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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Pura hipocrisia! - A Igreja Católica é uma das instituições que mais estimula a corrupção

A prova do que afirmo no título está contida nos cerca de 40 processos resultantes das ações populares que estou movendo no Judiciário de Santa Catarina (Justiça Estadual e Federal).
Os documentos revelam alianças sujas entre bispos, padres e políticos locais e nacionais, que resultam na troca de "apoio financeiro' do Estado (gênero) por votos e, de permeio, distribuição do dinheiro liberado para, supostamente, custear restauros de templos e eventos religiosos.
E o pior de tudo é a aparente cooptação de alguns Promotores de Justiça e Magistrados, que se comprazem em dar apoio às lamacentas tramóias que são formalizadas sob o rótulo de "convênios" de natureza cultural, histórica, turística, etc..., todos em ghritante ofensa ao princípio da separação do Estado, em relação aos cultos.
Tenho me batido contra o domínio do Império Vaticano sobre a
República brasileira, mas sempre que gente como os indicados abaixo, em nome de uma instituição que se afirma  séria e respeitável, de forma cínica, vem mostrar aparente irrresignação contra a corrupção, não me furto de esfregar-lhes nas caras de pau a verdade, que boa parte do povo não consegue enxergar, para ver se abro os olhos de alguns, pelos menos dos meus leitores.

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Igreja Católica estimula fiéis a protestar contra corrupção

BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO
MATHEUS MAGENTA
ENVIADO ESPECIAL A APARECIDA (SP)

No feriado de Nossa Senhora Aparecida, líderes da Igreja Católica discursaram contra a corrupção e usaram a data religiosa para incentivar os fiéis a participar das manifestações realizadas ontem em diversas cidades do país.
O tema marcou as falas dos cardeais dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, e dom Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB (Conferência da Nacional dos Bispos do Brasil).
Eles criticaram os políticos e disseram que a sociedade deve se mobilizar e fiscalizar o uso do dinheiro público.
Na igreja de São Luiz Gonzaga, em Pirituba (zona norte de SP), dom Odilo elogiou os protestos e disse que a corrupção "está em toda parte, afligindo o povo brasileiro".
"Quando não somos mais capazes de reagir e nos indignar diante da corrupção, é porque nosso senso ético também ficou corrompido, afirmou, em sermão. Quando o povo começa a se manifestar, a coisa melhora. É isso que precisa acontecer."
Depois de chamar o rio Tietê de "rio da morte" e "esgoto a céu aberto", o cardeal comparou a situação de suas águas aos desvios na política. "A corrupção é como a água suja do Tietê. Não gera vida, não é coisa boa", disse.
Em seguida, ele pediu à santa que "interceda por todos os responsáveis pelo governo". "Nossa Senhora Aparecida é a padroeira do Brasil. Queremos que o Brasil melhore, que seja um país mais digno e decente."
Na Basílica de Aparecida, o presidente da CNBB disse, em entrevista após a missa solene, que a entidade defende os atos contra a corrupção.
"Nós sabemos de manifestações organizadas por redes sociais e defendemos que a população deve acompanhar os nossos homens públicos, sejam do Executivo ou do Legislativo", afirmou dom Raymundo Damasceno.
"Quando há denúncias de corrupção, que sejam investigadas, [que se investigue] se há responsáveis ou não."
O arcebispo criticou os debates sobre a reforma política na Câmara e no Senado. "Parece que está se discutindo no Congresso mais uma reforma eleitoral do que uma reforma política propriamente dita", disse.
ESCÂNDALOS
Os dois cardeais evitaram referências diretas a escândalos recentes, como a acusação de venda de emendas na Assembleia Legislativa paulista, que ronda a base do governo Geraldo Alckmin, e as suspeitas de corrupção que derrubaram quatro ministros do governo Dilma Rousseff.
A polêmica sobre a descriminalização do aborto, que dominou o dia de Nossa Senhora Aparecida em 2010, às vésperas do segundo turno da eleição presidencial, desta vez foi deixada de lado.
No ano passado, fiéis que foram a Aparecida receberam panfleto assinado por um braço da CNBB recomendando não votar no PT. O então candidato José Serra (PSDB) citou o tema após a missa.
Ontem, Serra e Alckmin foram ao santuário, mas o ex-governador não deu entrevista. A presidente Dilma permaneceu em Brasília, sem compromissos oficiais.

Fonte: FOLHA DE SP

Um comentário:

... "gigi"... disse...

"Igreja Católica estimula fiéis a protestar contra corrupção"

Quá, quá, quá... Al Capone deve estar remoendo-se na tumba. rs

Abrs...