Perfil

Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

Mensagem aos leitores

Benvindo ao universo dos leitores do Izidoro.
Você está convidado a tecer comentários sobre as matérias postadas, os quais serão publicados automaticamente e mantidos neste blog, mesmo que contenham opinião contrária à emitida pelo mantenedor, salvo opiniões extremamente ofensivas, que serão expurgadas, ao critério exclusivo do blogueiro.
Não serão aceitas mensagens destinadas a propaganda comercial ou de serviços, sem que previamente consultado o responsável pelo blog.



terça-feira, 10 de agosto de 2010

UNIVERSO DO CAVALO (PH - PO)

PHOTO FINISH

- Chegada dos animais de modo tão junto que só uma foto pode indicar quem chegou na dianteira ou se houve mesmo empate numa carreira muito disputada.

PIA

- Égua remontada - SYLVIO ALVES, no Vocabulário do Charadista - Livraria Acadêmica/RJ/vol. I, pág. 71.

PIÁ-DO-SUL (Ver FARRAPO)

- Apelido de FÉLIX CONTREIRAS RODRIGUES, autor de Memórias de um Cavalo.

PIADAS

- Qual é a primeira coisa que o jóquei faz quando começa a chover?
R.: tira o cavalinho da chuva!

O que o cavalo foi fazer no orelhão?
R.: passar trote!

http://www.zurp.com.br/forum/viewtopic.php?t=665&sid=c83a0f30fcafa1c07eab7ec9e75f4e9c

Dois portugas conversando num bar:
- Joaquim, descobri que minha esposa estava a me trair... com um galo!
- Com um galo?! Como assim?
- É que ontem, abri o travesseiro e estava cheio de penas
- Pois! Agora que estás a me dizer isso, penso que minha esposa está a me trair com um cavalo!
- Com um cavalo? Mas não pode ser!
- Pois sim! É que outro dia, olhei debaixo da cama e vi um jóquei

http://morriderir.com

PIAFAR

- Fazer o PIAFFER – Ver TRENZADO.

PIAFFER (Ver PIAFAR)

- Quando o cavalo trota sem sair do lugar.

http://www.hipismobrasil.com.br

- Ver Regulamento Nacional de Dressage, da Fed. Eq. Portuguesa, art. 466.

PIAL

- (...) El que maneja las bolas,/el que sabe echar um pial,/ y sentársele a um bagual/sin miedo de que lo baje,/entre los menos salvajes/no puede pasarlo mal. (...) – JOSÉ HERNÁNDEZ - Martin Fierro - Libreria “El Ateneo” Editorial/B. Aires .../1973, pág. 78. – Nota de José Edmndo Clemente, na mesma obra: Pial: peal, tiro de lazo que se hace a las manos del animal para voltearlo em su carrera.

PIALO (Ver PEALO)

- (...) seu zaino patas brancas pialou-se nos garrões da vaca e caiu de prancha sobre o costado esquerdo. (...) - RICARDO GÜIRALDES - Dom Segundo Sombra - L&PM Editores S.A./RS/1997, p. 156.

PIÃO (Ver HUMILHAÇÃO e PEÃO)

- (...) Geralmente os lexicologistas consideram peão e pião um mesmo vocábulo com significações diversas. Quer me parecer que peão vem do latim bárbaro pedo, onis, homem de pé grosseiro, qui pedes lato habet; daí se derivou o italiano pedone, infante, isto é, soldado ou criado a pé, o francês pion e o espanhol peon, com a mesma significação. (...) - JOSÉ DE ALENCAR - O gaúcho - L&PM Editores S.A./RS/1999, p. 299. (...) Seria uma anomalia que peão, isto é, pedestre, fosse adotado para significar a profissão de homens que passam a vida a cavalo, com tal excesso que têm à porta do rancho o animal arreado de manhã até a noite, e não andam cem passos a pé. (...) - Ob. cit., p. 300.

- (...) gaúcho é o habitante livre, altivo e independente da campanha, que ele percorre como senhor, levando a pátria, como o antigo Cita, nas patas do seu corcel. Pião é proletário que se ocupa da criação do gado nas estâncias, para o que deve ter destreza em montar a cavalo, correr as reses no campo, laçá-las ou boleá-las se preciso. O habitante da campanha do Sul não se deslustra por ser pião, que ele tem em conta de uma profissão nobre; mas honra-se de ser gaúcho, de pertencer a uma casta independente, distinta e mais viril do que a dos filhos das cidades, enervados pela civilização (...) - JOSÉ DE ALENCAR - O gaúcho - L&PM Editores S.A./RS/1999, p. 298.

PIARA

PIAZZATO (Ver COLOCADO)

PICAÇO (Ver PIGARÇO)

- Constitui alteração de PIGARÇO - AMADEU AMARAL - O Dialeto Caipira - Edit. Hucitec/SP/1982, p. 165.

- (...) dois cavalos estavam atados debaixo dum espinilho; era um picaço grande e outro colorado. (...) - SIMÕES LOPES NETO - Contos Gauchescos e Lendas do Sul - L&PM Editores S.A./SP-RS/1998, p. 126.

- (...) É tudo várzea amigaço,/pra mim e pra o meu picaço;/Não hai cerca que me ataque/nem porteira bem fechada. (...) - Poesia Noites de Inverno, transcrita por JOSÉ ISAAC PILATI – Juca Ruivo/Tradição – IOESC – Fpolis/SC – 2002, pág. 105.

- JOÃO CEZIMBRA JACQUES (Assumptos do Rio Grande do Sul - ERUS e Oficinas Gráficas da Escola de Engenharia/P. Alegre-RS/1912, p. 170), descreve o pelo como escuro ou zebruno, que tem a parte infgerior de todos os membros, ou parte deles, branca.

- (...) no seu famoso picaço, um cavalo ligeiro como um cervo e valente como um leão (...) - VIRGÍLIO VÁRZEA - A canção das gaivotas - Edit. Lunardelli/Fpolis-SC/1985, p. 142/143.

- (...) Quando houve a carreira grande, do picaço do major Terêncio e o tordilho do Nadico (...) - SIMÕES LOPES NETO - Contos Gauchescos & Lendas do Sul - L&PM Editores S.A./SP-RS/1998, p. 24.

- (...) Vossa Excelência mandou-me dormir e comer na sua barraca, e no outro dia me regalou um picaço grande, mui lindo (...) - SIMÕES LOPES NETO - Contos Gauchescos & Lendas do Sul - L&PM Editores S.A./SP-RS/1998, p. 69.

PICAÇO OVEIRO

- (...) Ia montado num picaço-oveiro (...) - RICARDO GÜIRALDES - Dom Segundo Sombra.

PICADEIRO (Ver ILHA DE SANTA CATARINA)

PICADOR

- A tradição rezava que só macho podia ser rejoneador (toureiro a cavalo). Mas a francesa Marie Sara Casas, 24, apaixonada pela tauromaquia não resistiu aos ímpetos picadores. Após um estágio com o rei Álvaro Domecq, a centaura adentrou a feria de Saintes- Maries de La Mer, na Camarga, França, e se consagrou como a mais nova revelação na arte do combate entre cavalo e touro. Olé! - Rev. MANCHETE, ed. 29/08/1987, p. 60.

- Espanhol: domador de cavalos, toureiro a cavalo.

PICAR (Ver ACICATE e ESPORA)

- (...) Ele picou o cavalo, o rosto iluminado num indizível prazer (...) - VIRGÍLIO VÁRZEA - A canção das gaivotas - Edit. Lunardelli/Fpolis-SC/1985, p. 152. Na frase, o autor canasvieirense faz uso do verbo com sentido de esporear.

- (...) piqué el caballo y lleno de ansiedad y confusion partí al galope, llegando em um momento a mi reducto (...) - LUCIO V. MANSILLA, em Una excursión a los Indios Ranqueles – Círculo Criollo El rodeo/Argentina, pág. 13. Como se vê, o verbo picar também é usado pelos povos de língua espanhola.

- (...) piqué mi caballo, y ordenándole a mi gente que nadie me seguiese, partí a toda rienda sobre el indio (...) - LUCIO V. MANSILLA, em Una excursión a los Indios Ranqueles – Círculo Criollo El rodeo/Argentina, pág. 36.


