A entrada em funcionamento, porém, depende da implantação de um sistema de irrigação que leva água aos lotes e da construção de uma subestação de energia.
A previsão é que a operação do Canal do Sertão, que já teve investimento de R$ 400 milhões, se inicie até o final deste ano.
Quando os primeiros 45 km do canal estiverem em funcionamento, irão beneficiar diretamente 470 pequenos produtores de cabras e ovelhas do sertão. A área irrigada será de 3.200 hectares.
Segundo o governo do Estado, que gerencia a execução da obra, a implantação do sistema de irrigação (cujo custo é de R$ 45 milhões) estava incluída em um segundo contrato que só começou a ser executado agora.
Governo de Alagoas/Divulgação
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O secretário da Infraestrutura, Marco Fireman, disse que dois problemas emperraram a execução do contrato: a falta de dinheiro do governo estadual para contrapartidas (em torno de 10% do investimento federal) e pendências no Tribunal de Contas da União, que segurou a liberação dos repasses por suspeita de sobrepreço.
"Não tinha sentido inaugurar 45 km de canal, botar água dentro e não dar finalidade a ela", disse Fireman.
O projeto prevê 250 km de canal, entre os municípios de Delmiro Gouvêia, no sertão, e Arapiraca, no agreste, com uma vazão máxima de 32 metros³/seg de água. A obra foi iniciada em 2002, mas ganhou impulso a partir de 2007, com a inclusão do canal no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Segundo o secretário, à medida que a obra do canal avança pelo sertão, ela deverá atrair agroindústrias de produção irrigada de frutas, como laranja.
Nesta primeira etapa, o foco será o pequeno produtor, além de fornecer água para consumo.
O governo do Estado disse que já cadastrou as 470 famílias que irão receber os lotes, com um contrato de concessão. Os 3.200 hectares irrigados pelo canal serão desapropriados pelo governo para assentar as famílias.
Fonte: FOLHA DE SP
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