Por António Marujo
O cardeal-patriarca falava num debate no Instituto Superior Técnico, em Lisboa (Rui Gaudêncio)
O cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, referiu-se à importância dos dias feriados, dizendo que ela decorre da sua importância histórica e da tradição no país.
Inicialmente, os bispos sugeriram que os feriados religiosos a suprimir fossem o Corpo de Deus (data móvel entre Maio e Junho) e o 15 de Agosto, festa da Assunção de Nossa Senhora. Mas, conforme o PÚBLICO noticiou há duas semanas, o Vaticano prefere que seja o 1 de Novembro (dia de Todos os Santos) e não o 15 de Agosto o feriado a suprimir.
O patriarca falou também sobre o diálogo entre fé e ciência, tema do debate, para afirmar que as verdades religiosas “só têm subsistência se a comunidade enquanto tal, ao longo dos séculos, as assumiu como vindas do transcendente”.
“Qualquer fé se traduz, inevitavelmente, em verdades, quer em verdades teológicas, quer em consequências existenciais, a que nós regularmente chamamos morais”, acrescentou.
Para D. José Policarpo, “uma pessoa pode ser um grande cientista e um grande crente”, se “tiver uma abertura humana à beleza e à felicidade total que não se esgota na verdade de um laboratório ou de uma equação matemática”.
O cardeal afirmou ainda que a fé não pode ser analisada ao microscópio: “Há verificações que não se podem fazer nos laboratórios.” E acrescentou: “O impacto de uma experiência religiosa de contacto com Deus não se pode fazer nos laboratórios e não se pode negar. É uma página grandiosa da história da humanidade das diversas religiões a grandeza das experiências místicas.”
Fonte: publico.pt
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