Riozinho de cocô

Relatório: praia badalada de Florianópolis está contaminada



Relatório mostra que praia badalada está imprópria
Foto: Fabrício Escandiuzzi/Terra

FABRICIO ESCANDIUZZIDireto de Florianópolis

Relatório divulgado pela Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (FATMA) mostra que uma das praias mais badaladas do verão em Florianópolis está contaminada com coliformes fecais. O ponto do Riozinho, na praia da Campeche, reuniu milhares de pessoas durante a temporada e chegou a ser palco de um show gratuito do cantor Ben Harper, no início de fevereiro. A análise feita no rio que corta a praia mostrou que o local está impróprio para os banhistas.

As águas chegam a ser usadas por crianças por serem mais calmas. Em nota, a FATMA afirmou que o uso do Riozinho gera muita preocupação. "Por isso passamos a monitorá-lo concomitantemente aos demais pontos já inscritos em nosso processo consecutivo de amostragem", disse o presidente da FATMA, Murilo Flores. "A preocupação das autoridades ambientais é com relação ao crescente número de turistas e seus familiares que utilizam as águas calmas do local para a diversão de seus filhos".

A análise da condição da praia será acompanhada periodicamente pelos órgãos ambientais. O responsável pelo estudo, Marlon Daniel da Silva, da Gerência de Pesquisa e Análise, destacou que pelo prazo de um mês o ponto do Riozinho deverá continuar qualificado como impróprio. São necessárias quatro análises consecutivas com boa qualidade de água para que o local não seja considerado contaminado por coliformes fecais. Nas duas últimas coletas realizadas em 10 e 15 de março, os resultados obtidos foram de 1700 e 5000 NMP por 100 ml de coliformes fecais em Escherichia coli. O índice permitido é de 800 NMP.

Marlon explicou que pelo fato do rio desaguar no mar aberto, ainda não existe uma contaminação considerável na praia do Campeche. Entretanto, a FATMA pediu cautela à população no local e está orientando para que o banhos de mar sejam realizados a uma distância mínima de 25 metros do ponto onde o rio deságua. "Sempre solicitamos à população o cuidado no uso destas águas evitando o banho. Importante também evitar o banho em dias de chuvas e por no mínimo 24 horas após elas cessarem", disse.

O relatório da FATMA ainda mostrou que 54% das praias de Florianópolis estão impróprias para banho. No Estado, 40% dos pontos analisados apresentaram problemas. O aumento das chuvas, segundo o órgão, contribui para que as praias apresentem problemas com a balneabilidade.

Fonte: TERRA