O sucesso da música do artista brasileiro dá o que pensar e um amigo me perguntou se acho que "Teló" é sobrenome de origem judaica (insinuando que adviria de tal circunstância a promoção em torno da música "Ai se eu te pego"), detalhe que, para ele, explicou o sucesso de outra "brasileira": CARMEM MIRANDA (li num certo blog, cuja referência perdi, que: Para acompanhar a maratona de shows e filmagens, Carmen começou a fazer
uso de medicamentos. E morreu aos 46 anos, na sua mansão em Beverly
Hills, nos EUA. O marido, Dave Sebastian, obedeceu as suas tradições
judaicas e não deixou que fizessem autópsia no corpo da estrela. Ele
doou os seus balangandãs para o Brasil e o que restou pode ser visto no
pequeno Museu que fica na Praia do Flamengo).
Confesso que a tese do meu amigo conta com certa simpatia da minha parte, mas, sinceramente não sei se Teló é patronímico hebraico e a única referência de proximidade do sobrenome em destaque com ancestralidade hebraica é a que segue reproduzida:
Confesso que a tese do meu amigo conta com certa simpatia da minha parte, mas, sinceramente não sei se Teló é patronímico hebraico e a única referência de proximidade do sobrenome em destaque com ancestralidade hebraica é a que segue reproduzida:
Os cognomes, apelidos, sobrenomes ou nomes de família já eram utilizados na Antigüidade, os romanos possuíam um sistema
próprio de distinguir uma pessoa de outra pelo nome e por outros apostos a ele.
Pela
historia desse povo, julga-se que este sistema tenha surgido em épocas
remotas e que já fosse de uso comum logo
após o inicio da expansão
do poderio de Roma, os romanos possuíam um sistema pelo qual
identificavam no nome do indivíduo qual seu clã de origem, foi a
primeira forma de se identificar um grupo
familiar em especifico,
porem, com a queda do Império Romano em 476 d.C. este sistema
virtualmente deixou de existir, caindo em desuso.
Na
idade média (476-1453) passou, pois, a vigorar tão somente o nome de
batismo para designar, distinguir e caracterizar
as pessoas. Fala-se em
nome de batismo porque, na época da queda do Império Romano Ocidental, a
península itálica já era praticamente toda cristã. Por outro lado, os
povos invasores foram
cristianizados em massa no
período que se segue à desagregação do Império. O cristianismo se
tornou um elemento aglutinador que aproximou todos estes povos.
O
estabelecimento de vários povos estrangeiros introduziu uma grande
variedade de nomes e palavras que paulatinamente
foram sendo latinizadas,
salienta-se que os povos estrangeiros não possuíam a tradição da
sobrenominização das pessoas, fato este que influiu sistematicamente no
abandono de tal costume.
O
aporte de grande acervo de novos nomes, trazidos pelos povos invasores,
principalmente germânicos, o abandono da
sistemática latina de
individualizar pessoas, a influencia do cristianismo que difundia os
nomes de seus mártires e santos criaram uma confusão generalizada. Os
nomes se repetiam com freqüência
o que tornava difícil
distinguir um indivíduo de outro.
Surgiu então a necessidade de se estabelecer uma modalidade para se distinguir um cidadão do outro, para tal finalidade
foram criadas algumas formulas que auxiliavam em tal distinção.
Na
verdade, não foram estabelecidas normas baixadas por autoridades, mas
sim o surgimento de um modo espontâneo na pena
do escrivão, no convívio
social e na linguagem popular que inventava formas para distinguir os
dez ou vinte Johannes (João) que viviam na mesma comunidade.
Os primeiros registros do uso de sobrenomes familiares como hoje os conhecemos foram encontrados por volta do século
VIII, ou seja após o ano 701 d.C.
Na Inglaterra por exemplo, só passaram a ser usados depois de sua conquista pelos normandos, no ano de 1066. Foi só no
inicio do renascimento que os cognomes voltaram a ter aceitação geral.
No
ano de 1563, o Concílio de Trento concretizou a adoção de sobrenomes,
ao estabelecer nas igrejas os registros
batismais, que exigiam,
além do nome de batismo, que teria de ser um nome cristão, de santo ou
santa, um sobrenome, ou nome de família.
