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Médicos não vão atender consultas marcadas por convênios nesta quinta-feira
Urgências e partos serão mantidos
Se você tem uma consulta marcada para esta quinta-feira por plano de saúde, é bom entrar em contato com seu médico. A Associação Médica Brasileira (AMB), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) resolveram fazer um protesto, interrompendo, durante todo o dia 7 de abril (Dia Mundial da Saúde), o atendimento aos conveniados de planos de saúde.
Em Joinville, a Sociedade Joinvilense de Medicina (SJM) orientou para que todos os profissionais sigam a recomendação nacional.
O motivo da paralisação é “protestar contra a forma desrespeitosa com que os médicos e os pacientes são tratados pelas empresas que atuam no setor”, diz a carta aberta à população divulgada na imprensa e assinada pelas três entidades nacionais. Segundo o presidente da SJM, Ricardo Polli, as cirurgias, os partos e outras urgências serão mantidos.
O presidente da entidade diz também que não é possível afirmar quantos médicos vão aderir ao protesto em Joinville.
— Ninguém foi obrigado a participar, por isso não dá para mensurar.
Segundo o comunicado oficial, são três as questões em que médicos e planos de saúde estão em desacordo. O primeiro deles é na interferência direta das empresas no trabalho dos médicos.
— A ingerência é grande na questão de internações, de exames. Há um cerceamento do nosso trabalho —, afirma Polli.
Pesquisa do Datafolha, encomendada pela AMB em setembro do ano passado, apontou que oito em cada dez médicos brasileiros sofrem pressões para reduzir o número de pedidos de exames e internações.
O segundo caso é a questão dos repasses.
— Nos últimos dez anos, os reajustes dos honorários foram irrisórios, enquanto os planos aumentaram as mensalidades bem acima da inflação —, relata o comunicado oficial.
A classe ainda reclama que os contratos entre médicos e operadores estão irregulares, descumprindo normas da Agência Nacional de Saúde.
A Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge) divulgou nota argumentando que “não faz parte das nossas atribuções discutir remuneração a prestadores de serviços – sejam médicos, hospitais ou laboratórios”. Para o órgão, o “movimento dos médicos é aceitável, desde que não prejudique o atendimento aos beneficiários dos planos de saúde”.
Fonte: A NOTÍCIA c/ DC
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