O sector das pescas tem dois mil postos de trabalho disponíveis, está a resistir à crise e tem aumentado a quota de exportação, disse esta quarta-feira o secretário de Estado das Pescas.
"Temos um défice de mão-de-obra na ordem das duas mil pessoas para trabalhar na frota da pesca e muitas vezes temos de recorrer a mão-de-obra de países terceiros para suprir as necessidades", disse Luís Vieira em Peniche, a declarações a jornalistas.
Neste sentido, disse que não há desemprego no sector, "antes pelo contrário" uma vez que em 2010 surgiram 485 novos pescadores "que viram no sector condições de remuneração e de atractividade".
Fora da crise financeira, o sector tem vindo a modernizar-se e está a aumentar a sua quota de exportação, facturando no exterior 760 milhões de euros. "O défice que temos reduziu-se nos últimos cinco anos em cerca de sete por cento, o que mostra que há uma dinâmica exportadora", adiantou.
O secretário de Estado das Pescas falava à margem da visita ao porto de Peniche e respectiva lota da Comissão Europeia das Pescas, presidida por eurodeputados espanhóis.
No âmbito da visita, Luís Vieira frisou a necessidade de se reiniciar a construção de novas embarcações de pesca (suspensa desde 2004) para jovens, proposta que Portugal tem vindo a fazer no quadro das negociações da nova política comum para as pescas.
Em Portugal, existem 8500 embarcações até aos 12 metros de comprimento e 30 mil trabalhadores no sector das pescas, dos quais 17 mil são pescadores. Além da pesca, a indústria ligada à transformação do pescado tem vindo a crescer com o aparecimento de "novas fábricas que apostam na modernização e na exportação".
Só em relação à sardinha, são exportadas conservas para 50 países.
Fonte: CORREIO DA MANHÃ (PORTUGAL)
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