado ou de ações de grupos organizados ou mesmo de indivíduos.
Durante um pronunciamento na ONU, no ano de 2006, o representante do Museu Yad Vashem (Museu do Holocausto de Jerusalém) lembrou aos ouvintes que o povo judeu legou para a humanidade os dez mandamentos, mas face ao horror do Holocausto sugeriu que faltaram três mandamentos: não seja algoz, não seja vítima e não seja, jamais, mero expectador.
Fonte: COISAS JUDAICAS
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