Antônio Mello, em seu blog
O jornal O Globo (do Oligopólio Globo) deu manchete e reportagem
Essas obras de prevenção são essenciais para evitar ou atenuar tragédias que se repetem todos os anos, como deslizamentos de terra em áreas de risco. No caso do Estado do Rio, foram reservados R$ 7 milhões para apoio a obras preventivas, mas nenhum tostão foi liberado até agora.
Mas a preocupação demonstrada hoje por O Globo contrasta com a posição do jornal há aproximadamente um ano, quando o governo do Rio desviou R$ 24 milhões, que deveriam ser usados para a prevenção de enchentes, e os entregou para a Fundação Roberto Marinho (do Oligopólio Globo).
O anúncio foi feito pela comunicação da Secretaria do Ambiente do RJ:
– Nossos recursos serão usados principalmente na parte de conteúdo do museu. Consideramos o museu uma instituição importante, por tratar de forma lúdica e interativa a questão do desenvolvimento sustentável e do meio ambiente, entre outros temas, numa perspectiva futura. É uma oportunidade que teremos de transmitir para a população, em geral, e para a juventude, em especial, esses conhecimentos que despertam a consciência – afirmou a secretária do Ambiente, Marilene Ramos.
A Folha de S.Paulo denunciou que o governo do Rio tinha estudos de 2008 que mostravam o alto risco de tragédia na região:
O risco de um desastre na região serrana do Rio de Janeiro, como o que ocorreu nesta semana e já deixou pelo menos 547 mortos, havia sido apontado desde novembro de 2008 em um estudo encomendado pelo próprio governo do Estado, informa Evandro Spinelli.
A situação mais grave, segundo o relatório, foi identificada exatamente em Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, cidades com o maior número de mortes em razão das chuvas intensas.
No entanto, o governo Cabral ignorou os estudos e destinou a verba para a Fundação Roberto Marinho, sem que se lesse uma notinha sequer criticando a medida no mesmo O Globo.
A Folha publicou matéria afirmando que os custos para a construção do Museu do Amanhã triplicaram em apenas 1 ano (ver aqui).
Diante da atitude hipócrita do jornal, fica a dúvida:
1- Estão arrependidos e, sentindo-se culpados, defendem as verbas agora para que a catástrofe não se repita;
2- Ou só querem mais verbas para que sejam novamente encaminhadas para a Fundação Roberto Marinho
Fonte: Blog PRAGMATISMO POLÍTICO
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