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Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Universo do cavalo - Termos e expressões

PÉ DE AMIGO

- Espécie de peia, que consiste em passar-se pelos encontros e cruzes do animal uma corda (laço) que, aí bem segura, envia um prolongamento que vai segurar uma das partes (patas) trazeiras a qual é erguida, ficando assim o animal em três patas e impossibilitado de fugir ou de dar coices; supomos, diz Corrêa, que tal pé pode-se dizer de amigo como de inimigo. – Revista do IHG/RS – Vol. ..., p. 282.

PÉ DE POMBO (Ver ALCANÇAR)

PÉ NA BARRIGA

- Alguns cavaleiros, que não se sentem com força suficiente para dar o necessário arrocho na cincha ou sobrecincha da montaria, valem-se do expediente de apoiar a sola do pé na barriga do animal, jogando o corpo para trás, enquanto segura a ponta da cincha ou sobrecincha com as mãos. O apoio do pé, somado ao peso do corpo, fazem a guasca correr e dar o aperto desejado.

- (...) Passara de novo o ligal, e arrochava a sobrecarga, mordendo os beiços e metendo o pé à barriga do burro (...) - HUGO DE CARVALHO RAMOS – Tropas e boiadas/Peru de roda - Instituto Centro Brasileiro de Cultura/1917.

PEAL (Ver MANEIA, PEIA e TRAVAS)

- América e Cantábria. Corda grossa com que se amarram ou travam as patas de um animal.

PEALAR (Ver PIALO e PUAVA)

- Ação de pealar. (...) De cucharra: enlaçar o animal pelas mãos com armada pequena do laço sem rodilhas. De sobrelombo: pealo com armada grande, atirado por cima do lombo do animal, enlaçando-lhe as pernas.

- (...) Continuou com seu esporte favorito: pealar potros.(...) - MÁRCIO CAMARGO COSTA - O Gaudério de Cambajuva - FCC Edições e O Estado/Florianópolis-SC/1986, p. 45.

PEALO

- O verbo PEALAR – de onde se forma o substantivo “pealo”- , tem significado diferente do verbo laçar, que quer dizer prender um homem, um cavalo ou boi, por meio de laço e, praticametne, cerrar o laço em qualquer parte do corpo do animal. Pealar é também laçar, mas de uma maneira especial, fazendo o laço cerrar exclusivamente os membros dianteiros de um quadrúpede, quando em disparada, o que ocasiona a queda brusca e violenta do animal pealado. Há vaários sistemas de pelo: De reborquiada:quando um animal vai em grande velocidade e o pealador faz uma armada de regular tamanho e, segurando o laço mais ou menos perto da argola, sem aduchas, o boleia rapidamente e atira na frente do animal, “catando-lhe”as duas munhecas; este cai como que fulminado, de pernas para o ar. Variante: quando o peaqlador não tem bastante habilidade para fazer o laço reborquiar, embora pealando, é “pixote, o pealo se diz MIJA-CACHORRO, em sentido depreciativo. De tirão, quando o peleador não boleia o laço, estendendo o braço num gesto enérgico; faz a armada abrir-se nna frente do animal que vai só em meia carreira, ou quase a trote. É o sistema de trabalhar animais mansos em recinto pequeno. De armada grande ou de costilhar, quando o pealador rasga um armadão, com seis, oito rodilhas fechadas na mão joga o laço nas costelas em movimento, prendendio-lhe as mãos. É a maneira mais difícil e elegante de pealar. De sobrelombo, o laço é jogado aberto sobre o lombo do animal, que pode até ir a apassos, a volta inferior da armada decai e prende as mãos. Este pealo é de principiante, é o mais fácil e, a mais das vezes, acaba laçando o animal pelo meio, Pealador que se preza, não executa o sobrelombo. Dadas estas ligeiras explicações da lida de campo e manejo de laço, a arma do gaúcho, vamos ao PEALO. Na Fazenda de São João de Pelotas, como em todo o Planalto Catarinense, a época da “lida de campo”é o mês de outubro: é quando o gado mais precisa de trato, e, ainda magro pela passagem do inverno, está mais “leviano”para ser derrubado. “Pealo”, portanto, é a derrubada do gado para tratamento com sal 9cloreto de sódio), por via interna, e marcação, castração dos machos que não se destinam à reproduçào. Em São João de Pelotas foi sempre respeitado como um dos melhjores laços, o meu mano Edmundo Ribeiro. Grande e destro cavaleiro, muito moço e “fachudão”ninguém lhe pisava na frente, quer no lombo do cavalo, quer com o laço na mão. Tanto a pé, como a cavalo, foi laçador e melhor pealador. (...) - ENEDINO BATISTA RIBEIRO - Gavião de Penacho/Memórias de um serrano - IHGSC e ALESC/Florianópolis-SC/1999, vol. I, p. 90 a 92.

- LUIZ CARLOS BARBOSA LESSA, em As mais belas poesias gauchescas - Editora Sdulina/P. Alegre-RS/1987, p. 111 (Vocabulário), refere-se ao denominado

pealo de cuchara, escrevendo que se trata do pealo feito com o laço sem rodinhas, e de tirão seco. Parece que eqüivale ao pealo de reborquiada, da serra catarinense, o que se infere do confronto com as informação de RIBEIRO, acima.

PEÃO (Ver BOYERO, CAMILUCHO, EQÜINOCULTOR, HUMILHAÇÃO e PIÃO)

- Ordenações Filipinas – Atentar para nota de rodapé de nº 5, ao Título XCII, onde se lê: Peão – O homem a pé, plebeu, que não era nobre ou cavaleiro. Também se escreve pião.


- No entendimento de NEUSA MARIA SENS BLOEMER – Brava gente brasileira – Editora Cidade Futura/Fpolis-SC/2000, p. 51, nota de rodapé nº 7, peão, nos campos de Lages, é palabra com significado de trabalhador assalariado, que tinha como atividade cuidar, nos campos, de cavalos, mulas e gado bovino. Atualmente, na região, essa designação é também estendida àqueles trabalhadores que, nas mesmas condições, dedicam-se ao trabalho agrícola sem que residam nas terras do patrão. Sobre as relações entre os diferentes segmentos sociais na região em questão, ver Monteiro (1974, p. 41-42).

- Milonga de peón de campo

(Atahualpa Yupanqui)
[Cancionero de Joan Manuel Serrat]
Yo nunca tuve tropilla,
siempre montao en ajeno.
Tuve un zaino que, de bueno,
ni pisaba la gravilla.
Vivo una vida sencilla,
como es la del pobre peón.
Madrugón tras madrugón
con lluvia, escarcha o pampero.
A veces me duelen, fieros,
los hígados y el riñón.

Soy peón de la Estancia Vieja,
-partido de Magdalena-
y aunque no valga la pena
anote que no son quejas.
Un portón lleno de rejas
y allá en el fondo, un chalé.
Lo recibirá un valet
que anda siempre disfrazao,
mas no se asuste, cuñao,
y por mí pregúntele.

Ni se le ocurra decir
que viene pa visitarme
diga que viene a cobrarme
y lo han de dejar pasar.
Allí le van a mostrar
que siga los eucaliptos.
Al final verá un ranchito
que han levantao estas manos
¡Esa es su casa, paisano!
¡Ahí puede pegar el grito!

Allí le voy a enseñar
mis mancarromidos perros,
unas espuelas de fierro
y un montón de cosas más.
Si es entendido, verá
ponchos de fina trama
y el retrato de mi mama,
que es donde rezo,pensando
mientras lo voy adornando
con florcitas de retama.

¿Qué puede ofertarle un peón
que no sean sus pobrezas?
A veces me entra tristeza,
y otras veces rebelión.
En más de alguna ocasión
quisiera hacerme perdiz,
para ver de ser feliz
en algún pago lejano.
Pero a la verdad, paisano,
me gusta el aire de aquí...

http://www.cancioneros.com/ctr.exe?AA=20&FR=1

- OLAVO BILAC e MANOEL BOMFIM – Através do Brasil - Cia das Letras/SP/2004, p. 413 aponta significado para o substantivo como sendo indivíduo que anda a pé.

