Eles acusam grupo de religiosos ligados à Igreja Nossa Senhora da Glória, em São João de Meriti, de provocar afastamento de padre que teria reduzido regalias na paróquia e fazem protestos contra a decisão de bispo que o transferiu para Caxias
POR GERALDO PERELO
Rio - Um grupo de fiéis da igreja católica Nossa Senhora da Glória, em Jardim Meriti, São João de Meriti, protestou ontem contra o afastamento do padre Claudinei Souza da Silva, 39 anos, que administrava a paróquia desde janeiro de 2009. Para os manifestantes, a decisão do bispo da Diocese de Duque de Caxias, Dom José Francisco Rezende Dias, atendeu a apelos de um grupo ligado ao coral e a pastorais da catequese e do batismo, insatisfeitos com a perda de regalias. O líder religioso será substituído pelo padre Mauro Ricardo de Freitas, que rezará sua primeira missa no domingo.
Com faixas e cartazes, grupo de fiéis protestou duas vezes na porta de igreja contra mudança na igreja | Foto: Eduardo Naddar / Agência O Dia
Manifestantes exibiram faixas com dizeres como “A paróquia não precisa de padre, já tem donos para pregar, cantar e fofocar”, “Mentiu, Dom José Francisco não respeita a Assembléia e nem o Conselho da Comunidade” e “O mal prevalece ao bem. Que católicos somos nós?”.
Padre Claudinei Souza, em festa para as crianças, no ano passado | Foto: Reprodução da Internet
Manifestação domingo
Outro protesto foi feito no último domingo, em frente à igreja durante missa das 19h, celebrada pelo vigário geral da Diocese, padre Renato Gentile. Claudinei rezara missa às 7h30, quando leu o comunicado de seu afastamento assinado pelo bispo: “Tive que pedir um sacrifício ao padre Claudinei. Pedi que ele deixe a administração pastoral da Paróquia Nossa Senhora da Glória. Ele acolheu o pedido”, escreveu.
Terceiro padre em três anos
Foi o terceiro afastamento de um padre daquela paróquia da Baixada, nos últimos três anos. Antes, já tinham ocupado o posto os padres Benedito Zanoibia e Geraldo da Silva Bernardes. “Bastou meia dúzia de pessoas insatisfeitas e lá se foi mais um religioso. Eu gostaria de saber quem de fato manda na igreja, embora já estejamos carecas de saber que nesta aqui meia dúzia de pessoas é que manipulam tudo”, se queixa Zulmira Moutinho Alas, 73.
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