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sábado, 4 de setembro de 2010

Um homem corajoso - PAUL RASSINIER

Paul Rassinier (1906-1967) foi um pacifista francês, ativista político e escritor. É considerado por muitos como o pai do Revisionismo do Holocausto.

Denominado de "negacionista" pela sua polêmica obra, a legitimidade de seus escritos reside, acima de tudo, no fato de ter sido ele próprio um interno dos campos de concentração alemães. Depois há o fato de ter um socialista anti-nazista, que, obviamente, jamais iria defender Hitler e o Nacional Socialismo. No entanto, preocupado com a verdade histórica, até à sua morte, ocorrida em 1966, consagrou os anos do pós-guerra a investigações que resultaram na demonstração das contradições das condições de vida nos campos e do alegado genocídio de seres humanos.

De 1933 a 1943 foi professor de História no Liceu de Belfort, Academia de Besançon. Durante a guerra fundou o grupo da Resistência "Libé-Nord", que organizava a fuga de judeus da França ocupada para a Suíça, e por causa dessa atividade foi preso pela Gestapo em 30 de Outubro de 1943. Ficou preso em Buchenwald e em Dora até ao final da guerra. Muito doente, conseguiu se salvar por milagre ao fugir do trem que o evacuava para a Alemanha. Sua vida foi salva pelos aliados, que o encontraram em estado grave, subnutrido, doente e sem forças. Atingido pelo tifoensino. nos últimos tempos da sua detenção, e não conseguindo restabelecer-se por completo, teve de abandonar o

Condecorado com a medalha da Resistência e do Reconhecimento Francês, foi eleito deputado da Assembléia Constituinte, cargo que lhe retirado pelos comunistas, em novembro de 1946. Tal foi uma represália por sua firme posição contra as invencionices e exageros da versão comunista sobre atrocidades alemãs, dentre elas o massacre do Bosque de Katyn.

Rassinier escreveu que a exploração deliberada do número de seis millhões de mortos em câmaras de gás, tinha como fim vantagens políticas e financeiras. Fez notar também que depois de 1950 começou a aparecer a avalanche de livros a propósito do "extermínio" e que sempre traziam o selo de organizações cujas atividades estavam sincronizadas e orquestradas de tal maneira, que só podiam ser concebidas em conluio.

Os seus livros são pouco conhecidos no Brasil, pois nenhum deles foi publicado em português. Os mais importantes são "A Mentira de Ulisses", estudo das condições de vida nos campos de concentração, baseado na sua própria experiência; "Ulisses Atraiçoado pelos Seus", continuação do anterior, que prossegue reutando a cifra de seis milhões; "O Verdadeiro Processo Eichmann" e "O Drama dos Judeus Europeus", onde, através de uma análise estatística rigorosa, mostra como os fatos foram interpretados com viés, ao mesmo tempo em que examina as conseqüências políticas e financeiras da exploração do extermínio, levada a cabo pelos países vencedores, em especial a comunista União Soviética. Escreveu ainda "Os Responsáveis pela II Guerra Mundial", "A Operação Vigário" e vários outros.

A "Mentira de Ulisses" faz alusão às histórias incríveis que costumam fazer parte dos relatos dos que regressam de lugares longínquos ("muito mente quem de longe vem"). Até à data da sua morte, Rassinier leu tudo o que se publicou sobre a perseguição aos judeus. Tentou encontrar, e encontrar-se, com os autores dessas histórias. Desfez as afirmações de David Rousset que, no seu livro "The Other Kingdom" (Nova York, 1947) pretendia que em Buchenwald havia câmaras de gás. Tendo ele mesmo estado em Buchenwald, provou que nesse campo nunca houve câmaras de gás. Interpelou também o padre Jean Paul Renard, que afirmara o mesmo no seu livro "Chaines et Lumières" (1). Na contestação com que este prelado respondeu à afirmação de Rassinier, afirmou que "... houve pessoas que lhe disseram haver tais câmaras..." (2).

