Milhares de israelenses foram
novamente às ruas neste sábado em protesto contra o aumento do custo de
vida no país. Cerca de 250 mil pessoas se juntaram às manifestações em
Tel Aviv, Jerusalém e Haifa.
No entanto, alguns meios de comunicação israelense dizem que o número pode chegar a 400 mil.
São as maiores manifestações desde o
início dos protestos, em julho. A população se diz irritada com o alto
custo da moradia, da alimentação, da educação e da saúde no país.
O governo no primeiro-ministro Binyamin
Netanyahu criou um comitê para examinar os pedidos de reforma, em
resposta às reivindicações populares.
No entanto, ele afirmou que não poderá atender a todas as demandas dos manifestantes.
Batalha econômica
O maior protesto do sábado, parte do que os
organizadores chamaram de "Passeata de um milhão de homens", aconteceu
na capital, Tel Aviv.
"Eles nos disseram que o movimento estava
parando. Hoje estamos mostrando que é o oposto. Nós somos os novos
israelenses, determinados a continuar a luta por uma sociedade melhor e
mais justa", disse o presidente do sindicato dos estudantes, Itzik
Shmuli, à multidão.
Cartazes exibidos pelos manifestantes diziam
"Uma geração inteira quer um futuro" e "É a terra do leite e do mel, mas
não para todos".
Um dos organizadores dos protestos disse à BBC que o país transferiu atenção excessiva para as questões se segurança.
"Todas as pessoas que não sao ricas em Israel,
não importa se são secularistas ou religiosas, velhas ou jovens, sabem
que nós abandonamos batalhas importantes neste país, como a economia, e
que só estamos lidando obsessivamente com problemas de segurança."
O correspondente da BBC em Tel Aviv, Jon
Donnison, disse que o governo israelense - atento para o impacto das
manifestações populares em outros países do Oriente Médio - foi
surpreendido pela espontaneidade e pela dimensão das manifestações.
Segundo Donnison, muitos outros países invejam o
crescimento da economia de Israel, mas muitos cidadãos acreditam que a
riqueza não foi compartilhada.
Muitos dos manifestantes são de uma classe média que teve que lidar com impostos pesados e recrutamento militar.
O movimento começou em meados de julho, quando
alguns israelenses irritados com o aumento dos custos de moradia armaram
barracas em um bairro de Tel Aviv - e cresceu desde então.
Fonte: BBC
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