Spider Truman, o bufo italiano que pôs o Parlamento em alvoroço
Por Susana Almeida Ribeiro
Os deputados italianos estão em alvoroço depois de uma figura que dá pelo nome de Spider Truman - cuja verdadeira identidade não é conhecida - ter publicado alguns detalhes acerca dos gastos parlamentares. Um destes detalhes revelava que o Parlamento tinha ao seu dispor nove cabeleireiros que ganhavam 11 mil euros por mês.
Spider Truman está a revelar os excessos parlamentares num blogue e numa página de Facebook (Alessandro Bianchi/Reuters)
O Parlamento já veio, porém, corrigir esta informação, afirmando que os cabeleireiros são só sete e que recebem 2400 euros por mês, tendo todos sido contratados através de concurso público, indica o site nationalcorner.it.
Através de um blogue e de uma página de Facebook intituladas “I segreti della casta di Montecitorio” (referência à localização do Parlamento italiano) este Spider Truman - que se especula ser um ex-assistente de um deputado - está a expor algumas das despesas e gastos do Parlamento italiano, numa altura em que a Itália começa igualmente a sentir a pressão dos mercados.
Truman - que está a ser descrito nos media como o Julian Assange [fundador do Wikileaks] italiano - revelou igualmente que as famílias e amigos dos parlamentares italianos gozam de viagens pagas através da agência de viagens do Parlamento, beneficiam de tarifários reduzidos em contratos com empresas de telecomunicações e que podem contar com escoltas policiais para furar as filas de trânsito.
Spider Truman revela ainda - segundo o “The Telegraph” - que muitos deputados declaram os seus computadores e outros equipamentos valiosos como roubados para poderem reclamar, de forma fraudulenta, dinheiro para substituírem esses aparelhos.
Os críticos argumentam, porém, que tudo isto não passa de críticas infundadas de um ex-funcionário ressabiado.
Os partidos de centro-esquerda e os activistas anti-corrupção, em particular Antonio Di Pietro - que sempre reclamou mais ética parlamentar e sempre denunciou as tácticas menos claras do primeiro-ministro Silvio Berlusconi - ainda não comentaram este escândalo.
Independentemente da veracidade destas denúncias, o caso está a alimentar uma opinião pública continuamente descontente com os gastos públicos. A página de Facebook “I segreti della casta di Montecitorio” já conta com mais de 340 mil fãs, muitos dos quais deixaram comentários muito duros à actuação dos deputados.
Fonte: PUBLICO (Pt)
Através de um blogue e de uma página de Facebook intituladas “I segreti della casta di Montecitorio” (referência à localização do Parlamento italiano) este Spider Truman - que se especula ser um ex-assistente de um deputado - está a expor algumas das despesas e gastos do Parlamento italiano, numa altura em que a Itália começa igualmente a sentir a pressão dos mercados.
Truman - que está a ser descrito nos media como o Julian Assange [fundador do Wikileaks] italiano - revelou igualmente que as famílias e amigos dos parlamentares italianos gozam de viagens pagas através da agência de viagens do Parlamento, beneficiam de tarifários reduzidos em contratos com empresas de telecomunicações e que podem contar com escoltas policiais para furar as filas de trânsito.
Spider Truman revela ainda - segundo o “The Telegraph” - que muitos deputados declaram os seus computadores e outros equipamentos valiosos como roubados para poderem reclamar, de forma fraudulenta, dinheiro para substituírem esses aparelhos.
Os críticos argumentam, porém, que tudo isto não passa de críticas infundadas de um ex-funcionário ressabiado.
Os partidos de centro-esquerda e os activistas anti-corrupção, em particular Antonio Di Pietro - que sempre reclamou mais ética parlamentar e sempre denunciou as tácticas menos claras do primeiro-ministro Silvio Berlusconi - ainda não comentaram este escândalo.
Independentemente da veracidade destas denúncias, o caso está a alimentar uma opinião pública continuamente descontente com os gastos públicos. A página de Facebook “I segreti della casta di Montecitorio” já conta com mais de 340 mil fãs, muitos dos quais deixaram comentários muito duros à actuação dos deputados.
Fonte: PUBLICO (Pt)
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