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quarta-feira, 13 de julho de 2011

Igreja Católica da Irlanda ocultou abuso infantil nos anos 1990


Um relatório patrocinado pelo governo informou nesta quarta-feira que o alto escalão da Igreja Católica na Irlanda continuou a ocultar casos de abuso sexual de crianças por padres mesmo depois de ter introduzido regras para proteger os menores em meados dos anos 1990.

As revelações de casos de estupro e espancamento cometidos por membros de ordens religiosas e por padres no passado afetaram o papel dominante da Igreja Católica na Irlanda.

Entretanto, o mais recente relatório sobre as acusações de abuso sexual na diocese de Cloyne, no condado de Cork, mostra que o clero ainda tentou encobrir as acusações de abuso praticamente até os dias de hoje.

"Este não é o catálogo sobre o fracasso de uma era diferente. Não se trata da Irlanda de 50 anos atrás. Isso é sobre a Irlanda atualmente", disse a ministra para a Infância, Frances Fitzgerald, em entrevista coletiva.

O relatório, que centra seu foco em 19 padres que supostamente abusaram de crianças durante o período que vai de janeiro de 1996 a fevereiro de 2009, lista como a diocese deixou de reportar todas as reclamações sobre abuso sexual à polícia e não registrou nenhuma queixa às autoridades de saúde entre 1996 e 2008.

O bispo anteriormente responsável pela diocese, John Magee, disse falsamente às autoridades que registrava todas as acusações de abuso à polícia, disse o relatório.

Ele renunciou em março do ano passado depois que uma investigação da Igreja ter dito que a sua condução nos casos de acusações de abuso havia exposto as crianças ao risco.

Magee divulgou um pedido de desculpas às vítimas na quarta-feira por não ter denunciado os abusos e afirmou que espera que o relatório "proporcione um novo começo ao qual todos esperávamos em 1996."

O governo deve submeter uma lei ao Parlamento prevendo a prisão de clérigos por até cinco anos caso eles deixem de reportar às autoridades informações sobre o abuso de crianças, disse o ministro da Justiça, Alan Shatter.

Fonte: FOLHA DE SP, C/ REUTERS

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