Perfil

Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

Mensagem aos leitores

Benvindo ao universo dos leitores do Izidoro.
Você está convidado a tecer comentários sobre as matérias postadas, os quais serão publicados automaticamente e mantidos neste blog, mesmo que contenham opinião contrária à emitida pelo mantenedor, salvo opiniões extremamente ofensivas, que serão expurgadas, ao critério exclusivo do blogueiro.
Não serão aceitas mensagens destinadas a propaganda comercial ou de serviços, sem que previamente consultado o responsável pelo blog.



sexta-feira, 24 de junho de 2011

O QUE IMPEDE A ORDENAÇÃO DE MULHERES PELA ICAR?


Cardeal-patriarca: Ordenação das mulheres só quando «Deus quiser»


«Teologicamente não há nenhum obstáculo fundamental», diz D. José Policarpo

Boletim OA. Maio 2011 | Cardeal José Policarpo


O cardeal-patriarca considera que a ordenação sacerdotal das mulheres vai acontecer quando “Deus quiser” e que, até lá, é preferível não tocar no assunto, mesmo sabendo que os impedimentos desta opção são mais tradicionais do que teológicos.

“Teologicamente não há nenhum obstáculo fundamental”, afirma D. José Policarpo em entrevista publicada na mais recente edição do boletim da Ordem dos Advogados, datada de maio, acrescentando que a tradição da Igreja tem tido a última palavra: “Nunca foi de outra maneira”.

O prelado está convencido que “não há neste momento nenhum Papa” com poder para alterar essa prática e que é preferível não discutir o assunto: “No momento que estamos a viver, é um daqueles problemas que é melhor nem levantar… suscita uma série de reações”.

A mudança nesta tradição ocorrerá “se Deus quiser que aconteça e se estiver nos planos Dele acontecerá”, diz José Policarpo, que se mostrou mais perentório quanto ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.

“Para a Igreja é absolutamente impensável aderir a uma coisa dessas”, frisa o também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, para quem a questão não está fechada: “É daqueles problemas que virá sempre ao de cima”.

Referindo-se à sexualidade, o cardeal-patriarca defende que a “ideia do amor paixão” é insuficiente para consolidar a relação interpessoal, que precisa de “diálogo”, “ternura”, “generosidade” e a atitude de “contribuir para o bem do outro”.

“Passa-se com a sexualidade o que se passa com a economia: se eu estou na sociedade só a pensar em defender o meu interesse, não vou longe”, assinala José Policarpo na entrevista realizada a 13 de maio.

O prelado manifestou-se perplexo quanto à situação financeira de Portugal: “Ainda não consegui perceber como é que um país que está aflito para pagar as suas dívidas se sobrecarrega de juros, tornando mais difícil o pagamento. Como é que se aguenta?”.

“O problema que estamos a viver em Portugal ameaça-nos a nós, mas a ameaça que me preocupa mais não é essa, é a ameaça sobre a Europa, como ela foi concebida no pós-Segunda Guerra Mundial, com o ideal de uma Europa fraterna e solidária”, acrescentou.

Ao patriarca de Lisboa custa-lhe que o Velho Continente se tenha transformado numa “fortaleza intransponível”: “Foi mais fácil mandar bombardeiros para bombardear do que criar uma estrutura rápida e imediata para acolher os refugiados”, comenta.

No quadro da regulamentação da Concordata, o cardeal-patriarca afirma que “o problema das capelanias prisionais foi mal resolvido” e espera que “ainda se tenha de rever”: “Neste momento, tenho um conjunto de sacerdotes em ação nas cadeias quase a tempo inteiro e não recebem nada”.

É com naturalidade que o cardeal José Policarpo verifica que “uma das cláusulas do acordo com o FMI visa acelerar a Justiça”, porque se ela demora a aplicar-se “pode provocar colapso nas decisões da organização da sociedade”.

“Tenho a experiência interna da Igreja. Também temos tribunais, e tenho a experiência de que se as coisas estão atrasadas não faz mal que a outra a seguir também se atrase”, refere.

A formação em Direito Canónico na Universidade Católica Portuguesa depende de um número mínimo de alunos, segundo regras determinadas pelo reitor, e o cardeal-patriarca, magno chanceler da instituição, considera que “não é grave” o facto de não se saber se o curso vai abrir no ano letivo de 2011/12.

RM - AGÊNCIA ECCLESIA

Um comentário:

anónimo disse...

A Carta apostólica “Ordinatio sacerdotalis” de João Paulo II surgiu para evitar colocar em dúvida uma certeza incontestável ao longo dos séculos: que nos foi revelado que a ordenação é apenas para o sexo masculino. Esta revelação, pertence ao Depósito da Fé, é portanto Doutrina imutável transmitida pelo próprio Deus, e expressa a vontade divina obviamente.

O Cardeal Patriarca, que tem como obrigação incondicional de GUARDAR A FÉ (portanto manter a mesma Doutrina milenar da Igreja), transformou a tradição num mero acontecimento de "costume humano", alterável, opinável, revisível... enfim.... Resta saber se a contra-doutrina do Cardeal é propositada (nesse caso chama-se heresia) ou se é apenas ignorância (heresia meramente material, sem formalidade).

Admira como estes e milhares de casos idênticos, as heresias ensinadas pelos Bispos recentemente, não dão entrada como matéria de heresia nos tribunais do Vaticano....!!!