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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Ainda a Mesquita novaiorquina

22/08/2010 - 18:48

11 de setembro

Manifestantes se dividem sobre mesquita em NY

Proposta prevê a construção de centro religioso islâmico próximo ao local onde ficavam as Torres Gêmeas

Protesto em Nova York contra construção de mesquita perto do "ground zero"

Protesto em Nova York contra construção de mesquita perto do "ground zero" (AP Photo/Seth Wenig)

De um lado, cartazes traziam dizeres como "não deixem o Islã sair vitorioso com uma mesquita";. do outro lado, "não à islamofobia!"

Centenas de defensores e oponentes dos planos de construção de uma mesquita no epicentro dos ataques de 11 de setembro de 2001 realizaram manifestações neste domingo nas proximidades do Marco Zero, como ficou conhecido o local onde ficavam as Torres Gêmeas do World Trade Center. Os manifestantes dos dois lados da disputa ficaram a apenas 100 metros de distância e se reuniram sob uma fina chuva.

A polícia estimou haver 500 pessoas reunidas contra a construção e 200, a favor. Não houve casos de violência.

De um lado, alguns cartazes traziam dizeres como "não deixem o Islã sair vitorioso com uma mesquita" e "poderão construir uma mesquita no 'Marco Zero' quando pudermos erguer uma sinagoga em Meca". Do outro lado, os dizeres eram "não à islamofobia!" ou "diga não ao medo racista". Manifestantes dos dois lados carregavam bandeiras dos Estados Unidos.

O advogado Joe O'Shay, que usava uma camiseta com um slogan contra a mesquita, explicou: "sou nova-iorquino e perdi um sobrinho aqui". No fundo, a trilha sonora era a música de Bruce Springsteen "Born in the USA".

Do outro lado, os participantes pediam tolerância, com cartazes defendendo a liberdade religiosa. O médico Ali Akram, junto com seus três filhos e um sobrinho, argumentou que mulçumanos que trabalhavam no World Trade Center também foram vítimas dos atentados. "Eles ensinam as crianças sobre liberdade religiosa nos EUA, mas não praticam o que pregam", afirmou.

Os dois responsáveis pelo projeto da mesquita defenderam a ideia, que tem um custo estimado de mais de 100 millhões de dólares. Para Imam Feisal Abdul Rauf, a atenção que a proposta tem recebido é benéfica e o debate ajuará as pessoas a compreenderem mais o islamismo.

Nas últimas semanas, os EUA vivem um debate sobre as posições do país em relação ao Islã, nove anos depois do ataque realizado por militantes da rede terrorista Al Qaeda contra o World Trade Center, que matou mais de três mil pessoas. Uma pesquisa da rede de TV CNN revelou que 68% dos americanos são contrários à construção da mesquita e 29% se dizem favoráveis.

Em maio, o conselho municipal de Nova York aprovou a construção do templo muçulmano. O presidente Barak Obama manifestou seu apoio à polêmica iniciativa no começo de agosto. A obra, idealizada por um líder islâmico considerado moderado, contou desde o início com o apoio do prefeito de Nova York, Michael Bloomberg. O projeto prevê a construção de um centro comunitário nos moldes da Associação Cristã de Moços, com piscina, quadras, academia, auditório e uma sala de orações.

O Instituto de Pesquisa Pew estima que sejam 2,35 milhões de mulçumanos nos EUA, menos de 1% do total da população. Há 1.200 mesquitas em todo o país, dezenas delas em Nova York.

(com AFP e AP)

Fonte: Rev. VEJA

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