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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Dica de leitura

Dennis Diderot - A religiosa

O livro, escrito pelo célebre revolucionário francês, de forma muito corajosa para a sua época, busca mostrar o ambiente em conventos de freiras, os conflitos internos da Igreja, o lado bom e o lado ruim da instituição, as verdadeiras vocações e o ingresso forçado nos conventos (por decisões familiares), a dificuldade para largar o hábito, a sexualidade mal resolvida dentro das instituições, as relações entre o "altar" e o "trono", etc...

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SOBRE O AUTOR DA OBRA




Denis Diderot
Denis Diderot

Retrato de Denis Diderot pintado por Louis-Michel van Loo em 1767. Óleo sobre tela; 81 cm x 65 cm.
Nome completo Denis Diderot
Nascimento 5 de Outubro de 1713
Langres
Morte 31 de Julho de 1784 (70 anos)
Paris
Nacionalidade França Francês
Ocupação Filósofo e escritor

Denis Diderot (Langres, 5 de Outubro de 1713Paris, 31 de Julho de 1784) foi um filósofo e escritor francês.

A primeira peça relevante da sua carreira literária é Lettres sur les aveugles a l’usage de ceux qui voient (Cartas sobre os cegos para uso por aqueles que veem), em que sintetiza a evolução do seu pensamento desde o deísmo até ao cepticismo e o materialismo ateu. Tal obra culmina em sua prisão. Escreveu ainda Dictionnaire raisonné des sciences, des arts et des métiers (Dicionário razoado das ciências, artes e ofícios). Mas a sua obra prima é a edição da Encyclopédie (1750-1772) onde reportou toda o conhecimento que a humanidade havia produzido até sua época. Demorou 21 anos para ser editada, e é composta por 28 volumes. Mesmo que na época o número de pessoas que sabia ler era pouco, ela foi vendida com sucesso. Denis conseguiu uma fortuna. Deu continuidade com empenho e entusiasmo apesar de alguma oposição da Igreja Católica e dos poderes estabelecidos. Escreveu também algumas outras peças teatrais de pouco êxito. Destacou-se particularmente nos romances, nos quais segue as normas dos humoristas ingleses, em especial de Sterne: A Religiosa, O Sobrinho de Rameau, Jacques, o fatalista e seu mestre. Escreveu vários artigos de crítica de arte.

Foi um dos primeiros autores que fazem da literatura um ofício, mas sem esquecer jamais que era um filósofo. Preocupava-se sempre com a natureza do homem, a sua condição, os seus problemas morais e o sentido do destino. Admirador entusiasta da vida em todas as suas manifestações, Diderot não reduziu a moral e a estética à fisiologia, mas situou-as num contexto humano total, tanto emocional como racional. Seu pensamento sobre a nobreza e o clero se exprime na seguinte frase: "O homem só será livre quando o último déspota for estrangulado com as entranhas do último padre". Com essa frase, ele quis dizer que todos os governantes e os dogmáticos deveriam ser completamente derrubados, para a humanidade ser livre. Diderot é considerado por muitos um precursor da filosofia anarquista. Alguns estudiosos acreditam que, sob inspiração de sua obra, "A Religiosa", barbáries foram praticadas contra religiosos e freiras na Revolução Francesa de 1789 com o deturpado intuito de "protegê-los" contra os crimes praticados pela Santa Sé, há ainda um suposto dossiê encontrado por Georges May em 1954, que mostra a obra A religiosa como pura ficção e não um retrato da realidade.

Diderot na cultura popular

  • Existe uma anedota sobre Euler e Diderot, quando este estava em São Petersburgo influenciando a corte russa com seu ateísmo, e Euler foi chamado a intervir. Euler teria uma prova matemática da existência de Deus, e teria dito "Monsieur, \frac{a+b^n}{n}=x, donc Dieu existe. Respondez!". Diderot não teria conseguido responder, e retirou-se humilhado sob os risos da corte. Esta anedota é completamente falsa.[1][2]

Referências

  1. Brown, B.H. (May 1942). "The Euler-Diderot Anecdote". The American Mathematical Monthly 49 (5): 302–303. DOI:10.2307/2303096.; Gillings, R.J. (February 1954). "The So-Called Euler-Diderot Incident". The American Mathematical Monthly 61 (2): 77–80. DOI:10.2307/2307789.
  2. Dirk J. Struik, "A História Concisa das Matemáticas

Ver também



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