Os locais de nascimento davam origem aos sobrenomes:
A
maior parte dos sobrenomes que circulam no Brasil é de origem
portuguesa e chegou aqui com os colonizadores. Alguns
tinham origem geográfica,
ou seja, no local em que a pessoa nasceu ou em que morava. Desta forma,
Guilherme, nascido ou vindo da cidade portuguesa de Coimbra, passou a
ser, como seus parentes,
Guilherme Coimbra. Assim,
também Varela, Aragão, Cardoso, Araújo, Abreu, Lisboa, Barcelos, Faro,
Guimarães, Braga, Valadares, Barbosa e Lamas eram nomes de cidades ou
regiões que identificavam
os que lá nasceram,
passando a funcionar, com o tempo, como sobrenomes.
Alguns
desses sobrenomes, aliás, não se referem a localidades, mas a simples
propriedades rurais onde um determinado
tipo de plantação era
privilegiado. Por exemplo, os moradores de numa quinta em que se
cultivavam oliveiras passaram a ser conhecidos como Oliveira, o mesmo
acontecendo com Pereira, Amoreira,
Macieira e tantos outros.
As alcunhas,ou apelidos davam origem aos sobrenomes:
Outra
origem de sobrenomes foram as alcunhas, ou apelidos, atribuídos a uma
pessoa para identificá-la e que depois se
incorporava a seu nome
como se dele fizesse parte. É ocaso de Louro, Moreno, Guerreiro, Bravo,
Pequeno, Calvo e Severo, por exemplo. Muitos nomes de família se
originaram também de nomes de
animais, fosse por traços
de semelhança física ou de características de temperamento: Lobo,
Carneiro, Aranha, Leão e Canário são alguns deles.
Os pais davam seu nomes aos filhos:
Vários
sobrenomes de origem portuguesa/espanhola podem ser classificados como
sendo um patronímico, pois tem sua origem
no nome próprio do
fundador deste tronco familiar. Por exemplo: Nunes é uma forma alternada
de Nunez, o qual é o patronímico do nome Nuno.
Situação
semelhante podemos observar em alguns sobrenomes ingleses quando estes
terminam em "son", esta palavra
significa "filho". Assim
um nome como John Richardson significava, antigamente, simplesmente
"João filho de Ricardo" ( John Richard's son ). O mesmo valendo para
John Peterson, Peter Johnson,
etc.
Veja abaixo uma lista com alguns sobrenomes comuns e seu correspondente paterno:
Sobrenome dos Cristãos Novos (antigos Judeus Ibéricos)
Quando
os judeus foram obrigados a adotar a religião católica, desapareceram
os Isaac, Jacob, Judas, Salomão, Levi, Abeatar, Benefaçam, etc.,
e ficaram somente nomes e
sobrenomes cristãos. Tomaram nomes vulgares, sem nada que os
diferenciasse da maioria dos cristãos velhos, a não ser por vezes a
manutenção de algum sobrenome antigo
judaico pelo qual o
indivíduo era vulgarmente conhecido. Assim aconteceu com Jorge Fernandes
Bixorda, Afonso Lopes Sampaio, Henrique Fernandes Abravanel, Duarte
Fernandes Palaçano, Duarte
Rodrigues Zaboca, etc.
É,
portanto, falsa a idéia de que os cristãos novos usavam nomes de
árvores como Nogueira, Pereira, Pinheiro Carvalho,
etc., para distinguir-se.
Estes já eram sobrenomes existentes e pertencentes a própria nobreza de
épocas anteriores.
Nas
listas de processados pelo Santo Ofício, por serem judeus ou
cristão-novos, encontram-se milhares de nomes e
sobrenomes genuinamente
portugueses, causando mesmo estranheza que nomes hebraicos raramente
sejam mencionados.
Analisando
essas listas, nota-se que qualquer sobrenome português poderá ter sido,
em algum tempo ou lugar, usado por um
judeu ou cristão-novo. Não
escaparam ao uso sobrenomes bem cristãos, tais como "dos Santos", "de
Jesus", "Santiago", etc. Certos sobrenomes, porém, aparecem com maior
freqüência, tais como
"Mendes", "Pinheiro",
"Cardoso", "Paredes", "Costa", "Pereira", "Henriques", etc. O de maior
incidência, no entanto, foi o "Rodrigues".
Alguns documentos ainda mantêm registrados os nome originais dos judeus que, ao serem batizados, assumiram nomes
tipicamente portugueses. Eis alguns exemplos:
Nome Original Judeu --> Nome Cristão Português
Fonte: http://www.atzingen.kit.net
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