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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Barein condena 20 médicos após protestos por democracia


Por Andrew Hammond


MANAMA (Reuters) - O Barein condenou nesta quinta-feira 20 médicos a penas de cinco a 15 anos de prisão por furto e outras acusações, informou a agência estatal de notícias, no que críticos disseram ser uma represália por eles terem atendido manifestantes feridos durante os protestos pró-democracia deste ano no país.

Uma corte de segurança também condenou à morte um homem que matou um policial ao atropelá-lo várias vezes e que participou de reuniões ilegais com "objetivos terroristas", segundo a agência BNA. Outro homem foi sentenciado a prisão perpétua por envolvimento no caso.

Os médicos, que negaram as acusações, estavam entre dezenas de profissionais da saúde que foram detidos durante os protestos promovidos por membros da maioria xiita, exigindo o fim da discriminação sectária e maior participação nas decisões do governo.

O Barein é governado por uma monarquia sunita, que em março reprimiu os protestos com ajuda de tropas dos vizinhos Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Pelo menos 30 pessoas foram mortas nos incidentes, centenas ficaram feridas, e mais de mil foram presas.

Os médicos foram acusados de roubarem remédios, armazenarem armas, ocuparem um hospital durante os distúrbios, espalharem boatos, discriminarem pacientes e incitarem ao ódio contra a monarquia.

Os réus disseram que as autoridades inventaram as acusações para punir profissionais que atenderam manifestantes feridos. Dez médicos foram condenados a 15 anos de prisão; dois a 10 anos; e os demais a cinco anos.

Na quarta-feira, um tribunal militar havia confirmado a prisão perpétua imposta a líderes oposicionistas xiitas envolvidos na organização dos protestos, num processo que a Anistia Internacional qualificou de "simulacro de justiça."

"Após o veredicto de hoje e os de ontem, sentimos pessimismo", disse Mohsen al-Alawi, advogado dos médicos, prometendo recorrer das decisões.

O governo britânico também manifestou preocupação com as sentenças, que "parecem desproporcionais às acusações apresentadas", segundo o chanceler William Hague. "São fatos preocupantes, que podem abalar os avanços do governo barenita rumo ao diálogo e à reforma, necessários para a estabilidade no Barein em longo prazo."

(Reportagem adicional de Isabel Coles)

Fonte: REUTERS

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