PICAR A MULA (Ver PICAR)

- Cair fora. Histórico: Picar aqui é no sentido de tornar rápido ou mais rápido, apressar, apertar, estugar (o passo): "Seguia picando o passo, na direção do Largo da Carioca, para entrar num tílburi" (Machado de Assis, Várias Histórias), como nos ensina Aurélio. Por isso, "picar a mula" é sair correndo e não, como muitos imaginam, picar no sentido de ferir a mula. - MÁRIO PRATA - Mas será o Benedito? (...) - Editora Globo/SP/1996, p. 135.

Obs.: O autor pode estar errado quanto à origem da expressão. Quem monta cavalo ou mula (híbrido resultante de prenhez de égua coberta por burro), quando quer apressar o passo do animal, usa chicote ou acicate (espora) e o uso deste último aparelho, com ponta aguda, rombuda ou dotada de uma roseta giratória, fere mesmo o couro do animal, pica, fura, fazendo, não raro, sangrar. Com tal "estímulo", o animal põe-se a correr, podendo, todavia, galopar (o mais comum) e não amiudar (picar) o passo.

PICARIA (Ver REJONEO)

PICHORRA

- Égua, no nordeste brasileiro.

PIÉ

- Cavalo histórico, do marechal Turene - SYLVIO ALVES, no Vocabulário do Charadista (Livraria Acadêmica/RJ/vol. I), pág. 92.

PIGARÇO (Ver PICAÇO)

- PICAÇO1, q. - diz-se do cavalo escuro com a frente e os pés brancos. | Alter. de pigarço.

http://www.biblio.com.br

“ Juca Mulato pensa: a vida era-lhe um nada...

Uns alqueires de chão; o cabo de uma enxada;

Um cavalo pigarço; uma pinga da boa;

O cafezal verdoengo; o sol quente e inclemente... – (Extraído de symbolon.com.br)

- Trata-se de uma pelagem específica, como se infere do texto português abaixo. Também um glossário de palavras portuguesas (http://www.terravista.pt) assim o afirma, senão vejamos: Pigarço- Designativo do cavalo preto e branco ou de cor grisalha.


PIGNATELLI

- Fim do Século XV/Nápoles-Itália: Escreveu um pequeno, mas interessante tratado sob a denominação de Arte de Cavalgar.

PIGUANCHA

- (...) Anda, égua magra! Piguancha! (...) - JOÃO GUIMÃES ROSA - Sagarana (conto Duelo) - Liv. José Olympio Editora/RJ/1974, p. 213.

- Égua, no nordeste brasileiro.

PILCHA (Ver PIRCHA)

PILECA (Ver CHOUTAR)

- (...) escarranchada na pileca manca (...)- HUGO DE CARVALHO RAMOS – Tropas e boiadas/Caminho das tropas – Instituto Centro-brasileiro de Cultura – 1917.

- (...) O cavaleiro freou quase encostado em Turíbio, tal que, a um resfolego da pileca, um floco de escuma branca voou-lhe no braço. (...) - JOÃO GUIMARÃES ROSA - Sagarana (conto Duelo) - Liv. José Olympio Editora S.A./RJ/1974, p. 166.

PILENTO


-
Pilento m. Coche de molas, como que suspenso sobre duas rodas, usado pelas matronas romanas.

http://letratura.blogspot.com

PILOTO (Ver VAREADOR)

PILUNGO

- (...) Guascas de calça e perneiras,/em pilungos enfeitados,/com boleadeiras,/sem ter mais o que bolear ... (...) - Poesia Noites de Inverno, transcrita por JOSÉ ISAAC PILATI – Juca Ruivo/Tradição – IOESC – Fpolis/SC – 2002, pág. 104.

- O mesmo que MATUNGO.

PINÇA (Ver CASCO)

- Parte dianteira da muralha do casco do eqüino.

PINCHAR (Ver PATA SUJA)

- A expressão está utilizada no Regulamento de CCE da Federação Eqüestre Portuguesa, art. 520 (item 1) e é catalogada como uma das espécies de maus tratos, acarretando desclassificação.

- Diz-se da prática de alguns cavaleiros, quando em treinamento, colocarem arame ou fios eletrificados logo acima das varas, ou tampas de garrafa, com a parte cortante virada para cima, fixadas nas varas de salto, de sorte a assustar ou ferir levemente os animais de pata suja, fazendo-os se condicionarem a passar pelos obstáculos sem tocar nos elementos que delimitam as alturas dos mesmos.

PING-PONG (Ver CAIR E PARTIR)

- Obstáculo com dois elementos verticais alinhados um em seguida ao outro, que força o animal de salto a, tão logo toque o solo após o primeiro pulo, decolar novamente para superar o segundo.

PINGA COM LIMÃO

- Não é caipirinha para o cavaleiro. É para o cavalo mesmo, como noticia ALUÍSIO DE ALMEIDA - Vida e morte do Tropeiro - Livraria Martins Editora/SP/1971, p. 137, para curar a peste eqüina.

PINGAÇO (Ver PINGO)

- (...) Bom campeiro, gostava de carreiras, andava sempre armado. Seus cavalos, uns pingaços (...) - CYRO MARTINS - Sombras na Correnteza - Editora Movimento/Porto Alegre-RS/1979, p. 9.

- Superlativo de PINGO: (...) O zaino era um pingaço de lei (...) - SIMÕES LOPES NETO - Contos Gauchescos & Lendas do Sul - L&PM Editores S.A./SP-RS/1998, p. 19.

PINGALIM (Ver AÇOITEIRA, CHICOTE, CRAVACHE, RELHO, TALA e VARA)

- O Decreto nº 11.609/09, de 1925, que pode ser encontrado como legislação complementar ao Código Penal de Portugal, dispõe a respeito do uso de chicote e pingalim (art. 3º), entre outras medidas de proteção dos eqüinos contra danos físicos e maus-tratos.

PINGÃO PARAGUAIO

- Reportando-se a doenças de cavalos e correspondentes remédios, ALUÍSIO DE ALMEIDA - Vida e morte do Tropeiro - Livraria Martins Editora/SP/1971, p. 138, faz referências a dores de barriga com diarréia e reporta-se a remédios humanos: chá de romã e goiaba. O chá de barbatimão é mais violento curte couro! Muito conhecido é o pingão paraguai , purgante de cavalo, árvore que há em todos os sítios. Moe-se a castanha.(...)

PINGO (Ver FLETE e PINGAÇO)

- (...) é o epíteto mais terno que o gaúcho dá a seu cavalo. Quando ele diz "meu pingo" é como se dissesse meu amigo do coração, meu amigo leal e generoso (...) - JOSÉ DE ALENCAR - O gaúcho - L&PM Editores S.A./RS/1999, p. 20.

- (...) Era um bom pingo, arisco ainda e cheio de cócegas e desconfiança. (...) - RICARDO GÜIRALDES - Dom Segundo Sombra - L&PM Editores S.A./RS/1997, p. 82.

- (...) gringada que ni siquiera/se sabe atracar a um pingo (...) - JOSÉ HERNÁNDEZ - Martin Fierro - Libreria “El Ateneo” Editorial/B. Aires, etc.../1973, pág. 31. – Nota de José Edmundo Clemente: Pingo: caballo.

- (...) Meu pingo mascava o freio/Num palanque da ramada/pateando de cola-atada (...) - JAIME CAETANO BRAUN - Potreiro de Guachos (poesia Bochincho) - Editor Martins Livreiro/P. Alegre-RS/1969, p. 79.

- (...) monte no pingo e se vá aos pagos (...) - APOLINÁRIO PORTO-ALEGRE - O Vaqueano - SP/1973, p. 36.

- (...) Sempre gostou de se enfeitar. Botas bbem lustradas, lenço brancode seda esvoaçante no pescoço, bombachas estreitas, esporas de prata, pingo gordo e delgado, cola atada, bailarino, namorador (...) - CYRO MARTINS - Sombras na Correnteza - Editora Movimento/Porto Alegre-RS/1979, p. 15.

