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quinta-feira, 16 de junho de 2011

Está certo o PROTÓGENES - Um verdadeiro ditador merece é chumbo, não homengagem!

Só discordo do PROTÓGENES quando afirma que o ex-Presidente Fernando Henrique não errou.

Errou, e muito.

Ao pretexto de manter boas relações com países vizinhos ou distantes, não se pode homenagear nenhum tirano e/ou corrupto, seja ele "de direita" ou de "esquerda".

Enquanto Presidente, FHC falava em nome do povo brasileiro e não tinha o direito de prestar a homenagem sob comento.
O povo brasileiro não lhe outorgou mandato com tal cláusula.

Há a ponderar, todavia, que o rótulo de "ditador", não raro, é atribuído pelos interessados (não confessos) em manobras e vantagens econômicas que são obstadas pelo regime rotulado de ditatorial. Não há quem contrarie os interesses de grandes empresários americanos, ingleses, franceses, italianos e de outras nacionalidades,  que não seja enquadrado pela mídia internacional como tirano.

Quem quiser ganhar tal epíteto, basta, por exemplo, que comece a nacionalizar bancos, petróleo, eletricidade, telefonia, minérios, etc...

Basta, também, que comece a colocar a liberdade religiosa dentro dos limites implícitos no regime republicano.

Imediatamente, os bocas pagas começarão a lançar a idéia de tirania, corrupção e outras igualmente detratoras do nacionalista ou republicano.

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Protógenes pedirá urgência para anular homenagem




Relator de um projeto na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara que prevê a anulação da homenagem feita em 1999 pelo Brasil ao então presidente peruano Alberto Fujimori, com a entrega da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, a mais importante comenda brasileira, o deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) vai pedir urgência para a apreciação da proposta pelos colegas na Casa.

Fujimori, hoje preso e acusado de violar direitos humanos e de desviar recursos públicos, foi condecorado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. A homenagem, segundo Protógenes, é “ruim para a imagem do País”.

“É uma desmoralização dar esta honraria a esta pessoa. Isso compromete a imagem do País. A concessão dessa outorga a um criminoso contraria os princípios do Estado democrático de Direito, da Justiça, da cidadania, da dignidade da pessoa humana. Os desvios foram praticados em uma nação que estava empobrecida, com violação dos direitos humanos. Depois ele fugiu, foi preso, mas por pouco não elegeu sua filha (Keiko Fujimori, derrotada por Omanta Humala na corrida presidêncial há duas semanas).”

A entrega da comenda aconteceu em Lima, durante viagem oficial realizada pelo ex-presidente. Embora se refira à condecoração como um erro praticado pelo País, o ex-delegado afirma que a cassação da homenagem não deverá causar constrangimento ao ex-presidente tucano, nem à bancada do PSDB. “Não acho que deve ter essa reação. Era um outro momento político, e o Fernando Henrique defendeu o que aquele momento determinava: ter uma boa relação com os países vizinhos, co-irmãos, como a Argentina, a Bolívia, o Equador. Ato semelhante foi feito na América Latina. O Fernando Henrique não errou. Ele atendeu o que ditava o relacionamento internacional.”

Segundo Protógenes, a cassação da homenagem, que será ainda apreciada pelo plenário da Câmara após análise da CCJ, é um ato simbólico que deve ser tomado o quanto antes num momento em que a Presidência da República é ocupada por alguém que também foi vítima de violência durante o regime militar. “A presidenta Dilma Rousseff também foi vítima do terror, de tortura, de atos violentos”, lembra.

A proposta já foi aprovada no Senado. Na Câmara, já foi aprovada pela Comissão de Relações Exteriores, com parecer favorável do então relator Paulo Delgado (PT-MG).

Matheus Pichonelli

Fonte: CARTACAPITAL

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