PREBEMBÓ
- Reportando-se à pesca da
denominada tainha de rio, VIRGÍLIO
VÁRZEA - Santa Catarina/A Ilha - Editora
Lunardelli/Fpolis-SC/1984, pág. 124, escreveu:
é apanhada à tarrafa ou
pelo sistema do pribembó ou prebembó, como o denominam os pescadores. O
prebembó, a que assistimos muitas vezes, é bastante curioso: o pescador, em uma
canoa pequena ou de remo de pá, entra a subir ou descer o rio, junto a uma das
barrancas, pelas marés de enchente, remando muito de manso; e onde pressente
que há peixe mergulha de repente o remo, com uma pancada estrídula. O peixe
assustado salta, e cai, aos três e aos quatro (ou em maior porção, se é grande
o cardume) na canoa. Restabelecido o silêncio, o pescador continua a remar
mansamente, acompanhando o magote que foge, repetindo oportunamente a pancada
do remo até conseguir um bom número de peixes. Esta pesca só se pratica à noite
e constitui um dos recursos da pobreza, que não pode descer até às praias a
tomar parte nas redes. O prebembó catarinense não é senão a
"xeripana" ou "giribana” amazonense, de que fala José Veríssimo
à pág. 108 de sua ponderosa monografia A
pesca na Amazônia, publicada em 1895; com
a diferença, porém, de que no primeiro emprega-se o remo para fazer
saltar o peixe e na segunda a fronde da "giribana", palmeira muito
abundante naquele estado do norte.(...)
Em Ratones, o prebembó é mais conhecido, modernamente, como FURGULHO.
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