- (...) Ver gauchinha seu pingo montar,/E amar com sinceridade,/Porque o Rio Grande do Sul/É, pra mim, o jardim da saudade. (...) - LUPICÍNIO RODRIGUES - Foi assim - L & PM Editores S/A - 1995, p. 45. Obs.: Parte da letra da valsa Jardim da Saudade.


PINGO PRETO

- Toada gaúcha de H. BERTUCCI e VIRAMUNDO, gravada por TONICO e TINOCO: Fui passear em Porto alegre com meu preto marchadô,/dei uma volta na praça, uma moça me chamô:/ - Me venda seu pingo preto, cem mil cruzeiros eu dô,/vou levar lá pro meu pago esse preto marchadô. Não vendo meu pingo preto, não empresto e não dô,/este não pra negócio, herança do meu avô./Ela me disse sorrindo: - Gaúcho conquistadô,/Me venda o cavalo preto, o meu coração te dô. Peguei na mão da gaúcha, nunca vi tão delicada,/sorriso feito de encomenda pra aquela boca rosada./Meu coração disparou como estouro de boiada:/ - Gaúcha leve o cavalo, ele não te custa nada. - Gauchinho obrigado, faça um galpão pra prá nós dois,/teu cavalo vai comigo, meu coração vai depois./Eu saí de lá pensando o que faz uma muié,/dei o pingo de presente, vortei pra casa de a pé.

PINTO

- É um cavalo de pelagem com malhas brancas grandes sobre um fundo de qualquer cor. As tribos nativas americanas gostavam desses animais pois sua pelagem manchada lhes fornecia um tipo de camuflagem - CAVALOS Guia Prático - Liv. Nobel S.A./SP/1998, p. 27.


PIOLAS DE CRINA

- (...) Lembro tuas tranças/de fartos cabelos,/com fita amarela/enfeitando-lhe as pontas,/que mais pareciam/piolas de crina,/laçando e prendendo/meu estro de fera,/meu jeito teatino,/fazendo sentir-me/como potro na estaca - JOSÉ MACHADO LEAL - (Chasque de Amor/Romantismo á gaúcha) – Editora sulina/P. Alegre-RS/1986, p. 48.

PIPEIRO (Ver CARREIRA)

PIQUETE

- (...) as silhuetas de um piquete de cavaleiros (...) - HEINZ RIBAU – Colônia Nova Esperança - Edições Colon/Joinville-SC/1957, p. 150. Obs.: vê-se que nesta frase a palavra não tem o mesmo significado dos empregos abaixo.

- (...) levou-me até embaixo para um piquete em frente ao Castelo de Windsor, onde me mostrou quinze cavalos de todas as cores, formas e tamanhos (...) - MONTY ROBERTS - O homem que ouve cavalos - Bertrand Brasil/RJ/2001, p. 13.

- Streikposten, em Alemão.


PIRAÍ

- (...) incitando aos estalos ásperos dos relhos e pirais compridos de trança fina, o trote leve da burrada (...) - HUGO DE CARVALHO RAMOS – Tropas e boiadas – Instituto Centro-brasileiro de cultura – 1917. O mesmo autor (obra citada, conto Peru de roda, volta a usar o termo: (...) Os peões, à passagem, faziam estalar indolentemente a lonca de seus compridos pirais.

PIRCHA

- Pirchas f. pl. Arreios enfeitados e finos. http://letratura.blogspot.com/2006/12/glossrio-equinos-e-asininos.html

PIRONETTE

- Pironette (pirueta) f. Volta (semicírculo ou círculo completo) a galope ou a passo em que o cavalo levanta e pousa o posterior de dentro sempre no mesmo sítio. http://letratura.blogspot.com/2006/12/glossrio-equinos-e-asininos.html

PIROPLASMOSE (Ver BABESIOSE, CARRAPATO e NUTALIOSE)

PIRUETA (Ver MEIA PIRUETA)

- Ver Regulamento Nacional de Dressage, da Fed. Eq. Portuguesa, art. 464.

PISADO DO LOMBO (Ver ARRIEIRO)

- (...) foi à procura do mouro, o cavalo que lhe restava. Encontrou-o magro, felpudo, pisado dos lombos. Não tinha nem o direito de reclamar do dono do potreiro, pois fazia seis meses que não lhe pagava a pastagem. Embuçalou o animal e puxou-o de a cabresto até a casa dum carreiro conhecido. (...) - CYRO MARTINS - Porteira Fechada - Edit. Movimento/P. Alegre-RS/1986, p. 94.

PISADURA (Ver ARRIEIRO e MATADURA)

- (...) a pisadura ocorre quando a carga é muita ou mal distribuída. O peso e a aderência esfolam a pele do animal. Se o mal está em começo, basta curar ... a cangalha. Entre os arções da cangalha há um acolchoado de capim membé. O arrieiro toma a grande agulha de “atalhar”, fura a fazenda e redistribui o enchimento de modo a deixar em vão exatamente onde fica a pisadura. A operaçào, além de não ser melindrosa, com furar o ventre ... da cangalha, cura rapidamente o lugar da pele machucada. Quando o ferimento já está tumefato, com o fleme tiara-se o pus e sangue. Compete aos bons técnicos prevenir isso. (...) - ALUÍSIO DE ALMEIDA – Vida e morte do Tropeiro - Livraria Emartins Editora/SP/1971, p. 76.

PISO DE AREIA

- Ver Lei Federal nº 10.519, de 17/07/2002 – Art. 3º, inc. IV.

PISOTEIO

- (...) de longe se ouve os homens e mulheres cantando, enquanto os cavalos pisoteiam as espigas para espremer os grãos para fora, levando uma nuvem de pó no chão batido a casco. (...) - IVAN PEDRO DE MARTINS - Fronteira Agreste - Edit. Movimento/P. Alegre-RS/1985, p. 110.

- Na Grécia: (...) na primavera, o trigo estava verde demais para queimar, enquanto o pisoteio, tentado às vezes por invasores que traziam cavalos, era demorado e ineficaz (...)– JOHN KEEGAN – Uma história da guerra - Companhia de Bolso (Editora Schwarcz Ltda) – SP-SP/2006, p. 317.

PISTA (Ver PENETRÔMETRO)


PITO (Ver CEPINHO e MAÇANETA)

- O mesmo que AZIAR, BIQUEIRA. Parecido com um grande compasso. TOM MAIA e THERESA REGINA DE CAMARGO MAIA - O folclore das tropas, tropeiros e cargueiros no Vale do Paraíba – Min. Da Educação, FUNARTE e Universidade de Taubaté/SP/1981.

PITO VELHO

- Cavalo velho - LEO GODOY OTERO - O caminho das boiadas - José Olympio Editora/RJ/1958, pág. 207.

PITOCO (Ver SABOGA e TUSO)

- Xogue, em guarani.

PITON

Pitons ou Rompões:
Os pitons são colocados nas ferraduras para dar uma maior aderência. São enroscados em buracos que são feitos nos talões das ferraduras podendo ter várias formas: em bico para um piso duro e, para piso mole forma quadrada. Quando o cavalo não está a trabalhar, os pitons devem ser retirados e os orifícios devem ser preenchidos com um tampão próprio ou com algodão.

:www.magro.ubbi.com.br

PLACÊ

- Modalidade de aposta no turfe.

PLANCHEAMENTO (Ver PRANCHEAR)

- (...) Nos terrenos inclinados, a ameaça de plancheamento, que é a queda de ilharga, da montaria, podendo prender uma das pernas do cavaleiro (...) - CRISPIM MIRA - Terra Catarinense - Typ. Da Liv. Moderna – Fpolis-SC/1920, pág. 24 e 25.

PLANTAR FIGUEIRA (Ver COMPRAR UM LOTE e RODAR)

- Gíria campeira indicativa de cair do cavalo.

- (...) Lembro o meu primeiro tombo/Ali perto da mangueira,/Não rebentei a caveira/De piazito de campanha/Mas o que doeu na picanha/ Foi ter "plantado a figueira" (...) - JAIME CAETANO BRAUN - Potreiro de Guachos (poesia Petiço Baio) - Editor Martins Livreiro/P. Alegre-RS/1969, p. 84.

PLATÃO (Ver DANO)

- O corpo humano é a carruagem, eu, o homem que a conduz, os pensamentos as rédeas, os sentimentos são os cavalos. - PLATÃO.

PLATERO

- Artesão que trabalha com prata, na argentina – (...) Ya he dicho que Ramón es platero y que este arte es común entre los indios. Ellos trabajan espuelas, estribos, cabezadas, pretales (...) - LUCIO V. MANSILLA - Uma excursión a los Indios Ranqueles – Círculo Criollo El Rodeo/Argentina, pág. 175.

PLAY THE HORSES

- Expressão norte-americana que significa apostar em corrida de cavalos.

PLEASURE HORSE

- (...) inscrevera (...) uma égua com fama estabelecida, na categoria pleasure-horse (...) - MONTY ROBERTS - O homem que ouve cavalos - Bertrand Brasil/RJ/2001, p. 176.


PLUVINEL

PÓ DE AÇO (Ver GARUPA DE COBRE e QUARTO DE MILHA)

POBREZA

PODÃO (?)

- (...) quando era obrigado a montar em um cavalo reiúno e podão (...) - JOSÉ DE ALENCAR - O gaúcho - L&PM Editores S.A./RS/1999, p. 50.

PODIUM

- Instalação destinada a entronizar os competidores, entregando- lhes a premiação e permitindo comemorações destacadas pelos primeiros colocados.

PODOLOGIA EM EQÜINOS

- Disciplina de Pós-graduação da Universidade Estadual Paulista/UNESP Jaboticabal. Estudo dos cascos e seus problemas.


POITOU (Ver MUARES)

- Linhagem francesa de muares, conforme se infere dos escritos de ALUISIO DE ALMEIDA - Vida e morte do Tropeiro - Livraria Martins Editora/SP/1971, p. 39: (...) Na França ficaram célebres os burros do Poitou, no sul, e que parece terem provindo da Espanha. (...)

POLACO

- Um dos cincerros da mula madrinha.

- (...) mudem o polaco da madrinha, bate soturno esse cincerro. (...) - HUGO DE CARVALHO RAMOS – Tropas e boiadas/Caminho das tropas – Instituto Centro-brasileiro de cultura – 1917.

POLACOS EM SANTA CATARINA

- CRISPIM MIRA - Terra Catarinense - Typ. Da Liv. Moderna – Fpolis-SC/1920, pág 111, sobre carroceiros daquela estirpe, escreveu: (...) O desvelo com que cuidam dos seus animais é tal que se costuma dizer terem eles mais amor pelos cavalos do que pelas próprias mulheres. O fato é que os polacos sempre os trazem gordos e de pelo setinoso. Todos os dias pela manhã os limpam paciente e demoradamente a escova e pente, não os deixando nunca com sede, e mantendo, rigorosamente, o horário costumeiro da alimentação, que se compõe de milho (especialmente branco), com palha de centeio cortada a máquina. Essa palha cortada é conhecida pela denominação alemã de stroh. (...)

POLAINA (Ver SOBREBOTA)

- Acessório de couro, com abertura e fecho-eclair ou velcro e elástico, este na parte inferior e uma tira com fivela. Usa-se para cobrir calça e botina ou bota, de modo que o suor da montada não danifique a(s) peça(s) protegida(s).

POLAQUE

- Cincerro; guizo - LEO GODOY OTERO - O caminho das boiadas - José Olympio Editora/RJ/1958, pág. 207.

POLDRO (Ver POTRO)

- (...) a cria da égua, enquanto pequeno. Potro, poldro que atingiu todo o crescimento, mas não é cavalo ainda. - JOSÉ DE ALENCAR - O gaúcho - L&PM Editores S.A./RS/1999, p. 302.

- (...) poldros cardões, sangue azougado, crescidos às soltas por ali mesmo, em furados de papua e jaraguá, à lei da natureza (...) - HUGO DE CARVALHO RAMOS – Tropas e boiadas/O poldro Picaço - Instituto Centro Brasileiro de Cultura/1917.

- Pripas, em Romeno.

PÓLEN (Ver ALERGIA)

- De milho, de aveia, de trigo, de cevada; gramíneas, pólen de árvores, fungos bolores, pó de baia ou cleiro e vários alimentos tais como : alfafa, cevada, milho, linhaça, aveia, soja trigo, trevos, podem causar manifestações alérgicas nos animais.


POLLA

- Espanhol: aposta, em corrida de cavalos.

PÓLO (Ver CHUKKA, IRÃ, PÉRSIA e SYLVIO JUNQUEIRA NOVAES)

Felipe Fernándes-Armesto – Milênio – Edit. Record 1999

- Espécie de esporte que se assemelha ao hockey, mas onde os atletas se postam sobre eqüinos e com eles se deslocam. Originário da Pérsia (hoje Irã), é jogado com auxílio de um taco (macetas de cabo flexível) e de bolas de madeira. O Brasil e a Argentina são as duas grandes forças do esporte em tela na América do Sul. É muito praticado na Inglaterra, também.

- Há quem afirme, também, que o esporte nasceu no Tibete, antes de Cristo e que sua origem estaria em um costume local de caçar rato almiscarado. Os cavaleiros iam a cavalo, portando um bastão, para matar o animal, mas no verão não haviam ratos e o costume passou a ser de bater com o bastão numa bola recoberta com pele. Modernamente o esporte se chamaria Pulu. É também conhecido como “Jogo dos Príncipes” – http://www.polobrasil.com.br


POLÔNIA (Ver HUSSARDOS e SANGUE-FRIO POLACO)

- A mais antiga criação de que se tem registro é a polonesa iniciada em 1502 pelos príncipes Sangusco que formaram o "Haras Slawuta" de puros sangue trazidos direto das tribos beduínas.
Esta dedicação estendeu-se até o século XX quando em 1914 havia na Polonia um plantel de mais de 450 produtos entre matrizes e reprodutores. Todo esse esforço bem como todas as
outras riquezas da aristocracia polonesa se perdeu por ocasião da 1ª guerra mundial. No período entre guerras houve uma retomada de formação da criação mas que em 1939 com o início da segunda grande guerra, foi dizimado, restando após o término uns poucos animais.
Assumiram então a criação dos cavalos na Polonia os haras estatais vindo até os dias de hoje.
No mais recente levantamento, seu plantel contava com mais de 650 matrizes de excepcional
qualidade sendo a criação do sangue árabe motivo de orgulho nacional

http://www.google.com.br/search?q=cache:xZ5Mt7ffO4AJ:www.portalciadosfilhotes.com.br/dognews/cavalos.htm+cavalo+r%C3%BAssia&hl=pt-BR&ie=UTF-8

POLUÇÃO HUMANA

- PEDRO FERNANDEZ DE ANDRADA - Libro de la Gineta de Espana - 1.598,

Reporta o uso de dentes de cavalo, pelos humanos da antiguidade, para que no venga polucion, ni se orinen em la cama.

PÓLVORA (Ver CAVALARIA)

- A adoção da arma de fogo nas batalhas alterou, substancialmente, as chances da cavalaria. Assim, interessante o trecho que segue, de autoria de JOHN KEEGAN – Uma história da guerra - Companhia de Bolso (Editora Schwarcz Ltda) – SP-SP/2006, p. 423: (...) A atitude de Bayard, chevalier sans peur et sans reproche, em relação aos besteiros, é bem conhecida: mandava executa-los quando feitos prisioneiros, afirmando que a arma deles era covarde e seu comportamento traiçoeiro. Armado comuma besta, um homem poderia, sem o longo aprendizado das armas necessário para formar um cavaleiro ou o esforço moral exigido de um lanceiro a pé, matar qualquer um deles à distância sem se colocar em perigo. O que era verdade para o besteiro valia ainda mais para o atirador de arma de fogo: a maneira como lutava parecia igualmente covarde, bem como barulhenta e suja, ao mesmo tempo que não exigia esforço muscular. Perguntava-se o biógrafo do guerreiro do século XVI, Louis de Tremouille: “de que servem as habilidades guerreiras dos cavaleiros, sua força, sua intrepidez, sua disciplina e seu desejo de honras quando tais armas (de pólvora) podem ser usadas na guerra?”

