Perfil

Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

Mensagem aos leitores

Benvindo ao universo dos leitores do Izidoro.
Você está convidado a tecer comentários sobre as matérias postadas, os quais serão publicados automaticamente e mantidos neste blog, mesmo que contenham opinião contrária à emitida pelo mantenedor, salvo opiniões extremamente ofensivas, que serão expurgadas, ao critério exclusivo do blogueiro.
Não serão aceitas mensagens destinadas a propaganda comercial ou de serviços, sem que previamente consultado o responsável pelo blog.



quarta-feira, 6 de julho de 2011

Vaticano rejeita ordenação de bispo chinês sem autorização do papa

Papa Bento 16, no Vaticano. AP
A excomunhão expõe a tensa relação entre a Igreja Católica e o regime comunista da China
O Vaticano informou nesta segunda-feira por meio de um comunicado que não reconhece como novo bispo de Leshan (cidade no centro-sul da China) o religioso Lei Shiyin, ordenado em 29 de junho sem autorização do papa Bento 16.
O caso expõe a tensa relação entre o Vaticano e o governo de Pequim.

Tópicos relacionados

De acordo a agência de noticias católica Asia News, Lei é vice-presidente da Associação Patriótica, a igreja “oficial” criada pelo regime comunista com o objetivo de controlar as atividades da chamada “igreja subterrânea”, ligada a Roma, no país.
Ele teria dois filhos ilegítimos e seria membro de um órgão do parlamento chinês.
Para o Vaticano, a ordenação do religioso foi um "ato unilateral" que pode provocar tensões e divisão na comunidade católica chinesa. Para evitar perseguição, o Vaticano nem sempre divulga o nome dos religiosos ordenados na China.
Direito Canônico
Para justificar a decisão, a Santa Sé citou o Código de Direito Canônico da igreja, que prevê a excomunhão imediata de um bispo ordenado sem autorização do papa. Entretanto, não está claro se ele já foi oficialmente excomungado ou não.
Caso seja punido, Lei não poderá receber o sacramento da comunhão nem desempenhar qualquer função na Igreja Católica oficial.
A nota esclarece também que o religioso chinês já tinha sido avisado de que não seria aceito como bispo pela Santa Sé.
A ordenação de Lei foi a primeira que o Vaticano considerou ilegítima após a divulgação, em junho passado, das normas que preveem a excomunhão aos bispos ordenados sem autorização papal.
Segundo a Asia News, uma outra ordenação ilegal deveria ter ocorrido no dia 10 de junho, em Wuhan (cidade no leste do país), mas foi cancelada devido à pressão dos fieis.
Outra ordenação, desta vez autorizada pelo papa e que deveria ser celebrada na província de Hebei (nordeste da China), foi impedida pela Associação Patriótica, que chegou a sequestrar o candidato.
A reação do Vaticano foi dura porque havia ameaça de novas ordenações ilegais, segundo o padre Bernardo Cervellera, editor da Asia News.
"A Associação Patriótica e o governo estão planejando outras dezenas de ordenações ilegais, criando um cisma de fato na Igreja chinesa e tornando inútil o esforço de João Paulo 2º e Bento 16 de reconciliar a igreja oficial e a subterrânea (na China)" , comentou Cervellera.

Fonte: BBC

Nenhum comentário: