Caso ocorreu na noite de quarta (11), no Hospital de Urgências de Goiânia.
Intensivista denuncia precariedade de UTI e falta de profissionais.
Um médico do Hospital de Urgências de Goiânia registrou, na noite de
quarta-feira (11), um boletim de ocorrência contra a unidade de saúde
onde trabalha. Além de denunciar as péssimas condições de trabalho na
maior unidade de saúde pública de Goiás,
o intensivista Marcos Tadeu de Araújo informou que, nos últimos dias,
um paciente morreu devido a falta de profissionais. Por isso, com
orientação do Conselho Regional de Medicina (CRM), ele decidiu se
resguardar.
Sozinho no plantão de quarta-feira, ao receber o 16º paciente em estado
crítico por volta de meia-noite, foi até o posto policial do Hugo para
informar o risco que corriam os pacientes na Unidade de Terapia
Intensiva (UTI). Segundo o intensivista, há uma norma do Ministério da Saúde que diz ser preciso no mínimo um médico para cada 10 pacientes na UTI.
"Se é um médico para cada 10 e tinha 16, quase 50% estava sem
atendimento", contabilizou. Ele explicou que não era possível dar a
atenção que todos necessitavam.
Marcos disse que chegou ao limite porque, além de profissionais, também
faltam materiais na UTI. "Se o paciente está em estado crítico, ele
precisa ser monitorado, precisa de catéter, sondas e de várias coisas
que diferenciam ele estar em uma enfermaria, e faltam muitas dessas
coisas", reclamou.
Segundo o médico, as más condições de trabalho têm gerado conflitos
entre os funcionários do Hugo. "Existe um atrito muito grande no
hospital, quem está carente hoje em dia é o profissional. É como se ele
tivesse sido abandonado pela saúde pública."
Demissões
diretor técnico do Hugo, Alfredo Carlos Júnior reconheceu a falta de médicos. Segundo ele, o problema foi provocado pelo pedido de demissão feito por alguns profissionais no fim de 2010. Mas o diretor garantiu que a situação está sendo contornada.
diretor técnico do Hugo, Alfredo Carlos Júnior reconheceu a falta de médicos. Segundo ele, o problema foi provocado pelo pedido de demissão feito por alguns profissionais no fim de 2010. Mas o diretor garantiu que a situação está sendo contornada.
"As contratações já foram autorizadas para a reposição do quadro. O fim
de semana, que costuma ser o mais complicado, está efetivamente
coberto. O próximo passo é a recomposição do meio de semana que,
acredito, nos próximos quatro ou cinco dias estará 100% sanado",
prometeu. Sobre a falta de materiais, ele disse que a maior parte do
problema já está contornada.
Fonte: G1
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