PÔNEI (Ver ALTURA, FALABELA, FELL, PONY e PROPRIEDADE INDUSTRIAL)

- O menor de todos é o do imaginário de JONATHAN SWIFT (na obra Viagens de Gulliver - Victor Civita Editor/SP/1983, pág. 23), que media 4 polegadas e meia de altura.



PONTA (Ver DE PONTA A PONTA e PONTEIRO)

- Diz-se da posição mais avançada dos competidores, numa carreira de cavalos.

PONTA DA ANCA (Ver GARUPA)

- Parte do organismo do cavalo situada entre o rim e a garupa. - Ver folheto da CBH intitulado Identificação de Cavalos pela Resenha Descritiva e Gráfica - Tradução da Dra. Cândida Azevedo (Jan./98), p. 5, figura 2, n° 26.

PONTA DA ESPÁDUA (Ver PEITO)

- Parte do organismo do cavalo situada entre o pescoço e o braço. Ver folheto da CBH intitulado Identificação do cavalo pela Resenha Descritiva e Gráfica - Tradução da Dra. Cândida Azevedo (Jan./98), p. 5, figura 2, nº 11.

PONTA DE POTROS

- (...) contratado para (...) domar uma ponta de potros (...) - APPARICIO SILVA RILLO - Raspa de Tacho 2 - Tchê Edit. Jornal. Ltda/P. Alegre-RS/1983, p. 63.

- Referindo-se aos indios Pampas, da Argentina, JOSÉ HERNÁNDEZ - Martin Fierro - Libreria “El Ateneo” Editorial/B. Aires .../1973, pág. 103, versejou: (...) A veces a tierra adentro/algunas puntas se llevan (...) e José Edmundo Clemente, comentando a palavra, explica: Puntas: cantidad indeterminada de ganado reunido. Pelo uso da palavra ganado (gado), vê-se que ponta serve para quem queira se referir a lote de cavalos (gado cavalar) ou de bois (gado vacum).

PONTE-SUELO

- Peça decorativa que é presa à parte inferior do freio (...) – ROMAGUERA CORRÊA E OUTROS - Vocabulário Sul-riograndense – Editora Globo/RJ, SP e P. Alegre/1964, pág. 375.

PONTEIRO (Ver DE PONTA A PONTA e PONTA)

- Diz-se do animal que lidera uma competição turfística.


PONY RUNABOUT (Ver CALESÍN e CARRUAGEM)

POPA

- Corcova de cavalo - SYLVIO ALVES, no Vocabulário do Charadista (Livraria Acadêmica/RJ/vol. I, pág. 299.

POR DENTRO (Ver POR FORA)

POR FORA (Ver POR DENTRO)

PORONGUDO (Ver PETIÇO)

- ZENO CARDOSO NUNES e RUI CARDOSO NUNES - Dicionário de Regionalismos do Rio Grande do Sul - Martins Livreiro – Editor/P. Alegre-RS/2000, p. 391 dizem que não, afirmando que a palavra diz respeito ao animal que apresenta nos membros grandes exostoses, dando a impressão de cuias ou porongos.

- O termo poderia ser usado, também, para designar animal barrigudo, pela constante ingestão de verde.

PORTANTILLO

- Espanhol: trote (de animal).

PORRILHAS (Ver OVAS e SINÓVIAS)

- Porrilhas f. pl. Veter. Doença das cavalgaduras, análoga às ovas. http://letratura.blogspot.com/2006/12/glossrio-equinos-e-asininos.html


PORTUGUESES (Ver À BASTARDA e PATO)

- (...) os lusos traziam consigo muitas peças de artilharia, mas (...) seus cavalos eram paupérrimos (miseráveis) (...) - CARLOS TESCHAUER (padre jesuíta) – História do Rio Grande do Sul dos dois primeiros séculos – Editora Unisinos/São Leopoldo-RS/2002, vol. 3, p. 281.

POSSEIDON

- É o deus do mar e dos terremotos, foi quem deu os cavalos para os homens. Apesar disso, era considerado um deus traiçoeiro, pois os gregos não confiavam nos caprichos do mar.

Poseidon para os gregos e Netuno para os romanos.

http://www.mundodosfilosofos.com.br/deuses.htm

POSIÇÃO IDEAL PARA O CAVALEIRO MONTADO

- (...) Aí, sem desprezarmos a posição correta e não exagerada do cavaleiro gaúcho e tomando um mestre aprendamos tudo quanto respeita à “alta escola” de equitação: - domar ou educar o potro a fim de torná-lo cavalo utilizável; o saltar obstáculos montados a cavalo; descida a cavalo de fortes rampas; a saltar do cavalo e montar galopando; agarrar objetos montado a cavalo, galopando, para que não se diga que nós não somos capazes de realizar estas coisas e que só as fazem os cavaleiros “cossacos” da Rússia. (...) - JOÃO CEZIMBRA JACQUES - Assumptos do Rio Grande do Sul - Oficinas e Gráfica da Escola de Engenharia/P. Alegre-RS/1912, p. 61. Na mesma obra, ás págs. 216, leciona o autor em destaque: A posição do cavaleiro gaúcho é a seguinte: Para montar em cavalo arisco, pega com a mão esquerda no fiador do boçal ou boçalete; com a direita, nas rédeas apoiadas na cabeça do lombilho ou serigote, puxa o animal fazendo voltar para o seu lado, procura a “boa volta” e, com o pé esquerdo previamente no estribo, monta. Em animal manso, porém pega as rédeas com a mão esquerda e, apoiando-se na cabeça do serigote, leva a direita na cabeça posterior do mesmo e com o pé esquerdo no estribo monta, afastando com rapidez a mão direita do lugar em que estava. Feito isto, ordinariamente o cavaleiro senta-se no serigote, na parte mais baixa, com o corpo um tanto para trás, sem afetação, cabeça levantada, olhando em direção às orelhas do cavalo, peito avançado, de pernas caídas naturalmente, sentando os pés nos estribos, mais para descansá-los do que para o equilíbrio, o qual deve se realizar independente deles. Mas, quando tenha que montar em animal bravio, potro ou redomão, deve usar estribos curtos, de modo que as pontas dos pés fiquem ligeiramente para cima, como na alta escola. Governo – ordinariamente, o cavaleiro pega as duas canas das rédeas de unhas para cima; mas, quando montado em cavalo arisco, ou quando tenha de pegar armas, laço, boleadeiras ou qualquer objeto, deve pegar as rédeas de unhas para dentro, isto é, para o lado do peito. (...) O cavaleiro não deve trazer caída a mão desocupada e sim um pouco para a frente; as pernas, a querer abri-las, devem estar mais abertas para os lados do que em direção levadas paralelas ao pescoço do cavalo; e também é um defeito grave andar a fazer movimentos desordenados com o corpo. (...)

- Todos os mestres em equitação ensinaram que é preciso se colocar sobre a sela “o mais para a frente possível”, deixando a largura da mão “entre as nádegas e a patilha – M. de La Guériniére. Quanto mais se está próximo do garrote do cavalo, eixo dos movimentos – menos se sente as reações.- Com. LICART - A arte da Equitação - Papirus Editora/Campinas-SP/p. 50. Obs.: Possivelmente por isso é que o gaúcho, na atividade de arremesso do laço, fica em pé nos estribos, postando-se sobre a cernelha da montada, o que facilita, também, passar a armada, ainda não arremessada, mais acima das orelhas do pingo. O raciocínio acima vale para o cavalo de trote, sendo provável que não valha para o cavalo de marcha (passeio), tipo Mangalarga-mineiro, Campeiro, Campolina, Tenessee Walking, etc..

POSTA (Ver CORREIO, ESTAÇÃO DE TROCAS, ESTAFETA, PATRIO DE POSTA, PONY EXPRESS e POSTILHÃO)

- Ciro funda un servicio postal regular por los principales vías de comunicación del imperio por un sistema de caballos de postas. Este sistema fue adoptado por los romanos y posteriormente, en el siglo XVI, supuso los orígenes de los correos modernos.

- Muda de cavalos. Antigamente usava-se muito a expressão cavalo de posta, significando animais que, a serviço dos correios por carruagem, eram deixados à disposição em pontos certos, para substituir os que já vinham trabalhando e estivessem cansados.

- PEDRO FERNANDEZ DE ANDRADA – Libro de da Gineta Española – 1598, escreveu, a respeito da matéria: Sirven los cavallos de estafetas e postas, para llevar nuestras cartas, y avisos: servicio digno de que se hiziesse solo a los Reyes. Y assi se escribe, que el primero que lo uso, fue aquel nombrado Rey Xerxes haziendo guerra a la Grecia, por saber con presteza las novedades, que se ofrecian; y el primero que uso dello entre los Griegos fue Pirro, y entre los Romanos Augusto Cesar, como Suetonio e Trãquilo lo dize: aunque antes que se pusiessen cavallos en las postas, se ponian mancebos sueltos, y ligeros, que señas de manos, o con vozes traian las nuevas que avi: como lo hazen oy los Indios poniendo los chasquis, que llevan avisos y cartas. Despues parecio mas conveniente, poner carros con cavallos, que a permanecido en toda italia corriendo la posta en coches por ser tierra llana.

POSTERIORES (Ver ANTERIORES)

- Têm como regiões próprias: Coxa, nádega, soldra, perna e jarrete. Como se vê, é o conjunto locomotor traseiro.

POSTILHÃO (Ver AURIGA, COCHEIRO, CONDOTTIERI, MALA POSTA e POSTA)

- Um postilhão era o condutor de uma carruagem que distribuía correspondência. Normalmente montava num dos cavalos que ia na frente da parelha.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Postilh%C3%A3o

- s.m. Ant. Encarregado do serviço de posta. / Homem que transporta a cavalo notícias e correspondência. / P. ext. Mensageiro. http://www.kinghost.com.br/dicionario/postilhao.html

- (...) encostado em seu banco, o criado cochilava na boléia; o postilhão gritava animado e fustigava a possante quadriga suada; vez por outra espreitava o outro cocheiro, que gritava de trás, da caleça. As marcas paralelas e largas das rodas se estendiam nítidas e iguais pelo calcário lamacento da estrada.(...) http://www.releituras.com/ltolstoi_menu.asp

POTÊNCIA (Ver VITOR ALVES TEIXEIRA)

POTRANCA

- ANTONIO DA ROCHA RIBEIRO, ao escrever Os jagunços (SP/1898, p. 79), utilizou-se do termo, senão vejamos: (...) Onde ninguém a via, ele a enxergava, destacando-lhe as curvas elegantes dos contornos de potranca de raça (...) - Na obra o autor se refere à paixão de um jagunço por uma mulher.

- (...). Era uma morena e linda, de carnes fortes e firmes. Chico pensava, “É uma potranca normanda”. (...) - IVAN PEDRO DE MARTINS - Fronteira Agreste - Edit. Movimento/P. Alegre-RS/1985, p. 141.

- Figurativo para mulher de físico atraente, na Grécia antiga: (...) Ateneu de Naucrates fez uma descrição clara do que o visitante ia encontrar atrás do símbolo priápico: Dê uma olhada em tudo; as portas estão escancaradas. Preço: um óbolo. Essas potrancas feitas para o prazer, estão em pé em fila, uma atrás da outra, suas roupas suficientemente desarranjadas para que possam se ver todos os encantos da natureza.(...) - EMMETT MURPHY - História dos Grandes Bordéis do Mundo - Artes e Ofícios Editora Ltda/P. Alegre-RS/1996, p. 21.

- (...) Morena. Alta. Seiúda. Cabelos e olhos negros. Potrancaça. (...) - MÁRCIO CAMARGO COSTA – A caudilha de Lages - Edit. Lunardelli/Fpolis/1987, p. 124. O mesmo autor, noutra obra - O Gaudério de Cambajuva - FCC Edições e O Estado/Florianópolis-SC/1986, p. 77 – também usou a palavra potrancaça.

- Tanto foi na zona que o Gaudêncio, um dia, se apaixonou. Coisa muito séria. Começou a sonhar com ela e a dizer o nome dela dormindo – tudo isso na cama onde dormia, ao lado, a sua desconfiada esposa. Mas Gaudêncio não se apertava com pouco: - Mas Ortência é o nome de uma potranca que corre nas carreiras, tchê! Ausente de casa uns três dias, Gaudêncio regressa de uma campereada. A mulher vai dando as notícias, com jeito de que não tem importância: - Ah, e a tal potranca das carreiras te mandou um bilhete. - MÁRIO GOULART - Anedotas de gaúcho - Tchê Editora Ltda/P. Alegre-RS/1986, p. 36.

POTRANCO

- Cedo o menino se encontra no seu potranco e dizem que é antes de ele poder andar a pé. Pois a pé o rapazote, com um pequeno laço fabricado de delicados tentos (couros), mal acerta apenhar terneiros, cabras, porcos e também galinhas, ao redor de casa.

Mais crescido, deve ele fazer a cavalo as encomendas à vizinhança ou aos peões do campo. Não há então declives nem desfiladeiros perigosos, para tentá-los (vencer) com seu camarada quadrúpede. (...) - CARLOS TESCHAUER - História do Rio Grande do Sul dos dois primeiros séculos - Editora Unisinos/São Leopoldo-RS/2002, vol. 2, p. 492.

- O Tribunal de Justiça de SC, apreciando a Apelação Criminal nº 98.010929-9/São José, relata: (...) recebeu uma vaca e em troca deu um potranco (...) - Rel. Des. PAULO GALOTTI – 20/outubro/1998.

POTREAÇÃO

- Arrebanhamento de animais de montaria, feito quase sempre com violência, por forças armadas, em tempo de guerra ou revolução - ZENO CARDOSO NUNES e RUI CARDOSO NUNES - Dicionário de Regionalismos do Rio Grande do Sul - Martins Livreiro – Editor/P. Alegre-RS/2000, p. 364.

POTREADA (Ver ARREADA e CAVALARIA ARTILHADA)

- O mesmo eu POTREAÇÃO



POTREIRO (Ver CAMBARÁ)

- Cercado onde são reunidos os POTROS.(?)

- CELSO MARTINS DA SILVEIRA JÚNIOR, em sua bela obra Aninha virou Anita (Edit. A Notícia/Joinville-SC/1999, p. 27), refere-se a um recanto em Laguna/SC denominado Morro do Potreiro.

- (...) o terreiro é seguido pelo potreiro e pelo pomar (...) O potreiro é a área que antecede as roças e é separado destas e das lavoura ou lavourinha, por cercas de arme farpado ou por taipas. NEUSA MARIA SENS BLOEMER – Brava gente brasileira – Editora Cidade Futura/Fpolis-SC/2000, p. 87. Em nota de rodapé, na mesma obra e página, sob nº 15, lê-se: “Potreiro” é a denominação dada à área de pastagem, onde são criados alguns animais, como o gado leiteiro, cavalos, etc… É uma área relativamente pequena, podendo já ter sido ocupada por roças e que foi deixada para pusio. (…)

- (...) terras (que ) já estão excessivamente cansadas (...) (eram) as transformadas em potreiros (...) - NEUSA MARIA SENS BLOEMER – Brava gente brasileira/migrantes italianos e caboclos nos campos de Lages/Edit. Cidade Futura/Fpolis-SC/2000, p. 181. A mesma autora afirma que, na serra catarinense, a tarefa de limpar o potreiro é típica das mulheres – obra citada, p. 187.

- VISCONDE DE TAUNAY – Memórias – Edição preparada por Sérgio Medeiros/Editora Iluminuras Ltda/SP-SP/2005, p. 501, utilizou-se da palavra: (...) à entrada desse potreiro (...). O significado do termo vem explicitado na mesma obra, na nota de rodapé de nº 17, como segue: Assim se chamam pequenos descampados cercados mais ou menos regularmente de mato. Há alguns lindos.

POTRO

- Eculeus, ou Equuleus, em Latim.


POUSO (Ver INVERNADA e RANCHO )

- (...) De quatro em quatro léguas, uma clareira, pastos, uma casa onde se vendia milho, o pouso (...) - ALUÍSIO DE ALMEIDA - Vida e morte do Tropeiro - Livraria Martins Editora/1971, p. 111.



PRADO

- Florianópolis (Desterro): (...) As carreiras de apostas eram permitidas "no lugar que a Câmara designar e o turf exigia licença da Câmara, 10 mil réis, sendo a multa de 20, na sua falta. Em 1876, havia um Clube - o "Prado 25 de Março" - que, em julho, realizou corridas, apresentando nada menos de sete páreos - naturalmente em raia reta, com dois animais, apenas, de cada vez, e naquela base do pau no lombo e roseta na barriga, do princípio ao fim, pois resultavam sempre de desafios e apostas entre os proprietários dos animais, com os espectadores por fora, para o negócio ter graça. Mas não era a única, pois a Sociedade Prado Catarinense inaugurara suas atividades em janeiro do referido ano, realizando carreiras com 7 páreos também (...) - OSWALDO RODRIGUES CABRAL - Nossa Senhora do Desterro - Edit. Lunardelli/Florianópolis-SC/1979,vol. 2, p. 222.



PRANCHEAR (Ver PLANCHEAMENTO)

- Cair sobre um dos flancos. Bater no chão como uma prancha jogada.

- (...) havia que saber abrir-se a tempo na queda e na pranchada, em que ao menor descuido se deixa um osso, numa quebradura que soa como galho partido dentro de um saco. (...) - RICARDO GÜIRALDES - Dom Segundo Sombra - L&PM Editores S.A./RS/1997, P. 238.

- (...) Tivemos que correr, arriscando resbaladas e prancheaços (...) - RICARDO GÜIRALDES - Dom Segundo sombra - L&PM Editores S. A./RS/1997, p. 82.

- VISCONDE DE TAUNAY – Memórias – Edição preparada por Sérgio Medeiros/Editora Iluminuras Ltda/SP-SP/2005, p. 247, utilizou a palavra, senão vejamos: (...) perigosas lajes, em que as nossas montarias escorregavam, ameaçando pranchear (...).

PRATA (Ver BADANA, BOLAS, CHILENAS, PLATERO e RUSSILHONAS)

- Material nobre, muito usado para enfeitar os aperos. - Ver CARLOS REVERBEL - O gaúcho - L&PM Editores S.A/RS/1997, ps. 46 e seguintes.

- (...) Os que dispunham de recursos usavam lombilhos chapeados de prata, de prata os estribos e os freios de rédeas finamente trançadas. (...) - LINDOLFO COLLOR - Garibaldi e a Guerra dos Farrapos - Edit. Civil. Bras./1977, p. 141.

- PIERD PAUL READ - Os templários - Imago Editora/RJ-RJ/2001, p. 113, noticia que eram proibidos a um cavaleiro do Templo (...) ornamentos de ouro e prata em suas rédeas (...).

- (...) prendas de ouro para as mulheres e preparos de prata pros arreios (...) - SIMÕES LOPES NETO - Contos Gauchescos e Lendas do Sul - L&PM Editores S.A./SP-RS/1998, p. 111.

- (...) Todavia, os alamares eram de prata. E a razão é óbvia: este metal na província não é a insígnia distintiva de certas classes, tanto se o depara na cabeçada do lombilho do estancieiro como no do último da peonada. Ricos e proletários ostentam-no com garridice. (...) - APOLINÁRIO PORTO-ALEGRE - O Vaqueano - Edit. Três/SP/1973, p. 27.

PRAZER DA CORRIDA

- (...) Gostava de montar a cavalo e sair a galope pelo campo, só pelo puro prazer da corrida (...) – ÉRICO VERÍSSIMO - O Continente - Edit. Globo/P. Alegre-RS/1962, p. 504.

PRECAUÇÃO

- (...) De repente, começamos a pisar em algo sonoro e resvaloso. Larguei os estribos por via das dúvidas. (...) - RICARDO GÜIRALDES - Dom Segundo Sombra - L&PM Editores S.A./RS/1997, p. 149. Nota: ao tirar os pés dos estribos o personagem preparou-se para eventual tombo lateral do animal, quando poderia ficar com a perna presa sob o pesado corpo ou ter o corpo totalmente esmagado.

PRECOCIDADE COMO CAVALEIRO

- (...) Antes do meu primeiro aniversário eu já estava na sela de um cavalo, sentado à frente da minha mãe. Mas ela não me pusera no cavalo para me divertir por alguns instantes como acontecia com as demais crianças. Eu ficava horas sobre o cavalo enquanto ela dava aula de equitação. As orelhas do cavalo movendo-se para frente e para trás, o pescoço à minha frente, a crina balançando ao vento enquanto ela galopava – tudo isso era tão familiar para mim como a visão dos seres humanos. Quando tinha apenas dois anos, já passava a maior parte do dia sobre um cavalo. Estava certamente numa posição única. (...) - MONTY ROBERTS - O homem que ouve cavalos - Bertrand Brasil/RJ/2001, p. 23.

PREÇOS

- Segundo LICURGO COSTA, referindo-se a um inventário de 1821, um cavalo, à época, valia em torno de 5$000. (O Continente das Lagens - Fund. Cat. de cultura/Fpolis-SC/1982, vol. 4, p. 1498). Todavia, quem conhece os processos de Inventário sabe que, no afã de pagar menos imposto de transmissão, custas, etc., o valor das coisas integrantes do espólio são diminuídos. Logo, a cifra não é confiável. A mesma obra se reporta ao preço de potro de dois anos ( 2$000 - ps.1498/9), ao de uma égua em cria de burro como sendo 6$000 e ao de uma égua com cria de potro como sendo de 4$000. (ob. cit., p. 1499)

PREFEITO DE CAVALARIA

- Referência por SUETÔNIO - A vida dos doze Césares – Editora Martin Claret/SP-SP/2005, p. 171.

PREMIAÇÃO

- Diz-se do ato da entrega de troféus, medalhas, valores em dinheiro, motos, carros, etc. aos vencedores de competições eqüestres.

PRÊMIOS PECUNIÁRIOS

- Ver Regulamento Nacional de Dressage, da Fed. Eq. Portuguesa, art. 426, item 5 – diferença mínima de 20% entre os colocados.

PRENHEZ DE ÉGUA (Ver GESTAÇÃO)

- Marco Varrõ en el libro de Res Rústica cap. 5 que las yeguas de Lusitânia junto a Lisboa em las riberas del rio Tejo, quando eran estimuladas del ardor de la Luxuria, se bolvian al espiritu de las auras, quando soplava el viento Zéfiro, y del se enpreñavan, y concebian ligerissimos cavallos aunque imperfectos, y de poça vida: porque no bivian arriba três años. - PEDRO FERNANDEZ DE ANDRADA – Livro de la Gineta de España – 1598.

PRESENTE

- (...) não fora o único a ter a brilhante idéia de oferecer um presente à rainha: sessenta outras delegações tinham feito o mesmo. Entre as lembranças levadas a Londres para sua majestade contavam-se extravagâncias como um elefante ofertado por um marajá, cavalos puro-sangues presenteados por xeques e emires e até uma égua prenhe transportada de avião por um príncipe do golfo Pérsico. (...) - FERNANDO MORAIS - Chatô/O Rei do Brasil - Comp. das Letras/SP/1997, p. 540.