- (...) Os habitantes, acostumados como os argentinos e orientais a não darem um passo a pé, nos olhavam muito admirados. O homem a pé chamava atenção, causava espécie, pertencia a outro mundo. E essa reação era comum em toda a área pampiana, manifestando-se, tanto por parte do gaúcho rio-platense como do rio-grandense, influenciados todos pela mesma cultura, a mesma hipofilia, o mesmo orgulho eqüestre. (...) - CARLOS REVERBEL - O gaúcho - L&PM Editores S.A./RS/1997, p. 47.

- Na hierarquia da tropeada - (...) Era ali onde se ajuntavam os caboclos, os camaradas, os peões, enfim, nome genérico que dessignava na hierarquia do grupo, todo tropeiro que não fosse patrão (...) - ALUÍSIO DE ALMEIDA - Vida e morte do Tropeiro – Livraria Martins Editora /SP/1971, p. 56.

- Não sei quem tinha razão, se CUNHA GONÇALVES (jurista, escritor de Direito Civil, que afirmou que o termo peão era usado para designar o indivíduo de condição inferior, que andava a pé) ou BARTOLOMÉ DE LAS CASAS (frade) – Historia de Las Indias – Fondo de Cultura Eonomica/México/1995 – vol. I, p. 346, que escreveu: (...) no pasaron de 20 de a caballo, todos peones (...), como que a indicar que peão não era, necessariamente, pessoa que andava a pé. Cabe esclarecer que CUNHA GONÇALVES era português e LAS CASAS espanhol.

- Palavra muito usada pelo direito português do século passado, inclusive pelas denominadas Ordenações Filipinas, que vigoraram em Portugal e no Brasil, de 1603 a 1830, baixadas pelo rei Filipe I. Significava homem do povo, plebeu, aquele que anda a pé (não possui montaria). Podia, - segundo SÍLVIA HUNOLD LARA (Ordenações Filipinas - Edit. Schwarcz/SP/1999, p. 58, nota de rodapé de n? 12) - servir os cavaleiros como escudeiro e chegar ao que se denomina cavaleiro de quantia, embora sem atingir os privilégios da nobreza.

PEÃO-BOLEEIRO

- (...) O peão-boleeiro encheu um balde de água e lavou o lombo suado das parelhas (...) – APPARICIO SILVA RILLO - Raspa de Tacho - Tchê Edit. Jornalística Ltda/P. Alegre-RS/1983, p. 37.

PEÃO DE RODEIO (Ver ACIDENTE COM PEÃO DE RODEIO, APÓLICE DE SEGURO, ASSENTIMENTO ..., INVALIDEZ DE PEÃO DE RODEIO, JORNADA ..., MORTE DE PEÃO DE RODEIO, SEGURO ...e SUPRIMENTO JUDICIAL)

- A Lei Federal nº 10.220, de 11 de abril de 2001, institui normas gerais relativas à atividade de peão de rodeio, equiparando-o a atleta profissional. Art. 1º. Considera-se atleta profissional o peão de rodeio cuja atividade consiste em participação, mediante remuneração pactuada em contrato próprio, em provas de destreza no dorso de animais eqüinos ou bovinos, em torneios patrocinados por entidades públicas ou privadas. Parágrafo único. Entende-se como provas de rodeios as montarias em bovinos e eqüinos, as vaquejadas e provas de laço, promovidas por entidades públicas ou privadas, além de outras atividades profissionais da modalidade organizadas pelos atletas e entidades dessa prática esportiva.

PEÃO DE BOIADEIRO (Ver SEGURO)

- Ver Lei Fed. nº 10.519, de 17/07/2002 – Art. 3º, inc. IV.

PECÊTA

- Cavalo inferior, de mau cômodo, feio, lerdo - Revista do inst. Hist. e Geográf. do RS – vol. ..., pág. 275.

PECHADA (Ver ENCONTRÃO)

- Colisão ocasional ou provocada, entre dois cavalos ou entre cavalo e gado vacum.

- (...) difícil ciência de formar um bom cavalo para o aparte e as pechadas (...) - RICARDO GÜIRALDES - Dom Segundo Sombra - L&PM Editores S.A./RS/1997, p. 84.

- (...) Os cavalos resfolegam, suam, escarceiam, se armam para a atropelada, voltam a trotão para o rodeio, correm, saltam, dão “pechadas” nos remissos, sempre em movimento. (...) - IVAN PEDRO DE MARTINS – Fronteira Agreste - Edit. Movimento/P. Alegre-RS/1981, p. 35.

- Palavra muito provavelmente derivada de PECHO (peito, na língua espanhola).

- (...) Pois, foi um destes, que um moço chamado Tandão Lopes laçou... e laçou mal, de meia espalda: o touro bufou, e depois do tido já se lhe veio em cima...

O moço estava mui bem montado; o pingo era de patas, porém apenas rocim, mui cosquilhoso; os arreios já vinham mal e com o tirão a cincha correu toda pras virilhas...

Virge' Mãe!...

O bagual agachou-se a velhaquear, e, pra pior ainda, em volta, enredando-se no laço, frouxo; o moço — ginetaço! — fechou as chilenas e meneou o rebenque, de chapéu do lado, numa pabulagem temerária, de guasca que só a Deus, respeita!

Foi nesse apuro, que o touro carregou, e veio, de língua de fora, berrando surdo... e entreparado, baixou a cabeça, retesando o cogote largo e ia a levantar a guampada, quando, meio maneado no laço e ladeado por um sofrenaço de pulso, o bagual planchou-se... e o moço Tandão ficou também aí caído, preso pela perna, exposto, entregue... O touro recuou um pouco, escarvou, meio dançando, retesou os lagartos, numa fúria de força e fez a menção...

A campeirada olhava, parada, vendo a desgraça vir...

Mas nisto, justo, justo quando o touro, balanceando no ar, pareceu dar o pulo da carga, o Juca Guerra esteve-lhe em cima! Em cima!

Foi como o trovão e logo o raio..., pois como um raio o gaúcho carregou e atirou a montaria contra o touro!

Oigalê! Pechada macota!

O tostado arrebentou as duas paletas na encontrada e caiu, sacudindo a cola, os olhos chispeando, de beiço enrugado e subido, de dor... Caiu, mas o touro, também.

E tanto que atirou o seu pingaço, de pechada feita — e certo de o escangalhar — contra o touro, escorregou pela garupa, e enquanto os dois brutos se batiam e enovelavam, o Juca já aliviava o companheiro, que apenas livre, pulou para o cupinudo, ainda meio azonzado do trompaço, manoteou-lhe nas aspas e torceu-lhe a cabeça, que cravou no chão, num pronto! O bicho pataleava, puxando a respiração forte, que ondulava, no arredondado da barriga.

Aqueles, sim, eram dois torenas que se valiam!

Só então é que os vedores acudiram... mas foi para agüentarem uma tirana de sotretas! comedores de carne! maulas! vasilhas! capões!... e outros rebencaços de língua, desses que a gente esparrama quando está de marca quente...

E no meio daquele bolo de campeiros, sobre as macegas pisadas, do lado do touro arquejando e do cavalo gemente, os dois homens se abraçaram e beijaram-se, chamando-se irmãos; e assim juntos chegaram-se para o cavalo tostado, quebrado dos encontros... fizeram-lhe umas festas de puro mimo e tristeza... e enquanto o Juca, com a sua própria mão sangrava o seu confiança, o moço Tandão abraçava a cabeça inteligente do flete... Correu o sangue, em borbotão; e quando, esvaido, o tostado afrouxou a força e a respiração e o garbo, e foi descaindo e ia a tombar, de vez, os lado, ampararam-lhe a cabeça... como se fosse uma criança dormilona, deitaram-na brandamente sobre os capins, — pro caso — sobre o pé malmequer branco, ramalhudo, que florejava ali, como num propósito.

