
Hacker, também conhecido como OxOmar, anunciou ataques contra sites da Bolsa e da El Al
Os sites da Bolsa de Valores de
Tel Aviv e da companhia aérea israelense El Al foram derrubados nesta
segunda-feira após ataques de hackers.
Na noite de domingo, um hacker conhecido como
OxOmar, que deu início a uma recente onda de ataques cibernéticos em
Israel, anunciou que um grupo de hackers chamado "pesadelo" realizaria o
ataque.
Às 10 horas da manhã, horário local, ambos os sites saíram do ar.
Tanto a Bolsa de Valores como a El Al
esclareceram que os sites em questão são as páginas que dão informações
ao público. O site de operações comerciais da bolsa não foi afetado.
O novo ataque ocorre duas semanas depois que
OxOmar começou a invadir sites comerciais de Israel e a expor dados de
cartões de crédito de cidadãos israelenses.
Até hoje o hacker já expôs informações de mais de 30 mil cartões com endereços, números de identidade e nomes dos titulares.
O vazamento dos dados levou centenas de milhares
de israelenses a verificar seus cartões e gerou preocupação com uma
possível "guerra cibernética" que estaria sendo lançada contra Israel.
Convocação
O ataque desta segunda-feira fortalece os
receios de que hackers possam prejudicar a infraestrutura do país por
meio de ataques aos sistemas de computadores.
No domingo, o porta-voz do Hamas na Faixa de
Gaza, Sami Abu Zuhri, tinha convocado hackers pró-palestinos ao redor do
mundo a intensificar a guerra cibernética contra Israel.
"A invasão aos sites israelenses abre uma nova frente da resistência à ocupação israelense", afirmou Abu Zuhri.
Na última sexta-feira, um grupo de hackers que
se autodenomina "time dos hackers de Gaza", invadiu o site do Corpo de
Bombeiros de Israel.
O vice-ministro das Relações Exteriores, Danny
Ayalon, declarou que os ataques dos hackers "são ataques terroristas" e
anunciou que "Israel vai responder com força àqueles que violarem a
soberania cibernética do país".
Para a presidente da Comissão de Ciência e
Tecnologia do Parlamento israelense, deputada Ronit Tirosh, a invasão
dos sites "é o começo de uma guerra cibernética que poderá paralisar a
infraestrutura essencial do país".
De acordo com a deputada, existe o risco de que
ataques cibernéticos danifiquem os sistemas de energia, água,
comunicação e distribuição de alimentos em Israel.
O governo israelense anunciou a formação de uma
Autoridade Cibernética, cuja função é tomar medidas de defesa do espaço
virtual do país, porém, de acordo com a imprensa local, o novo órgão
ainda não recebeu os recursos necessários para começar efetivamente a
trabalhar.
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