«São muitas as necessidades» e «é impossível responder a todas», diz presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social
Lisboa, 28 Fev (Ecclesia) – O responsável pela acção social da Igreja Católica portuguesa quer que as pessoas sejam “capazes de dar alguma coisa de substancial” para o Fundo Social Solidário (FSS), em vez de “uns ‘trocaditos’ de que se desembaraçam”.
Em declarações proferidas à ECCLESIA este sábado, o bispo D. Carlos Azevedo apela aos fiéis para continuarem a colaborar no Fundo Social Solidário (FSS), que “está a ser uma grande ajuda” para muitas famílias “retomarem a sua vida”, dando “o salto de uma situação em que caíram repentinamente”. Por seu lado, o presidente da Caritas Portuguesa, Eugénio Fonseca, salienta que é preciso “reforçar” a partilha de bens, uma “imperiosa prática das comunidades cristãs” que deve ser assumida como prioridade, mesmo que implique o abandono de outros projectos. Carlos Azevedo, que no sábado presidiu em Fátima a uma reunião de revisão do Fundo Social Solidário, quer que as suas verbas beneficiem “quem realmente precisa”, dado que “são muitas as necessidades que aparecem e é impossível responder a todas”. As paróquias e dioceses procuram dar resposta, através dos seus recursos, aos casos mais graves de pobreza, seleccionando e encaminhando para o Fundo Social Solidário os pedidos a que não têm possibilidades de responder por falta de verbas. Perante estas solicitações, o FSS vai privilegiar as situações “onde haja uma participação da própria pessoa, da sua família, da comunidade paroquial, para resolver a renda de casa, os medicamentos ou qualquer necessidade emergente que apareça”, explica o prelado. De acordo com as novas regras do Fundo Social Solidário, promulgadas este mês, as verbas a atribuir mensalmente não serão superiores a um duodécimo (1/12) das reservas disponíveis. Instituído em 2010 para acorrer aos mais necessitados, o FSS pretende também fomentar “a comunhão” e “coordenação” das pessoas e entidades da Igreja Católica envolvidas no apoio aos mais carenciados, assinala Carlos Azevedo. O Fundo Social Solidário distribuiu na primeira quinzena de Fevereiro quase 15 500 euros, 110% mais do que nos últimos quinze dias de Janeiro (7 400 euros), revela o site da Caritas, que refere igualmente que o saldo a 23 de Fevereiro é de 361 504,13 euros. A equipa que gere o Fundo é constituída por membros da Comissão Nacional Justiça e Paz, Sociedade São Vicente de Paulo, Caritas Portuguesa e Comissão Justiça e Paz dos Institutos Religiosos. RM Fonte: http://www.agencia.ecclesia.pt |
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