Coitado do flete!

Mas como deixá-lo viver, assim, arrebentado? Para vê-lo morrer de dores, inchado, com fome e com sede... e antes disso serem-lhe os olhos vazados pelos urubus... e os buracos deles, ainda vivos, virarem toca das varejas? ! ... Não! Um gaúcho de alma não abandona assim o seu cavalo: antes mata-o, como amigo que não emporcalha o seu amigo! (...)

http://pt.wikisource.org/wiki/Juca_Guerra

PECHAR

- (...) um indio lo atropelló al padre Marcos, pechándolo com el caballo (...) - - LUCIO V. MANSILLA, em Uma excursión a los Indios Ranqueles – Círculo Criollo El rodeo/Argentina, pág. 39.

PEÇUELO (Ver PESSUELO)

- Espécie de mala dupla, confeccionada em couro ou lona, que é usada pendente do lombo, em cada flanco do animal.

- (...) Eu era gurizote: teria, o muito, uns dez anos; e andava na companhia do meu padrinho, que era capitão, para carregar os peçuelos e os avios do chimarrão (...) - SIMÕES LOPES NETO - Contos Gauchescos & Lendas do Sul - L&PM Edit. S.A./SP-RS/1998, p. 101.

PEDALAR (Ver BAMBEIRA, DESRENGADERA, DURINA, SURRA, TRYPANOSOMA ...)

- Dizem que o eqüino afetado pela encefalomielite (renguera, nagana, murrina), ao final da vida se deixa cair ao solo e adota movimentos semelhantes ao ato de pedalar.

PEDRA LIPES

- Remédio para eqüídeos (ferida da moda) - ALUÍSIO DE ALMEIDA - Vida e morte do Tropeiro - Livraria Martins Editora/SP/1971, p. 137.

PEDRÊS (Ver TORDILHO)

- (...) De orelhas fitas, arquejando, o pedrês atirou-se mato adentro, furando a ramaria espessa. (...) - GUSTAVO BARROSO - Praias e várzeas/Alma sertaneja - Conto Espectro - Livraria José Olympio Editora/RJ/1979, p. 33.

- (...) Era um burrinho pedrês (...) - Assim começa o conto O burrinho pedrês, de JOÃO GUIMARÃES ROSA, que, em seguida, completa: (...) no algodão bruto do pelo - sementinhas escuras em rama rala e encardida (...) - Sagarana - Liv. José Olympio Editora/RJ/1974, p. 3.

- (...) O tropel do pedrês apagava-se com a distância. (...) - GUSTAVO BARROSO - Ob. cit., p. 40.

- Também no conto de GUSTAVO BARROSO intitulado O come-gente, que integra a obra Praias e Várzeas/Alma sertaneja, a palavra é usada. - Liv. Editora José Olympio/RJ/1979, p. 73: (...) enquanto o seu pedrês espantava com a cauda comprida as mutucas e meruanhas que lhe ferroteavam as ancas (...).

- Pelagem de cavalo. A palavra é usada para designar-se, ainda, penugem de ave. Sinaliza a existência de pintas brancas e pretas sobre o pelo-base.

PEDRO CEBALLOS (Ver ZABALLOS)

PEGADAS

- Marcas deixadas pelo pisoteio de um animal.

- Um dos soldados pulou ao chão e examinou as marcas deixadas com a pnta dos dedos.

- A ferradura posterior esquerda só tem três pregos e as pegadas anteriores são mais profundas que as de trás. Há um peso extra entre a sela e o pescoço do cavalo (...) VALERIO MASSIMO MANFREDI - A última legião - Edit. Rocco e L&PM Editores – Porto Alegre/RS, 2008, p. 298.

PÉGASO

- Mitologia grega - Ver GEORGE BAKER – Deuses e Heróis - Editora Brasiliense Ltda/SP/1961, ps. 29 e seguintes.

PEGAR CRIA (Ver CIO, COBERTURA, FALHAR, SEMENTAL e REPRODUTOR)

- Diz-se da égua que engravida, emprenha.

PEIA (Ver MANEIA, PEAL , PUCUSSAMA e TRAVAS)

- A palavra foi usada por GIL VICENTE, em A Farsa de Inês Pereira: (...) PERO – Deitai as peias no chão. A Editora martin Claret/SP/2001, pág. 31, nota de rodapé de nº 43, observa que são objetos usados par a se prender os pés dos animais, para que eles não se afastem.

- Biografgando Galério, EDWARD GIBON - Declínio e queda do Império Romano - Editora Schwarcz Ltda/SP-SP/2005, p. 179, registrou: Os cavalos deles - referindo-se aos dos persas, hoje iranianos – eram presos, geralmente com peias, para evitar que fugissem (...). Daqueles escritos se deflui que a peia já era usada ao tempo do Império Romano.

- Instrumento feito com tiras de couro, destinado a conter o animal em círculos restritos, impedindo que se evada das vistas do cavaleiro, podendo, todavia, com pequenos movimentos, gramear por perto. Costuma ser colocada à altura das quartelas. As peias prendem um membro ao outro, não sendo o animal atrelado a estaca, cerca ou outro elemento fixo.

- Latim: Solea.

- Mucussama, em Tupi - LUIZ CALDAS TIBIRIÇÁ - Dicionário Tupi- Português - Traço Editora Ltda/SP/1984, p. 141.

PEIDO

- A rainha Isabel convidou um político a dar uma volta de carruagem pelo palácio. De repente um dos cavalos soltou um estridente peido. A rainha ficou envergonhada e disse:
-Desculpe....eu realmente sinto muito.
E o político sorriu, e disse:
-Não há problema...está tudo bem...eu até pensei que tinha sido o cavalo! -
http://home.knet.pt/~timoteo.page3.html

PEITEIRA (ou PEITERA - Ver PEITORAL e PRETAL)

- Peça de arreio usada atrelada ao casco ou à sela, destinada a conter o deslizamento sobre o lombo do animal, no sentido cernelha/garupa. Envolve o peito do animal, - donde a denominação - que lhe serve de encosto, principalmente nas subidas fortes. Faz o efeito contrário do RABICHO, que segura o arreio quando tende a se deslocar, nas descidas, da garupa para a cernelha.

- (...) Se eu fosse o patrão te mandaria cortar a melena pra encher peitera (...) - RICARDO GÜIRALDES - Dom Segundo Sombra - L&PM Editores S.A./RS/1997, p. 35.

- Uso como elemento de comando da montada, durante competição de Tiro de Laço, enseja desclassificação, conforme regulamento da ABCCC.

PEITO (Ver ENCONTRÃO e PECHADA)

- Componente do corpo do cavalo situado entre os braço, o cilhadouro e a ponta da espádua. - Ver folheto intitulado Identificação de Cavalos pela Resenha Descritiva e Gráfica - Tradução da Dra. Cândida Azevedo (Jan./98), p. 5, figura 2, nº 34.

PEITO DE POMBA (Ver RABICANO)

PEITORAL (Ver PEITEIRA)

- OTHON D’EÇA – Aos vizinhos espanhóis - FCC, Fund. Banco do Brasil e Edit. da UFSC/1992, p. 66, escreveu: (...) ascensão violenta que retesa o peiroral (...)

- Peça que serve para conter a sela ou arreio na posição ideal sobre o lombo do eqüino/asinino. Passado pela frente do peito da montaria, é atrelado aos dois lados do arreio ou sela. A peça que o ajuda no mister de manter a posição da sela, no extremo oposto (por trás das ancas ou por cima do lombo e sob a cauda) é o RABICHO. Assim, o peitoral funciona nas subidas, enquanto o rabicho atua nas descidas, contendo, um e outro, o deslocamento longitudinal da sela sobre o lombo da montaria.

- Pecho petral, em Espanhol.

- Piept, em Romeno.

- Ver o verbete GAÚCHO - citação da obra de CARLOS REVERBEL.

