História
Testes genéticos põem fim à teoria de que o imperador francês Napoleão Bonaparte tinha ascendência árabe
(Divulgação)
Napoleão Bonaparte: teste derruba teoria que dizia que imperador tinha ascendência árabe
Novos exames de DNA acabam de derrubar a teoria de que o ex-imperador
francês Napoleão Bonaparte (1769-1821) tinha ascendência árabe. Um
estudo genético publicado na última edição do Journal of Molecular Biology Research atribui
a Napoleão origem caucasiana, ou seja, da parte oriental da Europa. A
pesquisa contradiz indicações históricas de que os ancestrais de
Napoleão teriam chegado à Europa durante a expansão do Islã ou pelo
comércio de mercadorias com a Itália.
Saiba mais
NAPOLEÃO BONAPARTEEm 1799, um oficial de artilharia do exército francês de apenas 30 anos de idade liderou um golpe de estado e se autoproclamou Primeiro Cônsul. Era Napoleão Bonaparte, que cinco anos mais tarde seria proclamado imperador. A chegada de Napoleão ao poder é o marco histórico que encerra a Revolução Francesa, detonada dez anos antes.
Napoleão governou a França até abril de 1814 (voltou a ocupar a posição durante alguns meses em 1815). Em seu governo, a França envolveu-se em conflitos com as grandes potências da Europa, as Guerras Napoleônicas. Venceu e conquistou uma hegemonia sem precedentes no Velho Continente. Em 1812, porém, sofreu um grave revés na Campanha da Rússia e viu seu império começar a ruir. A batalha final aconteceu em Waterloo, em junho de 1815, quando o exército de Napoleão foi derrotado pelos britânicos, que o exilaram na ilha de Santa Helena, no Oceano Atlântico, onde conheceria a morte seis anos depois.
Napoleão nasceu na Córsega, uma ilha no litoral da Itália que é
controlada pela França. Seus pais eram descendentes da nobreza italiana,
e sua família tinha vínculos de sangue com um mercenário do século XV
conhecido como 'Il Moro di Sarzana', ou 'O Mouro de Sarzana', natural de
uma cidade mediterrânea frequentemente atacada pelos árabes.
Os exames de DNA foram feitos pelo geneticista francês Gérard Lucotte,
que teve acesso a pelos das famosas costeletas de Napoleão. O material
estava em um relicário que pertenceu ao fundador do Museu do Louvre e
amigo pessoal do ex-imperador, Dominique Vivant Denon. Lucotte conseguiu
isolar o perfil do cromossomo Y de Napoleão segundo o jornal francês Le Figaro.
O cientista comparou o DNA dos pelos do ex-imperador com o material
genético de Charles Napoleão, descendente de Jerônimo Bonaparte, irmão
de Napoleão. As marcas do cromossomo Y nos dois são exatamente iguais.
"Conseguimos determinar com precisão: Napoleão não era árabe, mas
caucasiano", afirmou Lucotte.
Pesquisas genéticas também podem ajudar a determinar a causa de sua
morte. A teoria mais aceita era a de que ele havia sido envenenado com
arsênico enquanto cumpria um pena imposta pelos britânicos na ilha de
Santa Helena, localizada no Oceano Atlântico. Testes modernos, porém,
não encontraram sinais da substância em restos mortais de Napoleão, como
fios de barba. Outra versão, atestada por uma autópsia, aponta para um
câncer de estômago. Por trás das pesquisas científicas, sugeriu o Le Figaro,
esconde-se uma nova tentativa de abrir o túmulo de Napoleão, no Hotel
des Invalides, em Paris, e esclarecer se realmente estão ali os restos
mortais do imperador, se são de outra pessoa ou se o local está vazio.
(Com Agência EFE)
Fonte: VEJA
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