Dinheiro foi enviado para outros países em nome de integrantes do Judiciário. Dados estão sendo usados em investigações
A pedido da ministra Eliana Calmon, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, encaminhou ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) informações sobre remessas de dinheiro para o exterior em nome de integrantes do Judiciário. Os dados estão sendo usados em sindicâncias conduzidas pela ministra, que é corregedora do CNJ.
As apurações correm sob sigilo e estão cadastradas como "sindicância patrimonial". As informações foram solicitadas por Eliana Calmon em maio do ano passado, e o Banco Central as enviou em julho. Procurado por ÉPOCA, Tombini informou, por intermédio de sua assessoria, que não se manifestaria sobre o assunto por causa do "caráter sigiloso" dos dados.
Eliana Calmon explicou que as informações pedidas ao BC – e, eventualmente, a outros órgãos de fiscalização – tiveram o objetivo de instruir investigações específicas, e não aleatórias. "Essas apurações têm amparo legal e são práticas adotadas pela Corregedoria desde sua criação", afirmou a ministra.
Atualmente, existem 17 sindicâncias em curso no CNJ. No próximo mês, quando retornarem das férias, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) vão decidir quais são os limites da atuação do conselho. Entidades que representam magistrados recorreram ao Supremo por entenderem que o CNJ deve atuar somente após o trabalho das corregedorias estaduais.
Fonte: TERRA
Nenhum comentário:
Postar um comentário