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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Os bastidores do poder em Israel

Suposto complô no Exército põe em risco segurança de Israel, dizem analistas

O chefe do Estado Maior de Israel, Gabi Ashkenazi (AP)

Sucessão de Ashkenazi seria alvo de disputa entre generais

A divulgação de um documento que revelaria um suposto complô no mais alto escalão do Exército israelense para tentar influenciar na escolha do próximo chefe do Estado-Maior das forças de defesa do país pode colocar em risco a segurança de Israel ao mostrar que há pouco diálogo entre os comandantes militares do país, disseram analistas.

Há cerca de cinco dias, o Canal 2 da TV israelense divulgou um documento supostamente elaborado por uma consultoria que estaria a serviço de um general israelense em que a imagem do atual comandante do Estado-Maior, general Gabi Ashkenazi, é denegrida, assim como a de outros generais considerados candidatos à sua sucessão.

O texto elogia o general Ioav Galant, atual chefe do comando da região sul do Exército, e sugere uma estratégia que facilitaria sua nomeação ao cargo de chefe do Estado-Maior, depois de o ministro da Defesa, Ehud Barak, ter anunciado que Ashkenazi não ficará mais um ano no cargo.

Analistas militares locais dizem que a revelação do documento projetou "uma sombra" sobre o funcionamento do Estado-Maior e criou um clima de "desconfiança e hostilidade" entre os principais comandantes militares de Israel.

Segundo o analista militar do Canal 10 da TV israelense, Alon Ben David, "nunca houve um clima de tal desconfiança no Estado-Maior".

"Não tenho conseguido dormir com tranquilidade nos últimos dias, desde a revelação do documento", disse Ben David. "Se não falam entre si, como os mais altos comandantes poderão tomar decisões caso haja uma crise?".

"Não sei o que farão se houver um problema no sul (na fronteira da Faixa de Gaza), se Galant não fala com Ashkenazi e Ashkenazi não fala com o ministro da Defesa, Ehud Barak", acrescentou.

Documento

De acordo com resultados de uma investigação policial, o documento foi falsificado e não foi escrito pela consultoria e empresa de publicidade Arad Horev, como inicialmente havia sido divulgado.

A empresa entrou com uma queixa na polícia, pedindo que investigue a falsificação do documento.

Segundo a imprensa israelense, Gabi Ashkenazi sabia da existência do documento há semanas e foi ele quem teria entregue o papel à polícia.

Oficiais do alto escalão do Exército e do Ministério da Defesa têm sido interrogados nos últimos dias.

Segundo o analista militar da versão online do jornal Yediot Ahronot, Hanan Grinberg, oficiais que não quiseram se identificar afirmaram que o escândalo envolvendo o documento "pode paralisar o trabalho" do Estado-Maior.

De acordo com Grinberg, na cúpula do Exército, o escândalo é o assunto do dia.

Ashkenazi publicou uma nota afirmando que lamenta o fato de que, durante o processo importante da nomeação de seu sucessor, "entrem elementos que podem afetar duramente o Exército e a confiança do público".

"Ambas as possibilidades são muito graves e devem ser investigadas, tanto se o documento for falso, como se for verdadeiro", afirmou o general.

Fonte: BBC

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