PELADOR (Ver RAPADOR)

- Diz-se de um pasto muito usado, onde um dono de animal displicente amarra ou solta o bicho para tentar comer alguma folhinha de capim. Na periferia das cidades, vê-se, não raro, um pobre cavalo de carroça amarrado pelo pescoço, em um espaço exíguo, fazendo de tudo para conseguir algum verde, em meio a uma fartura de lixo, mormente de garrafas e sacos plásticos, tudo porque o seu dono teve preguiça de lhe propiciar uma braçada de capim, que não é difícil de conseguir em terrenos baldios. Suprema ingratidão e burrice, pois o cavalo, à míngua de alimentação e trabalhando todo dia, vai definhando até que se torne completamente imprestável para o fim desejado pelo cruel carroceiro.

PELAGEM (Ver CORES e DITADO)

- Diz pois o Profeta Zacarias, no capítulo VI da sua profecia, levantando os olhos (ou levantado-lhos Deus da atenção das cousas presentes para a visão das futuras), viu que do meio de dois montes de bronze saíam quatro carroças puxadas por quatro cavalos, cada tiro ou parelha de diferentes cores. Pela primeira tiravam cavalos melados, pela segunda murzelos, pela terceira pombos, pela quarta remendados; assim parece que se deve construir o texto na forma da nossa cavalaria, mas na frase do mesmo texto chama aos da primeira carroça ruivos, aos da segunda negros, aos da terceira brancos, aos da quarta vários, e estes entre os outros diz que eram os mais fortes.(...) - http://www.triplov.com/letras/historia_do_futuro/volume2/livro1_03.htm

- PEDRO FERNANDEZ DE ANDRADA – Libro de la Gineta Española - 1598, refere, entre outras pelagens, rucios rodados, castaños de color de castaña, alazanos tostados, blancos com moscas negras, rucio plateado com los estremos negros, morzillos, reproduzindo entendimento de um Camerário de que os cavalos de uma só cor são os melhores e mais bem afortunados. Aduz, referindo-se a outros estudiosos que a palavra Morzillo seria derivada da circunstância de ser da cor das amoras maduras, ou por certos povos de moros negros que existem na África. Ainda no mesmo autor e obra, encontra-se as afirmações que seguem: segun Aristóteles refiere, que los pelos se engendran de la supefluidad, o escremento de el alimento corrompido, y nacen del cuero, o piel de el cavallo, y no de la carne. Y si el cuero es duro, engendra los de pelos gruessos, y lisos, por causa de el humor gruesso de que abunda: y por estol os pelos que son delgados, blandos, y crespos, dan indicio de ligereza. Por lo qual dixo Aristóteles: que la calidad de la piel de el cavallo mostrava su naturaleza: y que el cavallo, que tuviere el pelo áspero, corto, y luzio, será de buena complesion, y de buena coraje, y fuerça; y si fuere blando, y ralo, denota poça fuerça, y menos animo, aunque mucha ligereza como em las liebres, y ciervos se vee, que teniendo assi el pelo son animales cobardes, y temerosos (...).

- A Estância do Abandono – ZECA BLAU

Os pelos têm sua influência/No tino dum bom campeiro:/Picaço dá carroceiro;/Todo rosilho é chubrega;/Ruano é flaco, e o lobuno;/De garrão frouxo é o sebruno;/Mas zaino negro não nega! Pangaré nunca deu maula/E quando encordoado é um raio;/Tapeie o chapéu num baio;/Gaúcho de faixa e brilho/que queira ser respeitado,/Pra o campo enfre tostado,/Mas num rio cheio, o tordilho. Bragado, Deus nos acuda!/É da quadrilha o que eu deixo,/Se hás de le quebrar o queixo/Antes le puxes na cola!/Traiçoeiro é alazão manchado;/Pelo triste é o melado,/Na estância se dá de esmola. Malacara é bom de campo,/E o gateado e o douradilho./ - Se lembram do meu potrilho? Quem não guarda desaforo/E ganha com luxo a plata,/Na cancha, o cacho desata,/E grita em riba do mouro. Com oveiro tenho má fé;/Tobiano é do mesmo naipe/Pois nele a maldade entaipa,/Tem bicho no lombo, é arvel./Tobiano, Deus me perdoe,/Abranda só que se amoe,//Mais mansa é uma cascavel. Essas coisas não se aprende/Num dia, de relancina./Só mesmo a vida é que ensina/Pois ela é melhor mestre./Quem da vida tirou tudo/E fez seu livro de estudo/Não tem no que mais se adestre. – Extraída da obra As mais belas poesias gauchescas, de LUIZ CARLOS BARBOSA LESSA – Edit. Sulina/P. alegre-RS/1987, ps. 89 e 90.

PELAGEM CONJUGADA

- Pelagem com manchas de três cores diferentes. - CBH - Folheto denominado Identificação de Cavalos pela Resenha Descritiva e Gráfica - Tradução da Dra. Cândida Azevedo (Jan./98), p. 4, item III, 2.10.

PELAGENS (Ver ABAETADO, ABUGIADO, ALAZÃO, APALOOSA, AZULEGO, BAIO, BAIO EMPATACADO, BRAGADO, BRANCO, CABOS NEGROS, CAFÉ COM LEITE, CASTANHO, CASTANHO ESCURO, COLORADO GARGANTILHO, GATEADO, LOBUNO, LISTRA DE BURRO, LOBUNO RABICANO, MALACARA, MANALVO, MARCAS DISTINTIVAS, MELADO, MORZELO, MOSQUEADO, MOURO, OVEIRO, PALOMINO, PAMPA, PANGARÉ, PELAGEM CONJUGADA, PELO DE RATO, PICAÇO-OVEIRO, PINTO, PUNARÉ, QUATRAVO, RABICANO, RABICANO PAMPA, ROSILHO, RUANO, RUÃO, RUBICÃO, RUSSO, TOBIANO, TORDILHO, TORDILHO CAROEIRA, TORDILHO NEGRO, TORDILHO SALINO, TOSTADO, TOSTADO RETACÃO, VELHORI, ZAINO e ZORNAR)

- As definições das pelagens são diferentes segundo o país. Alguns utilizam-se do critério da cor da pele, outros do pêlo ou de mechas de pelos. Existem, portanto, numerosas dificuldades de tradução. - CBH - Folheto Identificação de cavalos pela Resenha Descritiva e Gráfica - Tradução da Dra. Cândida Azevedo (Jan./98), p. 3, item III, 1.


PELECHAR

- Na Ilha de SC costuma se dizer PELICHAR.

- (...) No verão, o reiúno pelechava (...) - SIMÕES LOPES NETO - Contos Gauchescos & Lendas do Sul - L&PM Editores S.A./SP- RS/1998, p. 145.

- Soltar o pelo, por força de alimentação quente (alfafa, ração industrializada e tifton) ou da temperatura ambiente.

PELEGO (Ver GUARÁ)

- M. DE BEM OSÓRIO, na sua poesia O que foi pago - transcrita por BARBOSA LESSA, em As mais belas poesias gauchescas - Edit. Sulina/P. Alegre-RS/1987, p. 97 – refere-se a pelegos de carnal sobvado e a pelegão de chibo, amarelado.

- Não confundir com sindicalista a serviço do patronato, que assim também é chamado, porque lhe sentam em cima.

- Para que eu pudesse dormir, colocou-se uns pelegos atrás da cabeça.(...) - RICARDO GÜIRALDES - Dom Segundo Sombra - L&PM Editores S.A./RS/1997, p. 171.

- Pele e pelo de ovelha, que se usa sobre o arreio, para amaciá-lo, impedindo atrito forte entre cavaleiro e casco do arreio e conseqüentes assaduras. É, portanto, basicamente, um item de conforto para o ginete. Mas também serve para ameniziar o impacto do trazeiro do cavaleiro com o arreio e deste com o lombo do animal, protegendo-lhe, de certo modo, os rins.

- VISCONDE DE TAUNAY - A retirada da Laguna - 1867/Cap. III: (...) trazendo à garupa da cavalgadura pequeno saco de farinha de mandioca, amarrado ao pelego macio, que lhe forrava o selim. (...).