A seguir, Rassinier procedeu a uma verdadeira dissecação do livro de Denise Dufournier, Ravensbrück: The Women Camp of Death (Londres, 1948) e descobriu também que as únicas provas que a autora tinha eram "... certos rumores...". Chegou ao mesmo resultado com os livros de Philip Friedman, "This Was Auschwitz - The Story of a Murder Camp" (Nova York, 1950) e de Eugen Kogon, "The Theory and Practice of Hell" (Nova York, 1950).

Nenhum desses autores foi capaz de apresentar uma só testemunha autêntica da existência de câmaras de gás em Auschwitz. Eles próprios não tinham visto nenhuma. Kogon pretendeu que uma ex-prisioneira já falecida, chamada Janda Weiss, lhe tinha dito, a ele somente, que vira câmaras de gás em Auschwitz mas, como já tinha falecido, como Kogon sustentava, Rassinier não pôde, naturalmente, pedir-lhe esclarecimentos.

Rassinier conseguiu encontrar-se com Benedikt Kautsky, autor do livro "Teufel und Verdammte", onde pretendia que em Auschwitz haviam sido exterminados milhões de judeus. Kautsky limitou-se a confirmar o que já escrevera no livro, ou seja, que não tinha visto nunca câmaras de gás e que baseava as suas informações no que "... outros lhe tinham contado". Segundo Rassinier, o livro de Miklos Nyizli, "Doctor at Auschwitz", a falsificação dos fatos, as contradições evidentes e as mentiras exageradas mostram que o autor fala de lugares que manifestamente nunca viu (3). Segundo "Doutor de Auschwitz", ter-se-iam exterminado ali diariamente vinte e cinco mil pessoas durante quatro anos e meio, o que representa um grande progresso relativamente às vinte e quatro mil diárias durante dois anos e meio de Olga Lengyell. Tal projeção faria com que em 1945 encontrássemos um total de quarenta e um milhões de pessoas — só em Auschwitz — ou seja, duas vezes e meia a população mundial de judeus antes da guerra. Rassinier tentou descobrir a identidade dessa "testemunha", mas foi-lhe dito que tinha morrido antes da publicação do livro. Obviamente isso o levou à convicção de que tal pessoa nunca existiu.

Depois da guerra, Rassinier visitou todos os lugares da Europa à procura de uma testemunha ocular de extermínios em câmaras de gás em campos de concentração alemães. Não encontrou uma única. Nenhum dos autores dos numerosos livros que acusavam os alemães do extermínio de judeus tinha visto alguma vez uma câmara de gás construída com esse propósito e menos ainda uma câmara de gás a funcionar. Nenhum autor conseguiu apresentar uma única testemunha autêntica, viva, que tivesse visto uma só câmara de gás. Invariavelmente, os ex-prisioneiros como Renard, Kautsky e Kogon, baseavam as suas afirmações, não no que realmente tinham visto, mas no que "ouviram dizer" por pessoas "dignas de fé", mas que por uma lamentável casualidade tinham todas falecido oportunamente e não podiam, por isso, confirmar ou desmentir as afirmações feitas.

Os livros e estudos de Rassinier contradiz as declarações das "testemunhas" sobreviventes, afirmando nunca ter havido câmaras de gás em nenhum dos campos de concentração alemães, sejam Buchenwald, Bergen-Belsen, Ravensbrück, Dachau, Dora, Mauthausen ou outros. O fato foi certificado em primeiro lugar por Stephen Pinter do Ministério da Guerra dos Estados Unidos, e hoje admitido e reconhecido oficialmente pelo Instituto de História Contemporânea de Munique.

No que se refere aos campos do Leste, na Polônia, Rassinier mostra que a única "prova" da existência de câmaras de gás em Treblinka, Chelmno, Belzec, Majdanek e Sobibor, é o relatório do ex-oficial das SS, Kurt Gerstein, cuja autenticidade foi total e definitivamente impugnada (4). De início pretendeu terem-se exterminado quarenta milhões de pessoas durante a guerra, número absurdo que na primeira declaração escrita e assinada reduziu para vinte e cinco milhões e que voltou a reduzir na segunda declaração. Recordemos ainda que ele se suicidou(?) na prisão.