PRESSÃO (Ver PERNA)

- (...) Os cavalos não se afastam da pressão. Você os pressiona e eles pressionam de volta, particularmente se a pressão é aplicada nos seus flancos. Os cães selvagens, que caçam cavalos em todos os continentes, atacam-nos na barriga, na tentativa de abrir um buraco para a saída dos intestinos. Depois disso, os cachorros não fazem outra coisa além de seguir a presa., pois sabem que logo logo ela cairá morta e eles poderão se alimentar. A melhor tática defensiva que o cavalo pode empregar para essa forma de ataque não é fugir, mas virar-se contra o agressor e escoicear – pois, se correrem de uma mordida, a probabilidade de sua pele rasgar é muito maior. Na minha opinião, é isso que causa o fenômeno reconhecido por todos os bons treinadores: se você apertar o dedo contra o flanco de um cavalo ele se moverá em direção à pressão e não ao contrário. Essa é talvez a coisa mais importante a ser lembrada no treinamento de cavalos. Cavalos são animais que pressionam contra a pressão. (...) - MONTY ROBERTS - Um homem que ouve cavalos - Bertrand Brasil/RJ/2001, p. 166. Obs.: Isto se verifica, de forma bem acentuada, também, quando os animais, embarcados em um reboque ou em um caminhão, lado a lado, sem nada a separá-los, vêem-se jogados para frente ou para trás, nas arrancadas e freiadas. Eles abrem as pernas e se escoram mutuamente, pressionando-se um contra os outros. Ainda: Se você e outras pessoas, montadas, pararem vários animais lados a lado, em um local qualquer e se aproximarem a ponto de um conjunto se encostar no outro, sentirá a pressão de um animal contra o outro. Mas, nas provas de tambor, à medida que se encosta a espora do mesmo lado da curva, o animal projeta o corpo para fora, arqueando-se pela ação da ponta que pode feri-lo (acicate) ou da roseta, que pode ou não espetá-lo, conforme se apresentem suas pontas menores, mais ou menos agudas.

PRESSÃO NOS JOELHO (Ver CORPO ERETO, CALCANHARES BAIXOS e FINCA-PÉ NOS LOROS)

PRETAL

- Espanhol. Peiteira, peitoral, conforme http://www.mujose.org.ar/diccionario_b.htm

- (...) Las chinas recogieron el pretal de pintadas cuentas que les sirbe de estrito (...) - LUCIO V. MANSILLA, em Uma excursión a los Indios Ranqueles – Círculo Criollo El rodeo/Argentina, pág. 46.

PRETO

CAVALO PRETO

Autor(es): Anacleto Rosa Jr

Tenho um cavalo preto por nome de ventania
Um laço de doze braças do couro de uma novilha
Tenho um cachorro bragado que é pra minha companhia
Sou um caboclo folgado, ai eu não tenho família.

No lombo do meu Cavalo eu viajo o dia inteiro
Vou de um estado pra outro, eu não tenho paradeiro
Quem quiser ser meu patrão me ofereça mais dinheiro
Eu sou muito conhecido por esse Brasil inteiro.

Tenho uma capa gaúcha que troquei por boi carreiro
Tenho dois pelegos grandes que é pura lã de carneiro
Um me serve de colchão, o outro de travesseiro
Com minha capa gaúcha eu me cubro o corpo inteiro

Adeus que eu já estou partindo vou posar noutra cidade
Depois de amanhã bem cedo quero estar em piedade
Deus me deu este destino e muita felicidade
Onde eu passo com meu preto deixo rastro de saudade!

PRIVILÉGIO

- O possuir e utilizar cavalo, no passado, era coisa semelhante ao que ocorre hoje com o automóvel, senão vejamos: (...) os médicos e muito velhos podem viajar a cavalo ou de palanquim, ou os muito doentes, se tiverem permissão concedida pelo seu suserano. Palanquins ou cavalos não seriam certos para camponeses e plebeus (...) Isso poderia ensinar-lhes hábitos preguiçosos (...) É muito mais saudável, para eles, caminhar (...) - JAMES CLAVEL – Xógun – Editorial Nórdica Ltda/RJ/1987 – vol. 2, p. 827.

PROCESSO CONTRA ANIMAIS

- (...) Se uma mula ou qualquer outro animal matar alguém – a não ser que isto ocorra durante alguma competição – o animal será processado pelos parentes do morto por assassinato e o caso será decidido pela quantidade de guardiões do campo (agronômos) que for apontada pelos parentes. O animal condenado será morto e arrojado além das fronteiras do território (...) - PLATÃO - As Leis – Edipro/SP/1999, pág. 384.

PROEZAS INÚTEIS (Ver ESCARAMUÇAR)

- (...) detestava a companhia dos palafreneiros e mais ainda a dos cavaleiros, fascinados por proezas inúteis. (...) - CHRISTIAN JACQ - Ramsés, o filho da luz - Bertrand Brasil/1998, p. 17.

PROGNÓSTICO

- (...) viendo los Troyanos pacer Cavallos blancos, anchises como sábio y discreto se amenazo com larga y sangrienta guerra: mostrado que aquellos Cavallos la pronosticavan, por no aver sido produzidos para outro fin. (...) – PEDRO FERNANDEZ DE ANDRADA - Libro de la Gineta de Espana – 1598.



PROPRIEDADE INDUSTRIAL

- (...) Colidência de marcas. Inteligência do art. 65, nº 17, do Código de Propriedade Industrial. Vedada, sob qualquer forma, a reprodução de marca alheia, a imitação proibida pelo dispositivo referido não tem a abrangência para atingir simples semelhança gráfica ou fonética, meramente acidental, entre dois vocábulos. Aplicação do dispositivo citado somente quando ocorre a contrafação da marca anteriormente registrada, que permita levar o consumidor a erro ou confusão. I. Só há colidência quando existe risco efetivo de serem as marcas confundidas pelo consumidor. II. A palavra Pony tem um significado próprio na língua portuguesa, que é o de cavalo pequeno. A idéia traduzida por esta palavra afasta e diferencia a marca da Apelada de algumas daquelas supostamente impeditivas. III. A marca da Apelada não é meramente nominativa. Contém uma apresentação gráfica típica, que lhe distingue das outras havidas como impeditivas do seu registro. É, também, característica do nome comercial da Apelada, há longo tempo. IV. Apelação improvida. - TRF/RJ – Apel. Cível 89.02.01270 – Rel. Juiz FREDERICO GUEIROS (Primeira Turma) – 19/09/1989.

PROPRIETÁRIOS AMADORES

PROVA DE FUNDO

- Das competições de CCE, visam pôr à prova o verdadeiro cavalo de campo, bem treinado e levado ao máximo da forma, a sua velocidade, resistência, moral e aptidão para o salto; no caso do cavaleiro, demonstrar o sentido de equilíbrio, aligação ao movimento e o conhecimento dos andamentos do cavalo e seu emprego através do campo. Regulamento da FEP, art. 537.


PSI (Ver BAGÉ, MANGALARGA MARCHADOR e THOROUGHBRED)

- ISABEL LUSTOSA - D.. Pedro I/Um herói sem caráter – Companhia das Letras – SP-SP/2006, p. 51, noticia que (...) outro marco na europeização do Rio de Janeiro foi a chegada de d. Leopoldina, em 1817. A filha do imperador da Áustria, com suas belas equipagens, os cavalos ingleses e os usos da corte autríaca, imprimiu um novo caráter às recepções do Paço da Boa Vista.

- Reportagem sobre a raça - Rev. MANCHETE, 12/11/1983, ps. 22.


PROVA DE LAÇO

- Lei Federal nº 10.220, de 11 de abril de 2001.

PROVA DE POTÊNCIA (Ver VITOR ALVES TEIXEIRA)

PROVÉRBIO

- (...) Deus criou três vidas: São elas o pobre, o cavaleiro e o padre (...) – OLIVER THOMSON - A assustadora história da maldade – Ediouro Publicações S/A – SP e RJ/2002, p. 288.


PSICOPOMPOS (Ver CONSUALIA)

PUAS (Ver ESPORAS)

- Puyones: puones, púas, esclarece José Edmundo Clemente, em nota à obra de JOSÉ HERNÁNDEZ – Martin Fierro - Libreria “El Ateneo” Editorial/B. Aires.../1973, pág. 162. É o que também se chama de ACICATE e o termo PUA vale para esporas sem rosetas como para esporas que se calça em galos de rinha. Os índios Pampas, como se pode ver em outro ponto desta coletânea, usavam como puas pequenos chifres de viados adredemente afinados nas pontas.

- (...) Resolutamente levantou o flete no freio, chegou-lhe as puas e galopeou (...) - CYRO MARTINS - Sombras na Correnteza - Editora Movimento/Porto Alegre-RS/1979, p. 26.

PUAVA

- (...) Passei um pealo num bagual puava (...) – JOÃO CEZIMBRA JACQUES - Assumptos do Rio Grande do Sul - Oficinas Gráficas da Escola de Engenharia/P. Alegre-RS/1912, p. 140. - Mau, arisco, obra citada, p. 167.


Um comentário:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.