PELO (Ver PELAGEM)

- El pelo del cavallo hechado em uma maceta, y puesto em la cavalleriza no dexa entrar em ella moscas, y tavanos (...)

PELO ANDAR DA CARRUAGEM

- Expressão com que se quer dizer (lugar-comum, conforme o jornal o Estado de SP / http://www.estado.com.br/redac), pela seqüência dos acontecimentos. Costuma ser colocada tal expressão antes de uma previsão.

PELO BRILHANTE (Ver SEMENTE DE LINHAÇA)

PELO DE RATO

- (...) cruza-se com o burro pelo-de-rato que vem com o outro carroção (...) - JOÃO GUIMARÃES ROSA - Sagarana (conto Traços biográficos de Lalino Salãthiel ou A volta do marido pródigo) - Liv. José Olympio Editora/RJ/1974, p. 70.

- É uma pelagem de duas cores. Ela é caracterizada por crinas negras (crina e cauda) e o corpo cinzento e uniforme. - CBH - Folheto intitulado Identificação de Cavalos pela Resenha Descritiva e Gráfica - Tradução da Dra. Cândida Azevedo (Jan./98), p. 4, item III, 2.5. - MOUSE COLOURED, em inglês e SOURIS, em francês.

- VISCONDE DE TAUNAY - Memórias - Edição preparada por Sérgio Medeiros – Edit. Iluminuras Ltda/SP-BR/2005, p. 174, também usou a expressão: Que valentes espáduas, que pá de pescoço fornida e grossa, que bela musculatura, que anca roliça e bonita. Bonito, não era; nada tinha de bonito, com o pelo de rato, muito ecuro, puxando para o preto, do lado da cabeça e nos pés e pernas (...)

PELLÓN ou COJINILLO (Ver COXINILHO e PELEGO)

- PELLÓN O COJINILLO: prenda del recado de montar, cuero de carnero que conserva la lana, también se le llama cojinillo. http://www.calatrava-orfebre.com.ar/h.html

PÉLOPS (Ver DOMA - Alexandre Dumas)

PELOTAS

- Embarcações feitas de couro. Era utilizado o couro de cavalo para faze-las? (...) o próprio Debret quem afirma, na sua obra editada na França, em fascículos, entre 1834 e 1836: "Percorrendo-se no Brasil a fértil Província do Rio Grande do Sul, não raro entrecortada de lagos e rios, encontra-se o rio das Pelotas, nome tirado de uma espécie de bote improvisado com um couro de boi e que é usado para se atravessar o rio durante as freqüentes cheias”. http://www.diariopopular.com.br/16_03_03/mario_osorio_magalhaes.html

- Histórico:

Pelotas teve seu surgimento ligado à doação que Gomes Freire de Andrade, Conde de Babadela, fez ao coronel Thomás Luiz Osório, das terras que ficavam às margens da Lagoa dos Patos. Fugindo da invasão espanhola, em 1763, muitos dos habitantes da vila de Rio Grande buscaram refúgio nessas terras. Aliás, foi a reunião de populações de vários lugarejos, fugindo de invasores espanhóis, que determinou a demarcação e o início da localidade. Por volta de 1780, a cidade crescia impulsionada pelas charqueadas. O nome originou-se das embarcações de varas de corticeiras forradas com couro, usadas para a travessia dos rios. http://www.siters.com.br/Municipios/Municipios.asp?IdMunicipio=360

- Em 1832 foi elevada à categoria de vila, passando então a chamar-se de Pelotas, uma homenagem às rústicas embarcações utilizadas pelos nativos na travessia dos rios, confeccionadas com o couro animal e quatro varas corticeiras. http://www.ufpel.tche.br/pelotas/pel02.html

- O nome Pelotas, porém, já identificava o arroio, certamente porque nele se fazia a travessia nessas embarcações improvisadas de um couro inteiro de novilho. http://www.ueueue.com.br/rs/index.php?secao=links_int&idd=2

- O nome “Pelotas” tem origem numa espécie de embarcação ligeira feita de couro, a qual apresenta uma concavidade onde fica o passageiro, com a sua roupa e arreios; era utilizada para atravessar arroios; a “pelota” era puxada por um indivíduo a nado, levando presa aos dentes a extremidade da corda que prende a embarcação; a corda também poderia ser puxada por um condutor a cavalo. (LOPES NETO,1911, p. 06) http://reposcom.portcom.intercom.org.br/bitstream/1904/18335/1/R1498-1.pdf

- BASÍLIO DA GAMA - O Uraguai - Editora Record/ RJ e SP/1999, pág. 31, dá as seguintes notícias: Balsas e pelotas. Espécie de barcos em que os nossos passam naquele país os maiores e mais profundos rios. Fazem-se de couros de boi. Levam no fundo as cargas , e em cima os homens com cavalos nadando à mão. Os índios, que são robustíssimo e grandes nadadores, tiram toda esta máquina por ma corda, cuja ponta retomam nos dentes. Quem vai dentro leva na mão a outra ponta, pargando-a mais ou menos, conforme julga ser necessário.

- (...) Na pelota, couro de boi ou de anta dobrado em quatro lados mais altos 1 a 2 palmos, o tropeiro amarrava um laço a uma das pontas , segurava-o pelos dentes e nadava para a margem oposta. Cousa arriscada e perigosa. Os tropeiros cuiabanos faziam isso muitas vezes pessoalmente. Consumia-se o dia todo, transportando as cargas. E por fim, se o escravo cozinheiro não sabia nadar, o patrão não punha dúvida em deixá-lo muito a seu salvo na margem oposta, confundindo os papéis de senhor e escravo. Nada como o sertão para igualar as criaturas. (...) - ALUÍSIO DE ALMEIDA – Vida e morte do Tropeiro - Livraria Martins Editora/SP/1971, p. 78. No livro aqui citado, às fls. 92, vê-se o desenho de uma pelota., que mais parece uma tina (forma cilíndrica), com paredes baixas.

- (...) Passei primeiro em pelota, nu em pelo, já se sabe, e equilibrnado-me, como melhor, podia, na fragilíssima embarcação de couro (...) - VISCONDE DE TAUNAY – Memórias – Edição preparada por Sérgio Medeiros/Editora Iluminuras Ltda/SP-SP/2005, p. 238.

Na mesma obra, às págs. 335, lê-se:

(...) Um desgraçado capitão se metera numa pelota e, abandonado pelos soldados que iam guiando e tocando, se afundara para sempre, dando gritos horríveis. (...) Transpusemos em pelota o rio, um de cada vez, pagando dez mil réis aos dois soldados que nos passaram, o da frente levando entre os dentes a corda da improvisada barquinha, o de trás impelindo-a com jeito, e na boa direção, comprida diagonal no sentido da corrente, paga mui razoável em vista dos perigos a superar. Que impressão quando me senti no meio da mareta suja, rubra e espumante, sentado naquele simples couro, de bordas e pontas arregaçadas e presas por embiras, a equilibrar-me como odia e encorajando os meus dois homens, que nadavam violentamente. (...)












- Ver referência em a embarcações feitas de couro, para circular em mar aberto em CHARLES C. MANN - 1491/Novas revelações das Américas antes de Colombo - Editora Objetiva Ltda/RJ-RJ/2005, p. 184.

PELOUSE

- Palavra francesa, que designa área gramada de um hipódromo, situada diante da pista.

PENA DE PERDA DO ANIMAL

- AULO GELIO (Breviarios de Derecho - Ediciones Juridicas Europa-América/B. Aires/1959, p. 113), reporta-se à condenação imposta por censores romanos (perda do cavalo) aos cavaleiros que agregassem muito peso e volume aos próprios corpos e se refere a um discurso de CATÃO intitulado Sobre la celebración de los sacrificios.

PENCA (Ver COMISSÃO)

- (...) Estando em Catuípe, compondo uns parelheiros para uma penca de retas (...) - APPARICIO SILVA RILLO - Rapa de Tacho 2 - Tchê Edit. Jornal. Ltda/P. Alegre-RS/1983, p. 125.