A autenticidade das notas de Gerstein foi tão duvidosa que nem o tribunal de Nuremberg, não obstante todas as tentativas, conseguiu aceitá-las. No entanto, continuam a circular por aí, em três versões diferentes, uma alemã (distribuída nas escolas) e duas francesas, mesmo apesar de não concordarem entre si. E foi a versão alemã que serviu como "prova de convicção" no Processo Eichmann, em 1961.(5)

Finalmente, Rassinier chama a atenção para uma confissão importante feita pelo Dr. Kubovy, diretor do Centro Mundial de Documentação Judaica Contemporânea de Tel Aviv, em La Terre Retrouvée: que não existe uma só ordem escrita de extermínio procedente de Hitler, de Himmler, de Heydrich, de Goering, nem de ninguém (6).

As organizações judaicas americanas tinham declarado a guerra financeira, econômica à Alemanha em 1933. Por considerar os judeus como os comunistas responsáveis pelas greves que levaram a Alemanha pedir o armistício na Primeira Guerra Mundial, inimigos do estado nazista, guerrilheiros potenciais, e principalmente ameaça militar em decorrência do Levante do Gueto de Varsóvia, foram internados em campos de concentração bem longe da Alemanha. Decidiram agrupá-los e utilizá-los como mão-de-obra escrava em grande complexos industriais, instalados, depois da invasão da URSS, em 1941, nos territórios do Leste, em Auschwitz, Chelmno, Belzec, Majdanek, Treblinka etc., perto da antiga fronteira entre Rússia e Polônia. Disseram que deveriam esperar ali o final da guerra, até que pudessem reiniciar-se as negociações internacionais, que decidiriam o seu futuro (7).

[editar] Notas


*(1) Paul Rassinier, Le Mensonge d'Ulysse, p. 209.
*(2) Ibid. id., op. cit., p. 209.
*(3) Paul Rassinier, Le Drame des Juifs Européens, p. 52.
*(4) As "confissões" foram arrancadas a Kurt Gerstein por meio de torturas e de ameaças de entregar a sua família aos soviéticos. Há alguns anos o Prof. Henri Rocques apresentou como teseDoutor em Direito e do correspondente diploma. Além disso, foi proibida a publicação da sua tese em forma de livro, ou mesmo em artigos separados. Henri Rocques moveu um processo contra a Administração Universitária francesa. Já se passaram vários anos. Claro está que Rocques vai ter de esperar ainda muito tempo...
*(5) Paul Rassinier, Le Drame des Juifs Européens, p. 31 e 39.
*(6) Paul Rassinier, Le Drame des Juifs Européens, p. 125.
*(7) Ibid. id., Le Véritable Procès Eichmann, p. 20.
doutoral um estudo sobre o Relatório Gerstein que tinha sido utilizado no Tribunal de Nuremberg como prova contra numerosos acusados de genocídio nos campos de concentração alemães. A tese de Rocques recebeu o Prêmio Nacional. Foi um escândalo, e o Ministro da Educação Nacional sentiu-se na "obrigação" de anular tal prêmio. O presidente do júri que o tinha concedido foi aposentado compulsoriamente por decreto do próprio Ministro. Rocques, por sua parte, foi despojado do seu título de

Bibliografia

  • KRAUSE-VILMAR, Dietfrid. “A negação dos assassinatos em massa do nacional-socialismo: desafios para a ciência e para a educação política” In.: MILMAN, Luís, VIZENTINI, Paulo. Neonazismo, negacionismo e extremismo político. Porto Alegre, Editora da Universidade, 2000. p. 17 a 46. Livro disponível em [1]
  • MILMAN, Luis. “Negacionismo: gênese e desenvolvimento do genocídio conceitual” In.: MILMAN, Luís, VIZENTINI, Paulo. Neonazismo, negacionismo e extremismo político. Porto Alegre, Editora da Universidade, 2000. p. 115 a 154. Livro disponível em [2]]

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