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Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

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quarta-feira, 2 de março de 2011

Costumes da Ilha de SC (PESCA ARTESANAL)


PREBEMBÓ 

- Reportando-se à pesca da denominada  tainha de rio, VIRGÍLIO VÁRZEA - Santa Catarina/A Ilha - Editora Lunardelli/Fpolis-SC/1984, pág. 124, escreveu:  é apanhada à tarrafa ou pelo sistema do pribembó ou prebembó, como o denominam os pescadores. O prebembó, a que assistimos muitas vezes, é bastante curioso: o pescador, em uma canoa pequena ou de remo de pá, entra a subir ou descer o rio, junto a uma das barrancas, pelas marés de enchente, remando muito de manso; e onde pressente que há peixe mergulha de repente o remo, com uma pancada estrídula. O peixe assustado salta, e cai, aos três e aos quatro (ou em maior porção, se é grande o cardume) na canoa. Restabelecido o silêncio, o pescador continua a remar mansamente, acompanhando o magote que foge, repetindo oportunamente a pancada do remo até conseguir um bom número de peixes. Esta pesca só se pratica à noite e constitui um dos recursos da pobreza, que não pode descer até às praias a tomar parte nas redes. O prebembó catarinense não é senão a "xeripana" ou "giribana” amazonense, de que fala José Veríssimo à pág. 108 de sua ponderosa monografia  A pesca na Amazônia, publicada em 1895; com  a diferença, porém, de que no primeiro emprega-se o remo para fazer saltar o peixe e na segunda a fronde da "giribana", palmeira muito abundante  naquele estado do norte.(...)


Em Ratones, o prebembó é mais conhecido, modernamente, como FURGULHO.

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