- Ver decisão TJ/RS – Apel. Cível nº 598242600 – Rel. Des. ANTONIO JANYR DALL’AGNOL – 28/04/1999.

PENCO

- Caballo flaco. También se refiere, en sentido figurado, a una persona despreciable o inútil, y también a una prostituta.

PENDURAR OS CAVALOS

- Sempre me intrigou muito o hábito do gaúcho rio-grandense de deixar os animais, dias inteiros, virtualmente pendurados (palanqueados a uma árvore ou corda, com argola corrediça) pelo cabresto, à sombra ou no sol. LUCIO V. MANSILLA, em Uma excursión a los Indios Ranqueles – Círculo Criollo El rodeo/Argentina, pág. 98, reporta-se a costumes dos indios argentinos da tribo dos Ranqueles, e relação aos cavalos, assim: (...) durante veinticuatro horas permanecen al palo, sin comer ni beber, com el freno puesto, resisten asombrosamente a las largas privaciones (...)

PENETRÔMETRO

- Domingo, 3 de dezembro de 2000 - Estado de São Paulo

Para que este dois Grandes Prêmios sejam transferidos para a pista de areia é necessário que o penetrômetro registre índice igual ou superior a 7,5 na medição das 14 horas. - http://www.hcj.com.br

- Trata-se de equipamento usado para medir a permeabilidade do solo, nas pistas utilizadas para provas turfísticas.

PEONA (Ver AMAZONA e CAVALEIRA)

- (...) procurara Deonísio para oferecer-se como peona da família (...) - PEDRO WAYNE - Xarqueada – Editora Movimento/P. Alegre-RS/1982, p. 31.

PENCA (Ver CANCHA RETA, CARREIRA e CORRIDA)

PENQUEIRO

(...) PLANOS - Também Garcia disse estar com um plano já pronto no sentido de através um penqueiro organizar retas no Hipódromo. A decisão das corridas de reta seriam no domingo à tarde com os ternos no sábado. É uma boa medida afirma o administrador, já que traríamos para a Tablada os páreos de reta e certamente teríamos também os retistas apreciadores desta modalidade. Desta forma, breve teremos corridas de retas ao sábado e a final no domingo, com muita gente apostando no páreo final e também nas demais provas do programa dominical.

http://www.google.com.br/search?q=cache:fa9YjWhsCoAJ:www.diariopopular.com.br/24_09_03/turfe.html+penqueiro&hl=pt-BR&ie=UTF-8


PENSO (Ver ALIMENTAÇÃO e FORRAGEM)

- Pienso, em espanhol.

- Termo usado no Decreto nº 2.795, de 27/06/1938 (Anexo II), que trata da organização da Cavalaria do Exército Brasileiro.

PERCHERONA (Ver PERCHERON e PERCHERÃO)

PERCURSO HÍPICO

- Na obra de Platão intitulada As Leis (Edipro Edições Profissionais Ltda/sp/1999, pág. 331), lê-se a expressão percurso hípico e à margem direita vê-se nota do tradutor no sentido de que a distância equivalia a cerca de meia milha.

PERDER AS ESTRIBEIRAS (Ver ESTRIBOS)

- (...) Ficar desorientado, praticar despropósitos. Histórico: Na famosa Guerra dos Cem Anos (1337-1453), que durou 116 anos, entre a Inglaterra e a França, era comum os franceses se infiltrarem no território inimigo e cortar as estribeiras dos cavalos. Na hora dos ataques, os ingleses caíam. A França ganhou a guerra e a Inglaterra "perdeu as estribeiras". - MÁRIO PRATA - Mas será o Benedito? (...) - Edit. Globo/SP/1996, p. 134. Obs.: Quem se habitua a montar, valendo-se do apoio fundamental dos estribos, quando perde qualquer um deles ou os dois, fica sem estabilidade no lombo do animal, podendo vir a cair com grande facilidade, mormente porque sobre o lombo do animal, quando rebenta a estribeiras (tira de couro conhecida também como loro, que ata o estribo à sela), fica a sela, distanciando o corpo do cavaleiro do lombo do cavalo. Com isso, a aderência das pernas do cavaleiro ao corpo da montaria fica prejudicada.

- Perder os estribos, que já não é uma expressão usual, é perturbar-se como o cavaleiro que os perde e não tem onde firmar montaria.

Câmara Cascudo lembra que

...nas antigas corridas de Argolinhas e nas Manilhas, nos séculos XV-XVIII, /perder as estribeiras/ desclassificava o cavaleiro do páreo. Nas velhas corridas-de-cavalos sertanejas, quem perdesse as estribeiras¸ perdesse os estribos, bambeando, atrapalhando, temendo queda, pagava multa de bebida aos companhia, em pleno alarido zombeteiro.

Do sentido primitivo, relacionado com os estribos ou as estribeiras, passou a significar perder o controle, a direção; desnortear-se em palavras e atos; exceder-se na resposta descortês e violenta ou até destinar-se momentaneamente. – http://www.filologia.org.br

PERDIÇÃO DE SERRANO

- Cavalos lerdos e mulheres ligeiras. Nas patas deles e nos braços delas, a perdição de todo serrano incauto. (...) – MÁRCIO CAMARGO COSTA - A caudilha de Lages - Edit. Lunardelli/Fpolis/1987, p. 106.

PERDIGÃO

Perdigão m. Cavalo escuro de malhas brancas. http://letratura.blogspot.com/2006/12/glossrio-equinos-e-asininos.html

PEREQUITAR

- Do latim perequitare – Percorrer fileiras a cavalo; andar a cavalo para lá e para cá. Termo anotado por M. C. PROENÇA (ob. Cit., p. 214): “Zé Belo perequitava, assoviando, manobrava as patrulhas, vai-te, volta-te” (93) - NEI LEANDRO DE CASTRO - Universo e Vocabulário do Grande Sertão - Edições Achiamé Ltda/1982, p. 147.

- Na Ilha de Santa Catarina/SC, Brasil, os nativos costumavam usar o termo para descrever o procedimento de subir em alguma coisa, embora com o prefixo em aduzido ao termo em epígrafe : Fulano estava emperequitado no cavalo.

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES

Q. Como posso saber se um eqüino tem úlceras gástricas? A.

A endoscopia fornece um diagnóstico definitivo e seguro.

Q. Porque tantos eqüinos adquirem úlceras? A.

Normalmente o estômago de um eqüino produz ácido durante as 24 h., como parte do processo digestivo. Quando há ácido demasiado presente, as úlceras são produzidas. Existem fatores que aumentam o risco de úlceras gástricas.

Q. Quais são esses fatores? A.

Alimentação: pouca freqüência de alimentação em pastos ou redução do feno. Treinamento: o exercício intenso aumenta a produção do ácido no estômago do eqüino. Stress físico: os potros que estão doentes hospitalizados ou com dor. Alterações em potros em crescimento: o estômago dos potros jovens ainda está em crescimento e é facilmente lesado pelo ácido e pelas encimas. Outros fatores: as locomoções e o longo tempo de confinamento expõem os eqüinos ao stress que pode provocar úlceras.

Q. Como as úlceras afetam o desempenho? A.

Causam efeitos potencialmente graves sobre a saúde. Por exemplo, um eqüino com uma úlcera pode rejeitar alimentação e perder peso. A úlcera pode causar alterações de ânimo que resultam em irritabilidade, impossibilidade de concentração e resistência do treinamento; tudo isso pode impedir que alcance o seu verdadeiro potencial.

Q. Quais são os sintomas típicos de úlceras gástricas em eqüinos adultos? A.

Mudança de atitude, pelagem opaca, baixo desempenho, pouco apetite, má condição física, cólica, alterações de comportamento.

Q. Quais são os sintomas de úlcera em potros? A.

Diarréia, pouco desenvolvimento, pelagem opaca, abdômen inchado, ranger de dentes, cólica, espoja-se um pouco, salivação excessiva, deixa de mamar.

