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terça-feira, 3 de agosto de 2010

A cruz na Polônia

03/08/2010 - 07h24

Polônia se divide em polêmica sobre cruz em homenagem a presidente morto

DA EFE, EM VARSÓVIA

A Polônia permanece dividida perante os planos do governo de retirar nesta terça-feira a cruz de madeira instalada em frente ao palácio presidencial de Varsóvia em memória ao presidente Lech Kaczynski, morto em acidente aéreo em abril passado.

A polícia vigia desde esta madrugada os acessos ao palácio, enquanto dezenas de manifestantes protestam contra os planos do novo presidente, Bronislaw Komorowski, de transferir a cruz a uma igreja próxima.

A cruz foi instalada por grupos de escoteiros no último dia 15 de abril, cinco dias depois da queda do avião presidencial no aeroporto russo de Smolensk. O presidente, sua mulher Maria e vários membros do alto escalão político e militar da Polônia participariam de uma cerimônia no cemitério de Katyn, onde em 1940 foram assassinados 20 mil oficiais poloneses por ordem de Stalin. Todas as 96 pessoas a bordo morreram.

Desde então, a cruz se tornou uma espécie de lugar de peregrinação para centenas de milhares de cidadãos e ainda são muitos os poloneses que depositam flores e velas em memória dos mortos.

"É uma vergonha que os políticos a retirem, foi colocada pela sociedade em lembrança de todos os mortos, não só do presidente", disse um dos manifestantes, que levavam bandeiras polonesas e cantavam slogans como "Polônia não é Belarus, onde está a liberdade?".

Jaroslaw Kaczynksi, irmão gêmeo de Lech, declarou que a decisão de Komorowski não é nada além de uma prova de suas "verdadeiras intenções de acabar com a tradição e a história polonesa".

Komorowski venceu as eleições presidenciais do último dia 4 de julho, superando Jaroslaw, que prometia assumir a chefia do Estado para continuar a missão de seu irmão morto.

A Igreja Católica também permanece dividida. Embora muitos sacerdotes considerem que a cruz deveria permanecer em frente ao palácio, outros acreditam que é melhor levá-la a um templo perante o temor de que possa se tornar um símbolo do falecido Kaczynski.

O ato de retirada da cruz de madeira está previsto para esta tarde, apesar dos protestos de grupos extremistas, que colocaram uma nova cruz nas imediações em um desafio à decisão das autoridades.

Fonte: FOLHA DE SP

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Os cristãos não perdem tempo. Onde podem enfiar o seu símbolo, apressam-se a fazê-lo e mantê-lo. Nos espaços públicos, nas repartições, em área de preservação permanente, em qualquer espaço que se lhes permita fazê-lo, enfim.
Se olharmos para os morros mais salientes de nossa topografia, próximos de cidades, lá está ela, na forma de um simples madeiro, confeccionada em concreto, ou representada pela figura de Cristo de braços abertos. É um abuso. Essa gente se acha dona dos espaços públicos e do mundo.
Não respeitam a diversidade de crenças e os que não creem. Adonam-se, sem o menor pudor, dos espaços disponíveis, privatizando-os, impunemente, ou melhor, com a conivência de administradores (se é que assim podem ser considerados) vagabundos, desprespeitando princípios republicanos, como se o mundo fosse um império de clérigos e os Papas monarcas do mundo. O Vaticano, uma pequena cidade-estado tem-se, na prática, como um império mundial.


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