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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

São Paulo tem a segunda maior população judaica da América Latina


Uma das maiores riquezas da cidade de São Paulo é a convivência pacífica entre todas as comunidades, religião e raças que vivem em nosso Estado. Este foi um dos motivos responsáveis pela imigração de judeus para São Paulo, que teve início no final do século 19 e hoje é a segunda maior população judaica da América Latina perdendo apenas para Buenos Aires.
O contexto paulista de intenso crescimento urbano e econômico dos primeiros anos do século 20 e o ambiente de uma cidade cosmopolita, culturalmente aberta e receptiva e com uma população significativa de imigrantes atraíram a imigração judaica, que deixava para trás as más condições de vida nos países de origem e episódios de anti-semitismo e de perseguições. Restrições imigratórias nos Estados Unidos, Canadá e Argentina tornaram o Brasil, particularmente São Paulo, um destino preferencial destes imigrantes. (dados do historiador Roney Cytrynovicz extraídos do site (www.fisesp.org.br).
Nas primeiras décadas do século XX, boa parte dos judeus asquenazis (de origem europeia) se estabeleceram no bairro do Bom Retiro, enquanto muitos sefaradis (de origem do norte da África, Portugal e Espanha) moravam e trabalhavam nos bairros da Mooca e do Brás. De acordo com a Federação Israelita do Estado de São Paulo, entidade representativa da comunidade judaica, no início da década de 1930 havia em São Paulo entre 15 a 20 mil judeus. Estima-se que este número é atualmente de 65 mil somente no Estado de São Paulo e cerca de 110 mil em todo o Brasil.
Pouco familiarizados com os hábitos brasileiros e, provavelmente, marcados pela exclusão vivida em suas sociedades de origem, os imigrantes judeus recriaram no Brasil a intensa vida cultural e política de que desfrutavam anteriormente: fundaram jornais, bibliotecas, escolas, sinagogas, associações femininas de ajuda mútua e de apoio a recém-chegados e preocuparam-se em criar instituições que cumprissem a função de unir e fortalecer a comunidade judaica brasileira. De acordo com Mario Fleck, presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo, “a inexistência de movimentos anti-semitas ou práticas discriminatórias significativas no Brasil contribuiu para a identificação geral dos judeus como brasileiros de classe média e para a manutenção de muitos vínculos que ainda ligam a comunidade judaica”.
Trabalho de entidades judaicas beneficiam a sociedade em geral
Centro Israelita de Assistência ao Menor (CIAM) – ‘Entidade que presta serviços a pessoas com necessidades especiais, favorecendo a inclusão social em um processo contínuo de aperfeiçoamento organizacional. O CIAM funciona hoje em duas unidades- Centro de Educação e Desenvolvimento (CED), onde atende cerca de 130 educandos, e Aldeia da Esperança, que desenvolve um programa, pioneiro e único no Brasil, de moradia assistida vitalícia para pessoas com necessidades especiais e com distúrbios psiquiátricos. www.ciam.org.br
Ten Yad – A Instituição Beneficente Israelita Ten Yad vem lutando para alimentar pessoas, através de programas de assistência alimentar gratuita. De todo o seu trabalho filantrópico, destaca-se o “Meals on Wheels” (Refeições Sobre Rodas), um inédito programa de entrega de refeições quentes. www.tenyad.org.br
União Brasileiro-Israelita do Bem-Estar Social (UNIBES) – ‘A UNIBES promove atendimento global a crianças e adultos, chegando a atingir a um público de 6 mil pessoas por ano, através de suas áreas de Infância e Adolescência e de seu Departamento de Serviço Social. Possui serviços diversos na área de assistência a saúde, bazar beneficente e outros. www.unibes.org.br
Lar das Crianças da Congregação Israelita Paulista: Atende crianças dos 3 aos 15 anos, independente de raça ou religião, proporcionando-lhes educação, através do encaminhamento para escolas públicas ou particulares, além de acompanhamentos psicológico, fonoaudiológico, pedagógico e tratamento médicos gratuitos. Sempre, buscando proporcionar tudo o que uma criança necessita para crescer com carinho, amor, segurança e dignidade. www.cip.org.br/lardascriancas
Projeto Felicidade – O Projeto Felicidade proporciona uma semana de diversão e alegria, incluindo hospedagem em hotéis, transporte, alimentação e passeios, para que crianças carentes com câncer possam resgatar o amor próprio e adquirir forcas para continuarem sua luta contra o câncer. www.felicidade.org.br
Oficina Abrigada de Trabalho (OAT)- É mantida pela Comunidade Shalom, da Liga Israelita do Brasil, onde sua principal missão é capacitar jovens e adultos, portadores de deficiência mental, em suas diversas oficinas de trabalho, inserindo-os no mercado de trabalho à medida que estejam em condições de cumprir seu papel como cidadãos trabalhadores. Possui cinco oficinas, a saber: de papel reciclado, de papelaria, de velas e sabonetes, gráfica e seqüencial industrial. www.oat.org.br
Dados sobre a comunidade judaica no Brasil e em São Paulo
No Brasil: 110 mil judeus
No Estado de São Paulo: 65 mil judeus
Na Capital: 60 mil judeus
São Paulo tem a segunda maior população judaica da América Latina perdendo apenas para Buenos Aires
Número de Sinagogas: 45
Número de Rabinos: 180
Porcentagem de judeus ortodoxos: 15%

Fonte:  http://www.pletz.com

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