Q. Quais são os parasitas mais comuns dos eqüinos? A.

Helmintos filiformes intestinais, vermes redondos, úlceras calor, pequenos estrôngilos, grandes estrôngilos, vermes de estômago, oxiuros.

Q. Qual é o risco de um eqüino com vermes redondos? A.

O curto ciclo de vida do verme permite que as infecções cresçam rapidamente, ocasionando obstrução do intestino, cólicas e inflamação dos pulmões. Os potros afetados antes da desmama podem depois ser afetados em seu crescimento. Os ovos dos vermes se acumulam no ambiente e sobrevivem durante anos.

Q. Podem os eqüinos ter os grandes estrôngilos? A.

Embora a maioria pense que esses parasitas tenham desaparecido, não é bem assim. Os eqüinos desprotegidos estão expostos á destruição de artérias e cólicas.

Q. Como se produz a enfermidade úlceras de verão? A.

As moscas que se alimentam no meio ambiente dos cavalos podem ingerir ovos e/ou larvas de Habronema sp. e Draschia, fazendo-se de intermediárias. Ao posar sobre feridas já existentes ao redor dos olhos, depositam as larvas sobre a pele úmida produzindo assim o que se conhece como úlcera de verão.

PERIGO

- Dentre os perigos da equitação, avulta o pé preso ao estribo. É tristemente conhecido o caso da amazona romena FANNY GHYKA que, num espetáculo havido no Hipódromo d'Alma, caiu da montaria, ficando com um pé preso no estribo e sendo arrastada pelo cavalo que disparara em torno do picadeiro. É por isso que os cavaleiros mais experientes sempre sugerem que não se introduza todo o pé no estribo, apoiando-se o ginete apenas na parte inferior do chamado peito do pé. Também por esta razão, muito provavelmente, inventou-se o chamado estribo de caçapa, que por ser fechado à frente, limita a introdução do pé naquela direção. Há, ainda, em razão da preocupação do risco implícito no montar com estribo, os chamados estribos de segurança, isto é, aqueles que giram em cima e basculam o apoio do pé, de sorte a facilitar a retirada do mesmo de dentro do estribo. Finalmente, alguns estribos possuem a parte externa de borracha, na formada de uma tira que, força por um pé eventualmente preso, se solta, liberando-o.

- Perigo não é um cavalo na pista, é um burro na direção - http://www.brazilians/Piadas/Parachoque.htm

PERILLO (Ver BOCADO, FREIO e EMBOCADURA)

- Espanhol: freio de cavalgadura.

PERÍMETRO URBANO

- Ação civil pública. Criação e mantença de animais vacuns, suínos e eqüinos dentro do perímetro urbano. Com a conseqüente instalação de foco de proliferação de moscas, ratos e antropodos nocivos, vetores de doenças. Omissão do Poder Municipal. Procedência da ação. Recurso improvido. (...) - TJ/RS – Apel. Cível nº 593109291 – Rel. Des. CELESTE VICENTE ROVANI – 08/02/1994.

PERIQUITO (Ver ALCANÇAR, CAMBAIO e ESQUERDO )

PERNA (Ver PAPUDA, PRESSÃO, PRESSÃO NOS JOELHOS e TER BOAS ILHARGAS)

- O cavaleiro a usa para, pressionando a montada, comandá-la para o salto, para o giro sobre patas, para o recuo, etc...

- Parte do corpo do cavalo, situada nos membros traseiros de locomoção, situada entre a coxa e o jarrete. - Ver folheto da CBH intitulado Identificação de Cavalos pela Resenha Descritiva e Gráfica - Tradução da Dra. Cândida Azevedo (Jan./98), p. 5, figura 2, n? 21.

PERNA QUEBRADA (Ver APARELHO LOCOMOTOR)

PERNAS EM ARCO

- (...) as pernas mui curtas e em arco pelo hábito da montaria (...) (...) - HUGO DE CARVALHO RAMOS – Tropas e Boiadas/Peru de roda – Instituto Centro-Brasileiro de Cultura – 1917.

PERO DE MAGALHÃES GANDAVO

- Tratado da Terra do Brasil/História da Província de Santa Cruz - Edit. Itatiaia/BH-MG/1980, considerado o primeiro historiador sobre as coisas do Brasil, no Capítulo Primeiro, do Tratado Segundo, registrou: (...) há egoas e cavallos, mas ainda são caros por não haver muitos nesta terra, levão-nos de Cabo Verde pera lá e dão-se muito bem na terra (...).

PERPONTE (Ver ARMAS DE CAVALEIRO e BADANA)

- Ou perpoém. Espécie de gibão, acolchoado de algodão, usado pelos guerreiros antigos (cavaleiros).

- Tinha seu escudo agarrado, a lança em sua mão, sua espada cingida, seu elmo zaragonês [192], seu chapéu e um perponte vestido. Dissemos que se rendesse. Ele virou-se com sua lança em riste e não quis falar. http://www.ricardocosta.com/textos/cronicafeitos3.htm

PERRENGUE

- (...) cavalgava eu por essas estradas ermas da minha terra remota,num macho perrengue de aluguer (...) - HUGO DE CARVALHO RAMOS – Tropas e Boiadas/Gente da Gleba – Instituto Centro-Brasileiro de Cultura – 1917.

- Estar perrengue é, cá entre nós, estar doente, alquebrado, moído. No Rio Grande do Sul, perrengue significa ordinário, ruim, e se aplica ao cavalo que não presta para o serviço (Vocabulário gaúcho, p.103). http://www.geocities.com/clerioborges/linguagem.html


PÉRSIA (hoje IRÃ)

- (...) Na Pérsia (hoje Irã) cavalgar é tudo, e os filhos saem de dentro das mães com pequenas selas entre as pernas - NOAH GORDON - O físico - p. 357.

- (...) Nos belos prados de Hipoboto, na Média, perto das Portas Cáspias, eram criados os magníficos cavalos niseus - da Niséia - montados pelos reis. Havia 50 mil éguas nas estâncias da Pérsia. Os cavalos eram excelentes e grandes. (...) - PLUTARCO - As vidas dos homens ilustres - Tomo 4º, p. 134, nota de rodapé de nº 1.

PERSPICÁCIA

- DEE BROWN, Enterrem meu coração na beira do rio/L&PM Editores/Floresta-RS/2005, p. 226: (...) Os comanches não são fracos e cegos comoos cachorrinhos de sete sonos de idade. São fortes e perspicazes como cavalos adultos. (...)

PÉS PRESOS AOS ESTRIBOS (Ver PERIGO)

- O uso de velcro poderia representar uma solução para a questão do risco, se bem estudado e projetado, porquanto, em caso de queda, o velcro poderia se desprender e liberar os pés.

- Recurso que evita o desapoiamento do cavaleiro ou amazona. Por ser muito perigoso, em caso de queda do cavalo e/ou do cavaleiro, é procedimento proibido pelo Regulamento de CCE, da Fed. Eq. Portuguesa – art. 522, item 3, alínea d.

PESADE

- Manobra ensinada a cavalo em adestramento.

PESADOS (Ver CAVALOS DE TIRO, CAVALOS DE TRAÇÃO, DALÊS, PERCHERON, SAGMARIUS e ZIMNOKIRWISTY)

- Son aquellos que pesan arriba de 650 kg, generalmente son de lineas fuertes y algo toscas. Dentro de esta características se encuentran los caballos de tiro (en inglés Draft Horses), que son caballos grandes y fuertes que comúnmente se emplean para jalar carretas y para labores en el campo.

http://www.google.com.br/search?q=cache:qDnJno_c9cIJ:members.tripod.com/~Yegua/tipos.htm+caballos+tiro&hl=pt-BR&ie=UTF-8


PESCANTE (Ver BOLÉIA)

- (...) montaban em el pescante de los coches paras sdervir de aurigas (...) - Referência por NICOLÁI GÓGOI, na obra Taras Bulba, Cap. VII.

- (...) subimos à la mensajería. El mayoral em el pescante, em la berlina el alférez com el capataz de Roca y adentro del vehículo los soldados (...) - MANUEL PRADO – La guerra al malón – Cap. III.

PESCOCEIRA

- ULRICH SCHMÍDEL – Viaje al Rio de La Plata/1534/1554 - Cabaut & Cia Editores/B. Aires-RA/1903, p. 244v. reproduz um quadro em que aparecem lhamas montadas somente com uma pescoceira, à qual está atada uma corda, isto é, sem que o cavaleiro necessite de embocadura para guiar ou conter o animal.

- Uso como elemento de comando, durante o Tiro de Laço, enseja desclassificação, consoante regulamento da ABCCC.

PESCOCEIRO

- Cavalo (...) que, laçado pelo pescoço, não obedece aos golpes (tirões) dados pelo laçador; alguns dizem também carreteiro. (...) – ROMAGUERA CORRÊA E OUTROS - Vocabulário Sul-riograndense – Editora Globo/RJ, SP e P. Alegre/1964, pág. 360.

PESCOÇO

- Do cavalo: Neck, em Inglês; Hals, em alemão; Encolure, em Francês; Cuello, em Espanhol.

PESCOÇO DE OVELHA

- Concavidade do pescoço ao longo da sua parte superior com conseqüente protusão de músculo do lado inferior. http://www.hipismobrasil.com.br/dicionario/efetua_busca.asp?Letra=P

PESCOÇO DURO

- Os animais jovens, acometidos de BAMBEIRA ou RENGUERA (encefalomielite eqüina), costumam apresentar quadro de ataxia (instabilidade motora, co dificuldade de arrastar os posteriores), visão limitada, pescoço duro e cabeça baixa, como se estivessem muito desanimados. Mais para o final, deitam-se com freqüência e começam um procedimento chamado “pedalar”.

PESEBRE

- Pesebre m. Lugar designado na manjedoura para a cavalgadura. http://letratura.blogspot.com/2006/12/glossrio-equinos-e-asininos.html

PESSOA RESPONSÁVEL

- Ver Regulamento Nacional de Dressage, da Fed. Eq. Portuguesa, Anexo G, p. 78.

PESSUÊLO (Ver PEÇUELO)

- Espécie de mala dupla, alforge, que se usa sobre o lombo do cavalo, logo atrás do arreio ou sela. JAIME CAETANO BRAUN, em seu livro de poesias intitulado Potreiro de Guachos, nos versos de Oh! De casa, utiliza-se do termo: (...) E que só traz benquerença/No seu bárbaro pessuêlo (...) - Edit. Martins Livreiro/P. Alegre-RS/1969, p. 15.

PESTE (Ver PINGA COM LIMÃO)

PESTE BOBA (Ver BAMBEIRA, DERRENGADERA, DURINA, ENCEFALOMIELITE EQUINA, NAGANA, RENGUERA, SURRA e TRYPANOSOMA EVANSI)

PESTE DA MANQUEIRA (Ver ANTRAZ)

- Peste da mancha. Carbúnculo - ZENO CARDOSO NUNES e RUI CARDOSO NUNES - Dicionário de Regionalismos do Rio Grande do Sul - Martins Livreiro – Editor/P. Alegre-RS/2000, p. 371.

PESTE DAS CADEIRAS (Ver MAL DAS CADEIRAS)

- VISCONDE DE TAUNAY – Goyaz, registrou: (...) Os cavalos criam-se perfeitamente. Embora freqüentes, nestes últimos anos as comunicações com o sul da província de Mato Grosso, onde desde 1855 grassa, vinda da Bolívia, a fatal peste de cadeiras, e sobre a qual nenhuma providência foi ainda tomada, não entrou a enzootia na província de Goyaz, e a comarca do Rio Verde, limítrofe com aqueles pontos, tem boa e robusta criação. (...) - http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.do?select_action=&co_autor=2

- VISCONDE DE TAUNAY - Memórias - Edição preparada por Sérgio Medeiros – Edit. Iluminuras Ltda/SP-BR/2005, p. 172: (...) No Coxim começou a lavrar a terrível epizootia – peste das cadeiras – nada mais, nada menos que o beribéri dos muares – e quando todos os cavalos, bestas e burros morriam logo do primeiro assalto da enfermidade (...)

PESTE EQUINA AFRICANA

- A Peste Equina Africana, uma doença cardíaca e pulmonar severa de cavalos e outros equídeos, é causada por um orbivirus (Family Reoveridae) é transmitida pela picada de um inseto vetor, Culicoides spp. Apesar de ser altamente fatal, a doença não é transmitida de um equídeo para outro por contato direto. A Peste Equina Africana é a princípio endêmica na África, mas vários surtos têm ocorrido na Espanha, Portugal, e Extremo Oriente.

http://64.233.187.104/search?q=cache:BFOcszaiWxcJ:www.vet.uga.edu/vpp/IVM/PORT/Modes/definition03.htm+doen%C3%A7as+cavalos+portugal&hl=pt-BR


PETA

- Doença que provoca mancha na córnea do cavalo - SYLVIO ALVES - Vocabulário do Charadista - Livraria Acadêmica/RJ/vol. I, pág. 319.

PETIÇO (Ver CAPAR, DESENFREAR e PÔNEI)

- (...) O grande sonho de Getulio era ser um militar, um ídolo admirado e respeitado pelas massas. O triunfo dos militares na então recente Guerra do Paraguai ainda estava latente. Ele chegou a matricular-se na Escola Militar de Rio Pardo, mas logo se desliga por motivos que Henriques não revela. Sem dúvida, sua inferioridade física jogou um grande papel nessa questão; não era apenas um baixote, mas, sobretudo, as pernas eram excessivamente curtas. Isso terminou desenvolvendo em Vargas sua grande doença: seu complexo de baixa estatura, daí seu apelido de Petiço, adjetivo que se aplicava também aos cavalos menores. Relata Louzeiro, pg 295: “No Catete, os fotógrafos recebiam instruções do DIP para não fotografá-lo na posição normal; deveriam pegá-lo de baixo para cima, afim de que parecesse sempre maior....” E mais: “O interessante é que para essas reuniões íntimas [ida aos bordéis], ele procurava convocar os amigos, mas todos da sua estatura.” Há uma obra de um psiquiatra brasileiro, Dr. Cláudio de Araújo Lima, Mito e Realidade de Vargas , sobre essa questão. Essa obra deve ser interessantíssima, a dar fé aos extratos mostrados por Henriques. Não cabem dúvidas quanto a personalidade doentia de Getúlio, tão comum aos ditadores.(...)

http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=2505

- Cavalo de pequeno porte – De petiz? A dúvida é de AMADEU AMARAL - O Dialeto Caipira - Edit. Hucitec/SP/1982, p. 167.

- (...) Esse tal era um ilhéu, mui comedor de verduras, e que para montar a cavalo havia de ser em petiço e isso mesmo o petiço havia de ser podre de manso...e até maceta...e nambi...e porongudo...! (...) - SIMÕES LOPES NETO - Contos Gauchescos & Lendas do Sul - L&PM Editores S.A./SP-RS/1998, p. 90 e 91.

PETÓRRITO

- Petórrito m. Carroça de quatro rodas, usada pelos antigos Romanos, à imitação dos Galos. - http://letratura.blogspot.com/2006/08/glossrio-das-coisas-romanas.html

PETRINA

- (...) Ao cabo de algumas horas dessa corrida delirante, a petrina da baia começou a resfolegar com uma espécie de estertor. (...) - JOSÉ DE ALENCAR - O gaúcho - L&PM Editores S.A./RS/1999, p. 213.

- (...) o elegante velho, com seu talhe alto e espigado, e seu peito amplo e bombeado como a petrina do brioso ginete (...) - JOSÉ DE ALENCAR - O gaúcho - L&PM Editores S.A./RS/1999, p. 24.


Um comentário:

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